O projeto de lei que modifica o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente promete causar muita polêmica nos próximos dias. De acordo com a mudança, fica proibido e vira crime usar castigos corporais de qualquer natureza na educação dos filhos. Ou seja, aquela velha palmadinha que os pais utilizavam para repreender e ensinar os filhos vai virar caso de polícia. Entendo que a idéia do projeto de lei é extremamente bem-intencionada, mas de difícil aplicação, já que fica a pergunta: quem vai fiscalizar milhões de lares brasileiros em todos os recantos desse país? Acho que o intuito, louvável, da mudança no Estatuto é, simplesmente, tentar conscientizar os pais para não se exarcebarem nos castigos desferidos na educação dos seus rebentos. Sou totalmente favorável a uma palmadinha nas nádegas dos pimpolhos, desde que sem violência ou requintes de crueldade, com a consequente explicação do porquê da punição. O que não se pode admitir jamais é o espancamento, a surra violenta, desferida no rosto, nas costas, com o uso de cintos com fivelas, galhos de árvores, pedaços de madeira ou fios e similares. Isso é totalmente inadmissível! Merece cadeia mesmo. Mas quem da minha geração não levou umas boas palmadas ou uma boa sova de "currião"? E olhe que em muitas ocasiões a gente merecia mesmo. Nem por isso nos tornamos revoltados ou pessoas violentas, a maioria. Pode haver casos opostos, claro. Não podemos generalizar.
O elogiável dessa medida do governo é a possibilidade de trazer à sociedade, a oportunidade de debater mais aprofundadamente o tema, trazendo resultados que possam coibir os excessos, verdadeiros absurdos, que frequentemente aparecem no noticiário.
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