Somente os cinquentões (ou os mais idosos ainda) se recordarão dos bons tempos em que a Praça Antonino Neves, ou Praça da Liberdade, era um ótimo e florido recanto para as nossas brincadeiras diárias e namoros noturnos durante a juventude. Ali nas suas largas calçadas, entre os jardins gramados que protegiam grupo de plantas enfloradas, passeávamos incansavelmente rodando a praça após fazer o mesmo na Praça Coronel Joaquim Tolentino, quando a Missa Dominical ministrada pelo saudoso Padre Martin Kirscht terminava. Era uma época bem mais tranquila, em que parecia que o tempo demorava mais a passar. Eram tempos também de paixões platônicas e amizades duradouras. E de muito cinema! Quantos filmes assistíamos extasiados confortavelmente sentados nas poltronas do Cine Coronel Tolentino de Tidim e Nelito? Quantos sonhos fantasiados, alguns realizados, outros jamais concretizados?
Ali instalada na praça, uma empresa desses bons tempos de outrora foi bastante importante, especialmente para as famílias menos favorecidas economicamente. A COBAL-Companhia Brasileira de Alimentos foi um órgão do Ministério da Agricultura criado em 1962, com o propósito de promover o abastecimento de gêneros alimentícios com preços populares em algumas cidades brasileiras, atendendo especialmente famílias de baixa renda. Com o passar do tempo e o desvirtuamento da ideia inicial, a empresa foi extinta em 1990.
Lembro-me bem de Chico trabalhando lá. De vez em quando, íamos lá, eu e meu saudoso amigo Gera de Vavá, comprar garrafas de suco de maracujá que utilizávamos para fazer batida, misturando com a famosa pinga fabricada por Clóvis Cruz, a Ingazeira. Essa batida era por nós, integrantes da Turma da Resina, produzida com o intuito de distribuir aos nossos convidados nas festinhas que fazíamos em uma casa alugada na Rua Arthur Bernardes ou na casa da saudosa Dona Cassionília. Quantas saudades!
Na fotografia abaixo, que me foi presenteada pelo meu velho e grande amigo João Carlos Amarante Castro, aparecem, além dele, os seus amigos Manelinho do Pastel e o já falecido Zé Bonitinho, todos fazendo pose deitados na grama do jardim em frente ao prédio da Cobal. Lembrando aos mais jovens que a construção ainda existe. Ela é uma das mais belas construções da nossa Espinosa, mesmo que hoje abandonada. Bem antes de sediar a Cobal, a parte de baixo da bela residência de Moacir Brito acolheu por algum tempo a agência local do Banco do Brasil, onde trabalhou o grande amigo Xará.
Um grande abraço espinosense.
Um comentário:
Kkkkkk eu estou entre os cinquentoes.lembro de tudo que foi comentado nesta postagem agente era feliz e não sabia.lembro que era mais interessante não era a missa.e sim da volta na praça era tanta gente que a calçada ficava pequena e durante as volta a gente ficava de namorico com as meninas da nossa epoca.era bom demais. não tinha malícia nem maldade era tudo muito natural. Saudades.
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