Domingo, 8 de abril de 2018, 16 horas, Estádio Magalhães Pinto, Mineirão, 104ª edição do Campeonato Mineiro, mais uma vez a dupla Atlético e Cruzeiro na decisão. Na história foram 4 decisões entre Palestra Itália e Atlético (1928, 29, 31 e 40), com 3 títulos do Palestra e 1 do Atlético. Entre Atlético e Cruzeiro, foram disputadas mais 42 finais, com 19 conquistas alvinegras e 24 conquistas celestes: 1943 (C), 44 (C), 54 (A), 56 (A e C), 62 (A), 66 (C), 67 (C), 68 (C), 69 (C), 70 (A), 72 (C), 74 (C), 75 (C), 76 (A), 77 (C), 78 (A), 79 (A), 80 (A), 81 (A), 82 (A), 83 (A), 84 (C), 85 (A), 86 (A), 87 (C), 88 (A), 89 (A), 90 (C), 94 (C), 96 (C), 98 (C), 2000 (A), 2003 (C), 2004 (C), 2007 (A), 2008 (C), 2009 (C), 2011 (C), 2013 (A), 2014 (C), 2017 (A) e 2018 (C).
Antes do jogo
Nesta temporada, o Cruzeiro "arrebentou" na primeira fase do Campeonato Mineiro. Com uma campanha invicta, venceu e fez 11 pontos a mais que o grande rival, conseguindo a vantagem de decidir em casa e de jogar por dois empates ou uma vitória e uma derrota pela mesma diferença de gols nas finais. O Atlético, por sua vez, vinha apresentando um futebol claudicante, irregular, deixando a torcida temerosa de uma temporada decepcionante. Após a dispensa do treinador Oswaldo de Oliveira e a entrada no comando do jovem Thiago Larghi, a equipe melhorou largamente o desempenho e, com uma vitória surpreendente de 3 x 1 sobre o Cruzeiro na primeira partida da decisão disputada no Independência, reverteu a vantagem. Não fosse a incrível bobeada do meio campo atleticano que, na indecisão em uma roubada de bola, propiciou ao time adversário a chance de marcar um gol, talvez o título já estivesse praticamente assegurado. Mas com este gol marcado, e a diminuição da vantagem atleticana, o Cruzeiro tem todas as condições para construir um resultado de dois gols de diferença a seu favor e botar a mão no seu 37º título. Se ganhar, empatar, ou perder por um gol de diferença, o Atlético comemorará seu 45º título de Campeão Mineiro.
Durante o jogo
Os cumprimentos dos jogadores perfilados e o cordial aperto de mãos entre dois grandes personagens de um dos maiores clássicos do futebol mundial, o goleiro Fábio, do Cruzeiro, e o zagueiro Leonardo Silva, do Atlético, foram uns dos primeiros movimentos de mais uma jornada de muita tensão, nervosismo, ansiedade e sofrimento para milhões de apaixonados torcedores mineiros espalhados pelo mundo. Começava mais uma decisão envolvendo Atlético e Cruzeiro. A receita não muda nunca: pressão, frio na barriga, garra, marcação cerrada, nervosismo, entrega e concentração total dos jogadores. Para colocar fogo na partida, logo no início, o iluminado em clássicos Arrascaeta cabeceou com perfeição o cruzamento de Edílson e balançou as redes atleticanas, abrindo o placar. O Atlético parecia meio perdido em campo, atordoado pelo gol tomado logo aos 3 minutos de partida. Por conta disso, os ânimos ficaram exaltados de parte a parte e o resultado foi uma agressão infantil de Otero em Edílson que lhe valeu a expulsão de campo. Cartão vermelho para o jogador do Atlético, apresentou o árbitro Luiz Flávio de Oliveira aos 21 minutos. O ótimo jogador atleticano, herói da primeira partida da decisão, nesta agiu como o vilão. Com um jogador a menos, o título parecia estar inexoravelmente a caminho da Toca da Raposa. Faltava só mais um gol celeste para isso. A partir daí, a temperatura emocional ficou mais amena em campo e o jogo um tanto quanto equilibrado, com algumas poucas chances de gol criadas pelo Cruzeiro.
