No dia 20 de abril é comemorado o Dia do Disco de Vinil, também em homenagem ao cantor e compositor mineiro Ataulfo Alves, que faleceu em 20 de abril de 1969.
Com a decretação da sua morte após a chegada dos compact discs (CDs), e posteriormente, com a aparição dos tecnológicos serviços de streaming, o velho e cultuado disco de vinil tinha tudo para desaparecer completamente do mundo. Mas, surpreendentemente, o "objeto musical preto com um buraco no meio" continua vivo, forte e cultuado por milhões de aficionados por música no mundo inteiro. Também conhecido popularmente como LP, de Long Play Record, ou disco de longa duração, em português, o disco de vinil conseguiu a façanha de dar a volta por cima depois de ser considerado ultrapassado e obsoleto, voltando a superar em vendas o CD nos Estados Unidos, conforme relatório da RIAA (Associação da Indústria Fonográfica dos EUA). Desde 1987 eram vendidos muito mais CDs que discos de vinil na Terra do Tio Sam, mas agora em 2022 foram vendidos 41 milhões de discos de vinil, contra 33 milhões de CDs.
E por que esta apaixonada preferência de tanta gente pelo velho LP? Uma grande parte dos aficionados pelos discos de vinil é a turma dos DJs, que usam os "bolachões" para animar as pistas de dança nas suas pickups. Outra galera que adora os vinis é a dos colecionadores. Mas existem também os saudosistas que tem uma atração sentimental com o toca discos, uma sensação prazerosa em ligar o aparelho de som, colocar um disco para girar no prato e se deliciar com o som do seu artista preferido. Isto tudo com a possibilidade de poder admirar a arte da capa e conferir com facilidade os créditos da obra artística, a relação dos músicos participantes e a letra das canções nos encartes.
Além dos lançamentos atuais de artistas e grupos famosos que apostam na disponibilização aos fãs dos discos de vinil, hoje em dia até coloridos, existem empresas que lançam em vinil velhas produções de artistas consagrados. No Brasil atualmente existem três fábricas de vinil, a Polysom, a Vinil Brasil e a Rocinante. Obviamente que o mercado é pequeno, já que o consumo atual de música se dá em 84% nas plataformas de streaming contra 11% na mídia física. O preço alto também prejudica a venda de vinis. Um disco de vinil novo no Brasil custa entre R$ 100 e R$ 200, podendo chegar a muito mais.
Minha pequena coleção de discos de vinil está bem guardadinha na estante, com alguns espécimes de valor sentimental imensurável, como alguns exemplares dos Beatles, do Pink Floyd, do Queen, do Supertramp, do Bob Dylan, dos Rolling Stones, do Genesis, do Raimundo Fagner, do Zé Ramalho, do Djavan, do Caetano Veloso, do Chico Buarque, do Gilberto Gil, do Alceu Valença e de outros grandes nomes da música universal. E a quem interessar, não jogo fora, não vendo, não dou e nem empresto!
Um grande abraço espinosense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário