Foi em um show na Praça da Matriz em Montes Claros que eu a conheci e imediatamente me tornei fã daquela menina magricela com um suingue diferenciado, uma expressão corporal esfuziante e uma voz para lá de belíssima. Marina Sena, depois descobri seu nome. Foi em uma apresentação d´A Outra Banda da Lua em um evento promovido pela prefeitura. Pouca gente na plateia, só mesmo os seus fiéis admiradores e outros curiosos amantes da música, como eu. Mas a partir dali, encantei-me eternamente com seu imenso talento e procurei saber mais sobre sua vida e seu trabalho.
Marina Sena vivenciou seus primeiros anos de vida na cidade norte-mineira de Taiobeiras, onde nasceu e se incomodou um pouco com a falta de horizontes nos estilos musicais da cidade, restritos à música sertaneja e ao pagode. Lá pelos 17 anos viajou a Montes Claros e ampliou significativamente as expectativas ao ouvir blues em um barzinho da cidade. Ali a luz se fez! Era a descoberta de que era na música que ela iria efetivamente se completar.
Com a descoberta da cultura mais abrangente em Montes Claros, expandiu-se sua visão de mundo, que resultou em músicas suas que tratam do Sertão à sua volta e às suas vivências pessoais, sempre envoltas nas paixões. Marina é sexy, descolada e desbocada, livre e solta para subir no palco só de calcinha e sutiã para mostrar além do seu corpo esguio e sedutor o que tem de melhor, a voz cristalina e maravilhosamente afinada.
Marina Sena atualmente integra a banda Rosa Neon, além de fazer parte de A Outra Banda da Lua. A Rosa Neon começou de maneira a mais desprogramada possível. Estavam os integrantes, os músicos Luiz Gabriel Lopes, Marina Sena, Mariana Cavanellas e Marcelo Tofani, participando do 18º Encontro Cultural na bucólica Milho Verde, em Diamantina, quando se encontraram em uma roda de bate papo e se descobriram íntimos e sedentos de fazer música em conjunto, depois de trocarem ideias musicais. Nasceu ali a banda. Todos os integrantes já tinham projetos musicais anteriores, com a Marina com A Outra Banda da Lua, a Mariana com a banda Lamparina e a Primavera, o Marcelo em seu projeto solo e o Luiz Gabriel com três discos solo e uma trajetória com a banda Graveola. Foi a partir da performance da música composta pela Marina, Rosa Neon, que o nome da banda surgiu. O primeiro show do quarteto como Rosa Neon aconteceu em 29 de novembro de 2018 no Teatro Sesi Minas em BH. O grupo participou de quatro faixas do disco Ladrão, do Djonga: ''Hat-Trick", "Leal", "Deus e o Diabo na Terra do Sol" e "Falcão".
Em seguida veio o primeiro álbum da banda, "Rosa Neon", lançado no mês de setembro de 2019, com a imagem da capa sendo uma reverência do quarteto à arte gráfica do álbum duplo lançado em 1976 pelo icônico grupo Doces Bárbaros, formado pelos baianos Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia.
Como estratégia de lançamento do disco, foram disponibilizados no You Tube clipes divinamente bem elaborados com as canções do álbum que leva o nome da banda, realizados com muito esmero e criatividade. O Rosa Neon é muito mais que música boa! E a Marina é um espetáculo à parte!
Um grande abraço espinosense.
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