Chamada igreja-mãe da Arquidiocese de Montes Claros, localizada na Praça Pio XII, no centro da cidade, a Catedral de Nossa Senhora Aparecida se destaca das construções vizinhas pela sua beleza e imponência. Construída em uma mistura dos
estilos gótico e romano, a bela casa religiosa tem muitas inconsistências e informações desencontradas na história da sua construção. Conforme alguns moradores mais antigos, a planta da edificação chegou à cidade através de um cônego belga da ordem
premonstratense, Jerônimo Lambien, a pedido do então arcebispo de Montes
Claros, dom João Antônio Pimenta.
Devido à sofisticação e complexidade da obra, que iria exigir bastantes recursos financeiros, o projeto só começou a ser implementado por volta de 1926, quando a Igreja local conseguiu um bom dinheiro ao vender uma parte das suas terras ao governo, para implantação da estrada de ferro da Central do Brasil. Só depois que o esperado trem de ferro finalmente se apresentou pela primeira vez na cidade é que então foi lançada a pedra fundamental da igreja e o mestre de obras Francisco José Guimarães
deu início à construção.
Mas houveram problemas a partir dos três anos depois do início das obras. Devido à crise econômica americana no ano de 1929, da Revolução Constitucionalista de 1932 e da Segunda Guerra Mundial em 1939, o governo brasileiro, que pagava a sua dívida em prestações, atrasou os pagamentos, o que causou enorme atraso na construção da nova catedral. Infelizmente, o mestre de obras Francisco José Guimarães não pôde concluir a sua bela obra, falecendo em 1940, dez anos antes da sua inauguração. Seu corpo foi e permanece sepultado no interior da igreja.
Depois da inauguração, a pedido do bispo, um cemitério que existia ali por perto foi transferido para outra área da cidade, o que causou revolta em parte da população. Mas isso se perdeu no tempo e hoje, incrustada bem no centro de Montes Claros, a Catedral, um dos mais belos cartões-postais da cidade, pertence à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, que foi criada em 29 de janeiro de 1950, desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora e São José, da Igreja Matriz.
O primeiro pároco foi o Padre Silvestre Isidoro Clasen, que governou de 1950 a 1952. Depois vieram os padres Gustavo Ferreira de Sousa (1953-1954), Paulo Emílio Pimenta (1954), Agostinho José João Beckauser (1954-1960), João Machado Gomes (1960-1965), Joaquim Cesário dos Santos Macedo (1965-1967), Tarcísio Guimarães Mendes (1967), José Osmar Teixeira (1967-1969), Raymundo Tadeu de Carvalho (1969-1979), João Machado Gomes (1979-1985), Raymundo Tadeu de Carvalho (1985-1988), Luiz Martins Parente (1988-1993), Antônio Alencar Monteiro (1993-2002) e Dorival Souza Barreto Júnior (2002-2013). O padre Dorival, depois de 10 anos, sete meses e um dia como pároco da Catedral, está deixando a sua administração para assumir a Matriz de Nossa Senhora e São José agora em fevereiro.
As missas na Catedral acontecem em todos os dias da semana, a saber:
Segundas, terças, quintas e sextas-feiras: 18h30min
Quartas-feiras: 7h e 18h30min
Sábados: 17h
Domingos: 7h, 9h, 18h30min e 20h
No Santuário Bom Jesus:
Segundas, terças, quintas e sextas-feiras: 7h
Domingos: 8h
Na Capela São José:
Segundas, terças, quartas, quintas e sextas-feiras: 18h15min
Domingos: 9h e 19hFontes: em.com.br e catedralmoc.org.br
Um grande abraço espinosense e um pouco de poesia em nossa louca e bela vida.
AMOR E CRENÇA
Augusto dos Anjos
Sabes que é Deus? Esse infinito e santo
Ser que preside e rege os outros seres,
Que os encantos e a força dos poderes
Reúne tudo em si, num só encanto?
Esse mistério eterno e sacrossanto,
Essa sublime adoração do crente,
Esse manto de amor doce e clemente
Que lava as dores e que enxuga o pranto?
Ah! Se queres saber a sua grandeza
Estende o teu olhar à Natureza,
Fita a cúpula do Céu santa e infinita!
Deus é o Templo do Bem. Na altura imensa,
O amor é a hóstia que bendiz a crença,
Ama, pois, crê em Deus e... sê bendita!
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