Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 29 de abril de 2011

122 - O grande time da prefeitura de Espinosa nos anos 70

Quando estive em Espinosa na Semana Santa, encontrei-me com o meu amigo Luiz Antunes Caldeira, o conhecido Sissi (ou Cici, como queiram), ao lado de uma turma de amigos no boteco do Waldemar, ali na esquina das ruas Padre Martin Kirscht e Deputado Edgar Pereira. Estavam por lá, Zecão, Alisson Cruz, Beto de Horácio, Darley, Marcão, Arnaldo, Zé Maria Monção, Fernando César, Estácio, Edmílson, entre outros. Tomamos umas cervejas e batemos um bom papo. Combinamos então que eu passaria depois em sua casa para pegar umas fotografias de futebol e de acontecimentos importantes de Espinosa. Foi o que fiz dias depois. Quero agradecer ao Sissi pelo carinho e atenção que me foram dispensados e pela cessão das fotos. O meu muito obrigado.
As demais fotos publicarei futuramente aqui em outras oportunidades. Tem umas muito legais. Vocês verão.
Estas fotografias que publico agora mostram o time dos funcionários da Prefeitura, na época em que o prefeito era o meu tio Preto, ou Alvacy de Freitas, lá pelos anos 70.

A velha caixa d´água e à direita, o prédio do antigo "motorzão"
que gerava energia para a cidade ainda pequenina
O estádio ainda era o conhecido Campão, próximo da caixa d´água e do prédio do motorzão que forneciam água e energia para a cidade, em seus mais remotos tempos. Joguei muita bola neste campo, onde hoje está localizado o Mercado Municipal, quando a cidade acabava ali, sem nenhuma casa além da serraria de Etvaldo Caldeira. Como estou velho, hein!
Os grandes craques do time da Prefeitura de Espinosa:
Geraldo Bala, Getúlio Fiel, Tone Lacrau, Dionísio, Geraldo Lindolfão,
Sissi e Geraldo Monteiro (In memoriam); Darci (In memoriam),
Tião Pinduca (In memoriam), Eliseu, Zezinho da Gráfica, Lidoninho e Mauri.

O time perfilado: Mauri, Geraldo Lindolfão, Tião Pinduca, Eliseu, Darci,
Zezinho da Gráfica, Sissi, Geraldo Bala, Getúlio Fiel,
Tone Lacrau, Lidoninho, Dionísio, Geraldo Monteiro e Tózinho.

O time entra em campo com Geraldo Lindolfão,
Zezinho da Gráfica, Sissi, Tone Lacrau, Geraldo Monteiro e o
sumido goleirão Juju do Banco do Brasil.

121 - Mamonas se emancipou, mas continua afetivamente espinosense

Tenho enorme carinho pela cidade e pelo povo de Mamonas. Mesmo com a emancipação do distrito de Mamonas da cidade de Espinosa em 27 de abril de 1992, através da Lei Estadual nº 10.704, logo após votação afirmativa da população em plebiscito, ainda considero a cidade de Mamonas como parte integrante do sentimento de ser espinosense. O povo de Mamonas, assim como o de Espinosa, tem enorme facilidade para recepcionar os visitantes, com muita receptividade e calor humano.
Conforme informações por mim coletadas, a cidade de Mamonas surgiu a partir da colonização de alguns agricultores, entre eles o Sr. Damião de Souza Barreiro, que plantavam algodão e milho e criavam gado bovino e porcos em suas propriedades próximas aos rios Cabeceiras e Bom Sucesso (também conhecido como Rio do Galheiro). Posteriormente se iniciou a produção de cachaça, até hoje produzida e reconhecida como de muito boa qualidade. 
Mamonas já pertenceu a Grão Mogol, Rio Pardo de Minas, Monte Azul (então Boa vista do Tremedal) e Espinosa, nas diversas mudanças ocorridas na geografia política da região. Com o gentílico mamonense, a cidade tem como padroeiro, Santo Antônio. O seu território tem uma área de 291,3 km², uma altitude de 539 metros e uma população de 6.321 habitantes, sendo 3.183 homens e 3.138 mulheres, com uma população urbana de 2.812 habitantes e uma população rural de 3.509 habitantes. O bioma constitui-se basicamente de cerrado e de caatinga, com a presença de vários pequenos e inconstantes rios e córregos. Na área da educação, a cidade de Mamonas possui 10 escolas de ensino fundamental (952 matrículas e 61 docentes), 1 de ensino médio (338 matrículas e 26 docentes) e 1 pré-escola (71 matrículas e 3 docentes). A frota municipal conta com 302 automóveis, 87 caminhões, 70 caminhonetes, 16 ônibus, 5 micro-ônibus, 1.166 motocicletas e 30 motonetas (fonte IBGE).
Mamonas teve como um dos maiores batalhadores pela sua emancipação, entre vários outros, o mamonense Aílton Neres de Santana, que também é conhecido como Mamoninha, dada a sua identificação com a sua terra natal. Ele foi eleito prefeito e comandou a cidade por longo período, lançando as bases da organização da cidade. O prefeito atual, o ex-vice prefeito Edivan Roberto Alves Cardoso, o Vando, tomou posse logo após a morte do então prefeito em exercício João Nunes Ferreira, o Dão de Vita, aos 81 anos, resultante de complicações de um acidente automobilístico ocorrido em 2009. Tenho orgulho de desfrutar da amizade de todos eles, que fizeram e fazem um excelente trabalho em prol do desenvolvimento da cidade.
Um grande abraço espinosense a toda a população mamonense, nossos irmãos de fé e coração.
Vejam algumas fotografias que mostram a realidade atual da jovem cidade norte-mineira:
A via de acesso à cidade de Mamonas na MG 122,
MGT Agenor Neres de Santana

