Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.
Nos anos 70, Espinosa era uma cidade bem pequenina cuja periferia praticamente inabitada localizava-se em locais hoje completamente ocupados por residências e instalações comerciais em bairros relativamente novos, casos do Jardim Oriente e Santa Cláudia. Para os mais novos se situarem no tempo e no espaço, o atual Mercado Municipal era o ponto final da área habitada. Ali, naquele imenso terreno próximo à velha caixa d´água, funcionava o nosso mais importante "estádio", denominado Vasco A. Neto, mas conhecido popularmente como o "Campão". Por ali, em direção ao Norte e Oeste, na direção da comunidade da Raposa do Rio Verde, só existia a serraria de Etvaldo Nogueira, umas poucas casas e o resto da área era da fazenda da família Sepúlveda, de Sêo Zezé.
Era neste campo "desgramado", de piso duro e poeirento, completamente aberto, sem muro, arquibancada, alambrado ou vestiário, que aconteciam as mais importantes partidas de futebol dos maiores times amadores da cidade, sempre nas tardes de domingo. Às manhãs ou nas preliminares destes jogos, ocorriam os jogos dos times de jovens e adolescentes daquela época, como o Milan e o Cruzeirinho. Os gigantes do futebol espinosense neste período eram os arquirrivais Espinosense e Santa Cruz, que se diferenciavam bastante no estilo de jogo. Apesar de ambas as equipes contarem com grandes jogadores, o Espinosense se destacava por um estilo de jogo mais técnico e elegante, de toque de bola refinado e constante troca de passes, enquanto o Santa Cruz se notabilizava pela força e garra dos seus atletas e um jogo mais vertical em direção ao gol. Era uma "guerra", claro que no bom sentido.
Sempre fui torcedor da M. Teixeira e do Espinosense. Lá jogavam três dos meus ídolos no futebol local: o zagueiraço Téo, também chamado de Zé Neguim, o craque meio-campista Roberto Pé-Duro e o cracaço da camisa 10 Valmir Vilas-Boas de Castro, o Kita. Tive a honra, a felicidade, a alegria e o privilégio de jogar ao lado dos dois primeiros no Juventus, mas não tive a sorte de ter Kita como parceiro de time, o que lamento até hoje.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.
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