Sou apaixonado por cinema, desde que me entendo por gente e podia, com muita dificuldade financeira, juntar uns trocados e conseguir acesso ao maravilhoso Cine Coronel Tolentino de Tidim e Nelito, em Espinosa, para assistir aos filmes que tanto me encantaram na infância e adolescência, como os de Tarzan, Django e Mazzaropi. A paixão pelo cinema continua firme e prazerosa, e agora, mais acessível, com a disponibilização de canais de streaming como Amazon Prime e Netflix na TV, além das salas de cinema dos shoppings aqui de Montes Claros. Meu gosto pessoal se foca mais em dramas, comédias, documentários e filmes baseados em fatos reais, o que não quer dizer que, às vezes, eu não me disponha a assistir a um bom romance ou a um "blockbuster" de super-herói. Mas tenho predileção mesmo é por histórias verídicas, filmes que tentam contar, mesmo com alguma licença poética, as vidas de pessoas ilustres, cativantes e inspiradoras. No mês que passou fui ver, na tela grande, a produção que mostra a vida, ascensão e morte da divina cantora norte-americana Whitney Houston.
O filme "I Wanna Dance With Somebody" - "A História de Whitney Houston" estreou nos cinemas brasileiros em 12 de janeiro de 2023. Com direção de Kasi Lemmons e roteiro de Anthony McCarten, a produção narra a trajetória de incrível sucesso da cantora americana até o seu falecimento trágico ocorrido em 11 de fevereiro de 2012, aos 48 anos, em Beverly Hills, Califórnia. Com uma atuação merecedora de aplausos da atriz britânica Naomi Ackie, que interpreta a protagonista, o filme percorre a vida de Whitney Elizabeth Houston desde as apresentações no coral da igreja ao lado da mãe cantora Cissy Houston (Tamara Tunie), passa pela sua descoberta pelo mítico produtor musical Clive Davis (Stanley Tucci), continua com o estrondoso sucesso nas paradas e no cinema ao lado de Kevin Kostner com o filme "O Guarda-Costas", escancara os relacionamentos afetivos turbulentos com a família e o esposo Bobby Brown (Ashton Sanders) e finaliza com a tragédia da sua partida precoce em meio a distúrbios emocionais graves.
Vale a pena sair de casa e ir até o cinema assistir à história de vida de uma das mais talentosas cantoras do mundo, dona de uma potência de voz e uma força de interpretação extraordinárias. As músicas incluídas na produção mostram alguns dos maiores sucessos da cantora, algumas muito bem integradas ao roteiro, em momentos marcantes da sua vida cheia de inquietações e carências. Nota-se a preocupação dos produtores em focar o filme no lado positivo da vida da estrela, não deixando de fora suas brigas e divergências com seus amores, familiares e amigos, mas tocando muito superficialmente sobre sua fase terrível de entrega às substâncias químicas que culminaram com sua morte prematura.
Whitney foi casada com o também cantor Bobby Brown entre 1992 e 2007, e desta relação extremamente conturbada, nasceu a filha Bobbi Kristina Houston Brown, infelizmente falecida em 2015, aos 22 anos, em situação análoga à da mãe. Lamentavelmente, alguns artistas, pessoas extremamente sensíveis e solitárias, nem sempre conseguem suportar a terrível pressão da indústria musical, do sucesso e da fama, não raro tendo suas vidas desaguando em tragédias. Uma pena. Mas o legado de Whitney permanecerá vivo e eterno na História da Música e no coração dos seus milhões de admiradores no mundo inteiro.
Um grande abraço espinosense.
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