Avenida Pedro João Soares, na entrada da cidade

Outro ângulo da Avenida Pedro João Soares

O belo lago do parque da cidade de Mamonas

Imagem do cruzeiro na serra

O mais belo cartão postal da cidade: Lagoa do Aconchego

Prédio da Câmara Municipal

Instalações do Hospital Municipal

Praça Arcênio Antônio dos Anjos

Prédio da Prefeitura Municipal de Mamonas


Rua José Gomes Lira

Mercado Municipal na Praça 27 de abril

Prédio dos Correios no centro da Praça 27 de abril

Reforma da Praça da Matriz de Santo Antônio

Interior da Igreja de Santo Antônio em reforma

Visão frontal da Igreja de Santo Antônio

Reconstrução da Praça Marcionílio Antônio dos Anjos

Vista lateral da Praça da Matriz
Restaurante Beira Mar do Sr. João Baiano na Lagoa do Aconchego

Ex-prefeito Aílton Neres de Santana, o Mamoninha
Saudoso ex-prefeito João Nunes Ferreira, o popular Dão de Vita

O atual prefeito Edvan Roberto Alves Cardoso recebendo diploma
ao lado do Promotor de Justiça de Espinosa Eros Braga Biscotto

quarta-feira, 27 de abril de 2011

120 - Homenagem dos peladeiros da AABB-Espinosa a Tintin

Nesta Semana Santa que passei em Espinosa, pude perceber o quanto Dr. Nivaldo e Tintin eram queridos pela comunidade espinosense. Através do contato que mantive com os seus parentes e amigos e de ter recebido muitas mensagens, vindas de vários lugares, pude notar a imensa tristeza que o passamento deles causou em todos. Entretanto, foi muito bom perceber que, mesmo com toda a dor e tristeza pela perda dos seus entes queridos, os familiares tem a exata noção da ótima reputação que eles tinham na cidade e estão se conformando aos poucos com a ausência deles. O que vai ficar é a boa lembrança de dois cidadãos íntegros que tinham bom coração, laços familiares harmoniosos, inúmeras amizades e muito amor pela nossa cidade, sempre tendo em mente o seu desenvolvimento.
Mensagem dos colegas da pelada da AABB-Espinosa
homenageando o peladeiro Tintin

Turma de peladeiros do campinho de Gibão
A notícia triste fica por conta de mais uma morte ocorrida durante uma partida de futebol, no campinho de Gibão, na quinta-feira, quando França (não o conhecia), irmão de Valdomiro Cabeleireiro, sentiu-se mal e faleceu abruptamente, deixando a todos os peladeiros atônitos e assustados. Meus sentimentos à sua família.
Em todos esses muitos anos de futebol, eu nunca tive notícias de mortes de jogadores em Espinosa, durante ou logo após a disputa esportiva. Três mortes em consequência do futebol, em menos de 20 dias, realmente é extremamente assustador e preocupante. Trata-se de acontecimento inédito e que deixa todos nós, aficionados pelo futebol, bastante receosos. Em virtude disso, foi notada a ausência de muitos peladeiros nos vários campos da cidade, após essas ocorrências.
Aos mais idosos, principalmente, resta fazer, urgentemente, uma bateria de exames, um check-up completo, para verificar a atual condição física e evitar que mais casos desse tipo venham a acontecer, ceifando vidas preciosas. Temos também que ter consciência do nosso limite físico e não tentar extrapolar a nossa capacidade física, tentando nos igualar aos mais jovens.
Turma dos peladeiros da AABB saboreando uma cervejinha após
a pelada do domingo: Rogerinho, Tiva, Heider, Jaburu, Henrique,
Eustáquio, Juninho, Sandrinho e Marquinhos

Ruan, filho de Rogerinho, e o filho de Dai brincam no gramado do campo
society da AABB-Espinosa, em frente da faixa em homenagem a Tintin

Excelente campo de futebol society do proprietário da loja
Só Montão, onde sempre jogava o Dr. Nivaldo Faber
Confesso que fiquei impressionado e receoso com tamanha sucessão de infelizes acontecimentos. Mas como tinha me submetido a exames há pouco tempo e que graças a Deus não revelaram problemas, fiz questão de participar, na manhã do domingo de Páscoa, das peladas de Gibão, no campinho do Cigano, e da AABB, para exorcizar de uma vez por todas essa preocupação. Nada como uma pelada de futebol com os amigos para descontrair a mente e o corpo cansados das atribulações da vida moderna. Vida longa a todos os peladeiros espinosenses espalhados pelos vários campos da cidade.   

119 - Semana Santa em Espinosa

No feriadão de Tiradentes e Sexta-feira da Paixão de Cristo, ainda meio incrédulo com os últimos fúnebres acontecimentos que levaram dois grandes amigos meus, estive em Espinosa mais uma vez para matar a saudade dos familiares e amigos. A chamada "Semana Santa" marca a última semana da Quaresma, contada desde o domingo de Ramos até o domingo de Páscoa.
Tinha em mente acompanhar a procissão da sexta-feira (o que fiz), bem como subir, após muitos anos de ausência, o Morro do Cruzeiro. Mas uma ressaquinha, o sol escaldante e a apreensão causada pelas perdas repentinas e indesejáveis de Dr. Nivaldo e Tintin, fizeram-me abortar a ideia. Fica para outra oportunidade. Até brinco com os amigos dizendo que só farei isso novamente quando o nome do morro for mudado para Morro do Atlético.  Sem radicalismo!
A procissão da Sexta-feira Santa foi marcada pela fé dos espinosenses, que chegaram à Igreja Matriz de São Sebastião separadamente. Os homens, entoando cânticos religiosos, chegaram à Praça Coronel Joaquim Tolentino pela Rua Dr. José Esteves, enquanto as mulheres vieram cantando e orando pela Travessa Francisco Lopes. Eles se encontraram no adro da igreja e ali ouviram a pregação do Padre Idalmo, até o momento de entrarem no templo cristão e encerrarem a cerimônia. Vejam as fotos:

A procissão dos homens se dirige à Igreja Matriz

A procissão masculina ainda na Av. João Araújo Lins

A procissão feminina aguarda a chegada dos homens na praça

A chegada da imagem de Jesus Cristo à Praça da Matriz

As mulheres se dirigem à Igreja Matriz

A caminhada masculina chega ao adro da igreja

A caminhada feminina também se aproxima do adro da igreja

As mulheres carregam a imagem da Santa Maria

Os homens trazem a imagem de Jesus Cristo

Homens e mulheres ainda separados ouvem o início da cerimônia

Na porta da Matriz, Padre Idalmo inicia a cerimônia religiosa

Até um tranquilo cãozinho preto deitado no meio da rua
parece querer escutar a pregação do Padre Idalmo 

A ala das mulheres aguarda o encontro com os homens

Os homens se preparam para o encontro com as mulheres

Eles se aproximam cada vez mais durante a cerimônia

Falta pouco para o encontro das imagens


Finalmente, dá-se o encontro das imagens e dos fiéis

Os católicos se encontram na celebração da Semana Santa

A união dos fiéis espinosenses no adro da igreja

Santa Maria e Jesus Cristo, enfim juntos na porta da igreja

Todos então se dirigem ao interior da igreja

A entrada das imagens na Matriz

Todos se dirigem ao interior da igreja para o encerramento da cerimônia
É triste perceber, em Espinosa, o desaparecimento de algumas tradições que encantavam a população da cidade em tempos passados, nem tão longínquos assim. Cito como exemplos a Folia de Reis e o nosso famoso Carnaval,  animado com marchinhas pelo saudoso e excelente conjunto Os Cardeais, ao som de muitos instrumentos de sopro. Que eu saiba, ficaram pelo caminho e fazem muita falta. Não se pode deixar as tradições desaparecerem, pois elas fazem parte da vida afetiva das pessoas, além de se constituírem de forte e lucrativo apelo para o turismo.