Que noite incrível, maravilhosa, emocionante, inesquecível, esta de terça-feira, 22 de outubro de 2024! Os mais de 40 mil atleticanos que estiveram presentes na Arena MRV, batendo o recorde de público do estádio (44.870 espectadores e renda de R$ 5.487.136,67), e mais os 8 milhões de atleticanos espalhados pelo mundo inteiro, estiveram em estado de incontrolável euforia na noite da vitória arrasadora, épica e memorável do Atlético sobre o River Plate na primeira partida das semifinais da Copa Libertadores da América. O Atlético mostrou que está vivo, preparado e muito bem focado na difícil tarefa de conquistar pela segunda vez a Glória Eterna, a Libertadores.
Com uma estratégia corajosa, o treinador argentino Gabriel Milito escalou a equipe com três atacantes: Hulk, Paulinho e Deyverson, apostando na busca pela vitória desde o primeiro segundo da partida. E a decisão se tornou plenamente acertada e positiva. Com muita raça e dedicação em campo, o time alvinegro marcou seu primeiro gol aos 21 minutos da primeira etapa, através de Deyverson. O atacante driblou o goleiro e tocou calmamente para as redes após lançamento longo de Lyanco e toque no corpo de Hulk. A Arena MRV explodiu de alegria! O River intensificou a luta pela bola, tentando uma reação imediata, mas acabou o primeiro tempo com o Atlético na frente do placar. Na segunda etapa a coisa ficaria ainda melhor para o Galo de Milito, com mais dois gols assinalados, o primeiro de Deyverson, aos 24 minutos, após passe preciso de Guilherme Arana, e o segundo de Paulinho, aos 28 minutos, depois de belo passe de Deyverson, este, indubitavelmente, o nome do jogo. O alegre e controverso jogador retribuiu a confiança do treinador e fez uma partida notável, com dois gols e uma assistência, saindo de campo aplaudido efusivamente pela torcida atleticana após ser substituído por Otávio no finalzinho da partida.
Foi uma noite para jamais ser esquecida. A Massa Atleticana lotou a Arena MRV com uma animação e confiança em um resultado positivo, de maneira impressionante. E esta onda de energia otimista parece ter contagiado os atletas em campo, que protagonizaram uma atuação impecável e nos moldes da tradição atleticana, com muita garra, suor e determinação. Certamente esta partida será muito bem guardada na memória dos atleticanos por muito tempo, uma façanha extraordinária.
Mas, com toda esta nossa previsível e merecida euforia e contentamento, precisamos manter o sangue-frio e a humildade para entender que ainda não terminou a disputa por uma vaga na final. Ainda teremos um jogo dificílimo na casa do adversário, no dia 29 de outubro, terça-feira, às 21h30, no Estádio Monumental de Núñez, palco da final da Libertadores nesta temporada. E a História nos mostra que devemos ter cuidado com o futebol, este esporte apaixonante, mas traiçoeiro. Nas finais da Copa Conmebol de 1995, o Galo arrasou o adversário Rosario Central no primeiro jogo, no Mineirão, vencendo por 4 x 0, gols de Ézio, Cairo, Paulo Roberto e Silva. Já contando com o título nas mãos, após vitória tão consagradora, fomos jogar na Argentina, no Estádio Gigante de Arroyito, em Rosario. Era o dia 19 de dezembro de 1995. De forma surpreendente, empurrado pelos seus 45 mil enlouquecidos torcedores presentes, o time do Rosario Central marcou três gols ainda no primeiro tempo e completou a goleada no final do jogo, forçando a decisão nos pênaltis, vencida pelo bravo time argentino. Uma decepção geral para a torcida atleticana que confiava na equipe treinada pelo salinense Procópio Cardozo e que tinha o grande Taffarel no gol, Paulo Roberto na lateral-esquerda, Éder Lopes e Doriva no meio-campo e Ézio e Renaldo no ataque. É, o futebol às vezes castiga a arrogância e a soberba. Por isso, mesmo que a possibilidade de a excelente equipe do River Plate conseguir reverter a vantagem conquistada pelo Atlético seja pequena, não se deve deixar a humildade de lado. Será outra batalha de gigantes, com uma pressão enorme em cima da equipe atleticana em terras argentinas. Certamente, o treinador Milito escolherá o mais adequado esquema tático para segurar o ímpeto do River, sem abdicar do jogo ofensivo e de posse de bola que até aqui caracterizou a sua equipe.