Na segunda etapa evidenciou-se a situação complicada em que se meteu o Atlético, com predomínio quase que completo do Cruzeiro em campo. E não deu outra, com o segundo gol celeste sendo anotado por Thiago Neves, aos 7 minutos do segundo tempo. Thiago Larghi tentou fazer alguma coisa para dar novo fôlego ao time atleticano, substituindo Ricardo Oliveira e Luan por Érick e Gustavo Blanco, mas as mudanças não mudaram o panorama adverso em campo. Mano Menezes também mexeu em seu time, colocando Rafinha no lugar de Robinho, para dar novo ânimo à equipe. Depois tirou o Arrascaeta e colocou em campo o Ezequiel, para segurar o resultado favorável. Já o Atlético foi para o tudo ou nada, com a entrada do atacante Róger Guedes no lugar de Elias. Era a última cartada de Thiago Larghi. Mas deu em nada, ainda mais com mais uma expulsão, a de Patric, e os jogadores do Cruzeiro, com o apito final do árbitro, comemoraram entusiasticamente o título conquistado.
Na segunda etapa evidenciou-se a situação complicada em que se meteu o Atlético, com predomínio quase que completo do Cruzeiro em campo. E não deu outra, com o segundo gol celeste sendo anotado por Thiago Neves, aos 7 minutos do segundo tempo. Thiago Larghi tentou fazer alguma coisa para dar novo fôlego ao time atleticano, substituindo Ricardo Oliveira e Luan por Érick e Gustavo Blanco, mas as mudanças não mudaram o panorama adverso em campo. Mano Menezes também mexeu em seu time, colocando Rafinha no lugar de Robinho, para dar novo ânimo à equipe. Depois tirou o Arrascaeta e colocou em campo o Ezequiel, para segurar o resultado favorável. Já o Atlético foi para o tudo ou nada, com a entrada do atacante Róger Guedes no lugar de Elias. Era a última cartada de Thiago Larghi. Mas deu em nada, ainda mais com mais uma expulsão, a de Patric, e os jogadores do Cruzeiro, com o apito final do árbitro, comemoraram entusiasticamente o título conquistado.
Após o jogo
Com a vitória cruzeirense, a explosão de alegria e alívio ecoou pelo Estádio Mineirão e pelos bares e ruas das cidades mineiras. Em Montes Claros, os fogos de artifícios estouraram nos céus, carros e motos tiveram suas buzinas disparadas incessantemente e o mar de gente com camisas azuis inundou de contentamento e sorrisos a Avenida Sanitária, tradicional local de comemorações da cidade.
Parabéns ao Cruzeiro e aos seus milhões de torcedores, entre eles familiares e amigos queridos, pela grande e importante conquista. Comemorem com toda a razão o título.
Um grande abraço espinosense.
Parabéns ao Cruzeiro e aos seus milhões de torcedores, entre eles familiares e amigos queridos, pela grande e importante conquista. Comemorem com toda a razão o título.
Um grande abraço espinosense.
Resumo da partida:
Cruzeiro 2 x 0 Atlético
Local: Mineirão - Belo Horizonte
Horário: 16 horas
Gols: Arrascaeta e Thiago Neves
Cartões amarelos: Ricardo Oliveira, Adílson, Patric e Érick (Atlético), Edílson, Thiago Neves, Léo, Robinho, Egídio e Ariel Cabral (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Otero e Patric (Atlético)
Artilheiros do campeonato: Aylon (América) e Ricardo Oliveira (Atlético) - 6 gols
Arbitragem: Luiz Flávio de Oliveira (Fifa-SP), auxiliado por Rodrigo Guarizo (CBF-SP) e José Cláudio Rocha Filho (CBF-SP). Rafael Gomes Felix da Silva (CBF-SP), o quarto árbitro.
Cruzeiro: Fábio, Edílson (Mancuello), Léo, Dedé e Egídio; Ariel Cabral, Henrique, Thiago Neves, Robinho (Rafinha) e Arrascaeta (Ezequiel); Rafael Sóbis. Treinador: Mano Menezes.
Atlético: Victor, Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adílson, Elias (Érick), Cazares, Luan (Gustavo Blanco) e Otero; Ricardo Oliveira (Érick). Treinador: Thiago Larghi.
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