Espinosa, meu éden

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sexta-feira, 1 de junho de 2018

1980 - O "Afogamento" sereno e delicado de Gil e Roberta

Não precisa dizer muita coisa sobre isso. Basta ouvir, em completo silêncio e rigorosa atenção, a canção escrita por Gilberto Gil e e Jorge Bastos Moreno, para sentir a delicadeza das palavras e dos acordes musicais que desembocam serenamente no centro do coração e na plenitude da alma.
Em tempos turbulentos, de tamanha intolerância, nada como uma belíssima canção para nos deixar levar pela corrente positiva da poesia. Vozes estupendas, sons delicados e hipnotizadores que embalam esperançosamente a vida. 
Um grande abraço espinosense.

Créditos do vídeo:

Voz: Gilberto Gil e Roberta Sá
Baixo - Alberto Continentino
Bateria / MPC - Domenico Lancellotti
Clarinete - Joana Queiroz
Violão - Gilberto Gil
Sintetizador - Bruno Di Lullo
Percussão - Bem Gil
Direção: Mariana Jaspe
Edição: Claudio Tammela e Mariana Jaspe
Imagens: Bruno Kott, Daryan Dornelles, Lucas Magalhães e Murilu Dantas

"Afogamento"
Gilberto Gil e e Jorge Bastos Moreno

Vou correr o risco de afundar de vez,
Sob o peso da insensatez,
Já sem poder boiar.

Estarei com alguém, nariz contra nariz,
O afogamento por um triz,
Tentarei me salvar.

Sempre assim,
Sempre que o amor vaza a maré,
Vou parar bem longe, aonde não dá pé, difícil de nadar.

Outro dia o fato aconteceu enfim,
Um golfinho-anjo, um boto-serafim,
Chegou pra me ajudar,
Me agarrei,
Àquele corpo liso e me deixei levar.

Ao lado o seu sorriso aberto a me guiar,
Então eu relaxei,
E me entreguei completamente ao mar.


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