Tem dia para tudo nesse mundo louco que corre célere atrás do dinheiro e do poder. Tem Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia da Mulher, Dia do Homem, Dia das Crianças, Dia do Trabalho, Dia do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, este ser tão comentado mas quase nunca seguido nos ensinamentos, enfim, tem até o Dia do Rock and Roll. Mas não há unanimidade de tempo no mundo para homenagear este estilo musical de ritmo frenético e linguagem irreverente e contestadora, utilizado por criativos artistas para conscientizar multidões e mudar o mundo para melhor de maneira alegre e pulsante. No mundo inteiro não se vê uma data específica para homenagear o Rock, ocorrência que acontece somente aqui no nosso Brasil, em que o dia 13 de julho foi escolhido no início dos anos 90 depois que o grande Phil Collins deu a sugestão da comemoração de um Dia do Rock após a realização do lendário show "Live Aid", megaevento realizado em 13 de julho de 1985 com apresentações simultâneas em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos, com o objetivo beneficente de arrecadar fundos para combater a fome na Etiópia. Foi um sucesso estrondoso que juntou ícones do Rock de todo o planeta, entre eles The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins, Eric Clapton e Black Sabbath. Só feras!
Mas mesmo que tenhamos um dia específico para comemorarmos o Rock aqui no Brasil, nada nos impede que tenhamos a certeza e a opção de celebrarmos o Rock and Roll todo santo dia, sem qualquer moderação, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de todo ano, sem culpa, medo ou ressentimento, só com alegria e paz nos corações. E também com ouvidos bem atentos, para curtirmos plenamente o som e escutarmos as lições escondidas nas letras das canções, pois há muita gente que adora o artista mas não consegue captar com clareza os seus pensamentos e convicções. É a tal da ignorância.
E eu, ficando como todo mundo cada dia mais velho, nem percebi a passagem do Dia de Rock em 2025, só me dando conta hoje, com quatro dias de atraso. E jamais poderia eu deixar passar fato tão importante sem um registro de uma boa canção de Rock aqui no nosso humilde blog. Pois aí vai uma canção porreta de um trio de respeito na Música Brasileira e no Rock Rural do Brasil: Sá (Luiz Carlos Pereira de Sá, Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1945), Rodrix (José Rodrigues Trindade, Rio de Janeiro, 25 de novembro de 1947 — São Paulo, 22 de maio de 2009) e Guarabyra (Guttemberg Nery Guarabyra Filho (Barra, 20 de novembro de 1947).
O Rock nunca morrerá! E música boa não tem prazo de validade. É isso! Viva o Rock and Roll!
Um grande abraço espinosense.
HOJE AINDA É DIA DE ROCK
Zé Rodrix
Eu tô doidin por uma viola
Mãe e pai, de doze cordas e quatro cristais
Pra eu poder tocar lá na cidade
Mãe e pai, esse meu blues de Minas Gerais
E o meu cateretê lá do Alabama
Mesmo que eu toque uma vezinha só
Eu descobri e acho que foi a tempo
Mãe e pai, que hoje ainda é dia de rock
Que hoje ainda é dia de rock
Que hoje ainda é dia de rock
Eu descobri olhando o milho verde
Mãe e pai que hoje ainda é dia de rock
Eu tô doidin por um pianin
Mãe e pai, com caixa Leslie e amplificador
Pra eu poder tocar lá na cidade
Mãe e pai, um rockizinho para o meu amor
Depois formar a minha eletrobanda
Que vai deixar as outras no roncó
Eu descobri e acho que foi a tempo
Mãe e pai, que hoje ainda é dia de rock
Que hoje ainda é dia de rock
Que hoje ainda é dia de rock
Eu descobri ouvindo a mula preta
Mãe e pai que hoje ainda é dia de rock
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