RESUMO DA PARTIDA
ATLÉTICO 3 X 0 RIVER PLATE
Competição: Partida de ida da semifinal da Copa Libertadores da América
Data e horário: 22 de outubro de 2024, terça-feira, 21h30
Local: Arena MRV, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Jesús Valenzuela (VEN)
Assistentes: Jorge Urrego (VEN) e Tulio Moreno (VEN)
VAR: Juan Lara (CHI)
Público: 44.870
Renda: R$ 5.487.136,67
Cartões amarelos: Fausto Vera (Atlético); Colidio, Bustos, Enzo Díaz e Bareiro (River Plate)
Gols: Deyverson, aos 21 min do 1° tempo e aos 24 min do 2° tempo; Paulinho, aos 28 min do 2° tempo (Atlético)
ATLÉTICO: Everson; Lyanco, Rodrigo Battaglia e Junior Alonso; Gustavo Scarpa, Fausto Vera, Alan Franco e Guilherme Arana; Paulinho, Hulk e Deyverson (Otávio)
Técnico: Gabriel Milito
RIVER PLATE: Armani; Bustos, González Pirez, Pezzella, Paulo Díaz e Enzo Díaz; Fonseca (Villagra), Simón (Meza) e Nacho Fernández (Lanzini); Colidio (Bareiro) e Borja (Solari)
Técnico: Marcelo Gallardo
Maiores artilheiros do Atlético na Libertadores:
1º) Hulk - 16 gols
2º) Paulinho - gols
3º) Jô - 11 gols
4º) Guilherme - 9 gols
5º) Cazares - 8 gols
Estou feliz demais! Ontem foi uma noite mágica, de uma satisfação absurda com o desempenho do time do Galo em campo, com uma vitória extraordinária que pode levar o clube do meu coração a mais uma final de Libertadores. Mas ainda falta muito para a consagração total com a conquista do título. Nossos adversários na semifinal e possível final da Libertadores e na final da Copa do Brasil são fortes, poderosos e qualificados, o que torna bastante desafiadora nossa pretensão de ganhar os títulos. Então calma, paciência, sabedoria, modéstia e respeito total aos oponentes. E que a nossa torcida bipolar e "corneteira" enfim reconheça as limitações do elenco, que não possui um banco de reservas à altura dos titulares, e que tem um treinador e uma comissão técnica competentes e um time de craques e bons jogadores, profissionais corretos e dignos, que suam o nosso Manto Sagrado com toda entrega e dedicação. Na sua irracionalidade advinda da paixão desvairada, parcela da torcida critica ferozmente o treinador e alguns atletas, ignorando fatos e números que confirmam suas ótimas performances. Esses fanáticos exigem de seres humanos, meros atletas profissionais de futebol, uma perfeição que nem o Rei Pelé conseguiu. O esporte nunca foi fácil, o sucesso muito menos. Então devemos aceitar com serenidade e compreensão os erros e deficiências dos jogadores, sem cobranças mirabolantes, ilusórias e quiméricas. Todos os jogadores de um elenco são importantes, mesmo os de menor qualidade técnica. Em uma competição dura e difícil como a Libertadores, em algum momento um deles poderá ser a surpresa positiva para levar o grupo ao sucesso e à glória. Portanto, que saibamos reconhecer o valor de cada um, torcendo pelo êxito deles em prol do clube. Gratidão nunca é demais!
O que a Massa Atleticana deve ter em mente é que o time alcançou uma performance extraordinária nas copas nesta temporada, superando em muito a meta estipulada pela direção do clube de chegar até as oitavas de final em ambas as competições. Ainda que o time seja eliminado na Libertadores na semifinal ou na final e na Copa do Brasil na final, precisamos comemorar e reconhecer o excelente trabalho realizado por diretoria, comissão técnica e elenco. Perder ou ganhar é do jogo, às vezes com o fracasso até dos supostos favoritos.
Agora, imaginem só se conseguirmos conquistar um ou talvez os dois dos mais importantes títulos do continente? Caramba! Será um negócio fabuloso, fenomenal, admirável! Se tal cenário se tornar realidade, sairemos enlouquecidos pelas ruas vibrando, pulando, cantando, gargalhando e gritando GALO a plenos pulmões, com a alegria incontida estampada nos rostos apaixonadamente atleticanos. Que a sorte nos acompanhe e que o destino nos seja auspicioso!
Vambora, GALO, fazer História! Eu, como sempre, acredito! Mas com toda a humildade e respeito aos adversários, sem soberba e arrogância!
Um grande abraço espinosense.
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