É meio estranho ver o maior clássico do futebol mineiro acontecer em um sábado, mas foi isso que ocorreu neste dia 1º de abril de 2017, o famoso "Dia da Mentira". Valendo pela 10ª rodada da fase de classificação do Campeonato Mineiro, o jogo entre Atlético e Cruzeiro mais uma vez foi realizado sob grandes polêmicas. A primeira delas vem já de algum tempo, na divisão dos ingressos. O Cruzeiro, como mandante do jogo, ficou com 90% dos ingressos, restando os 10% restantes à torcida do Atlético. Outros temas polêmicos foram criados, como a proibição, pelo time celeste, da entrada dos mascotes alvinegros e do uso de instrumentos musicais, faixas e bandeiras pela torcida do Atlético. No final, a Federação Mineira de Futebol autorizou tudo e acabou com a polêmica.
É de se lamentar profundamente, mais uma vez, esse absurdo de não podermos mais ver o clássico sendo disputado com a presença, meio a meio, das duas torcidas nos estádios, promovendo uma das mais lindas festas do esporte brasileiro. É uma derrota vergonhosa da sociedade e das autoridades que não conseguem garantir a paz e a segurança dos torcedores em um evento esportivo de tamanha importância para todos os aficionados pelo esporte.
Mas vamos ao que interessa agora, o jogo. O Cruzeiro chegou a esta partida com 17 jogos de invencibilidade no ano. O Atlético havia perdido apenas uma partida na temporada, 1 x 0, exatamente para o maior rival, no confronto pela Primeira Liga. Há algum tempo o Cruzeiro não perde para o Atlético. Nos últimos seis clássicos, foram quatro vitórias e dois empates. A última vitória do Atlético no clássico aconteceu no dia 19 de abril de 2015, no mesmo Mineirão, por 2 x 1, de virada, com dois gols do atacante Lucas Pratto, que já deixou o clube. Para efeito de classificação, a partida não valia absolutamente nada. O Atlético já havia confirmado o primeiro lugar na tabela, conquistando o direito de jogar as semifinais e finais com vantagem, conforme o regulamento do torneio. O Cruzeiro também já havia assegurado a classificação para as semifinais. Mas quando eles se encontram, em qualquer situação, não existe essa história de que o confronto não tem valor. O bicho pega pesado, sempre. E quem ganha, tira sarro do adversário. Quem perde, fica quieto.
E o árbitro autorizou o início do espetáculo. E com menos de 2 minutos, a torcida azul foi ao delírio com o primeiro gol de Thiago Neves no jogo e com a camisa do Cruzeiro. Depois de rápido contra-ataque, ele chutou fraco, de perna direita, e contou com a falha de Giovanni para abrir o marcador. Daí em diante, muita disputa pela bola no meio campo, mas sem expressivas oportunidades de gol. Até que em uma cobrança de falta a favor do Atlético, Fred revida a uma provocação na área e acerta um soco no rosto do zagueiro Manoel e é sumariamente expulso de campo, merecidamente. Com o Atlético em inferioridade numérica em campo, o Cruzeiro tomou conta do jogo e chegou a marcar um segundo gol aos 37 minutos, com Ariel Cabral de cabeça, mas corretamente invalidado como impedimento pelo árbitro. O time da Toca da Raposa tinha o domínio do jogo e teve mais duas chances de marcar, através de chutes de fora da área de Rafinha e Thiago Neves. Percebendo a situação de domínio do adversário, que havia ganhado o comando do meio de campo, o treinador atleticano tirou o Cazares, bom jogador mas deficiente na marcação, e o substituiu pelo incansável Luan. Depois de muita movimentação, mas poucas chances de gol criadas e com quatro minutos de acréscimo, terminou o primeiro tempo.
E o Cruzeiro deu o pontapé inicial da segunda etapa. O clima estava sossegado no jogo até que aos 13 minutos o Cruzeiro ampliou o marcador, após um vacilo geral da defesa atleticana que não conseguiu marcar a jogada iniciada com uma cobrança de lateral e que resultou no gol de Arrascaeta, registrando 2 x 0 no placar no Mineirão. A tensão continuou com jogadas mais ríspidas e momentos de empurra-empurra entre os jogadores. Algumas poucas chances claras de gol e muita reclamação de ambos os times com a arbitragem. O treinador Mano Menezes colocou Lucas Silva no lugar de Ariel Cabral, que já estava amarelado, por precaução. Trocou o Diogo Barbosa por Fabrício. E um pouco depois tirou o Rafinha para colocar o centroavante Ábila. O Atlético trocou Robinho, já bastante desgastado fisicamente , pelo "He-Man" Rafael Moura.
Mesmo com tantas mudanças, o panorama da partida não mudou, com predomínio indiscutível da equipe celeste. Com um jogador a menos, não havia muitas alternativas ao time alvinegro de tentar uma reação. Era se segurar ali atrás e tentar uma estocada qualquer no contra-ataque ou em uma bola parada para buscar a marcação de um gol. E isso aconteceu após uma tentativa aguerrida do Rafael Moura, que brigou contra vários adversários e conseguiu fazer chegar a bola a Elias, que bateu forte para marcar o gol atleticano e diminuir o placar desfavorável. 2 x 1 no placar. Depois disso o Atlético marcou outro gol, mas devidamente impugnado como impedimento de Rafael Moura pela arbitragem. Finalmente o árbitro decretou o final de mais uma epopeia entre Cruzeiro e Atlético na história do futebol, com muita alegria do lado azul.
Parabéns ao Cruzeiro que obteve mais uma vitória no clássico, mantendo sua invencibilidade no ano e mantendo o tabu de não perder para o Atlético por mais de dois anos.
Para marcar a história de mais um jogo de futebol entre Atlético e Cruzeiro, posto uma imagem maravilhosa de como deve ser o esporte, sempre com paz, harmonia, respeito e humanidade.
Um grande abraço espinosense.
E o árbitro autorizou o início do espetáculo. E com menos de 2 minutos, a torcida azul foi ao delírio com o primeiro gol de Thiago Neves no jogo e com a camisa do Cruzeiro. Depois de rápido contra-ataque, ele chutou fraco, de perna direita, e contou com a falha de Giovanni para abrir o marcador. Daí em diante, muita disputa pela bola no meio campo, mas sem expressivas oportunidades de gol. Até que em uma cobrança de falta a favor do Atlético, Fred revida a uma provocação na área e acerta um soco no rosto do zagueiro Manoel e é sumariamente expulso de campo, merecidamente. Com o Atlético em inferioridade numérica em campo, o Cruzeiro tomou conta do jogo e chegou a marcar um segundo gol aos 37 minutos, com Ariel Cabral de cabeça, mas corretamente invalidado como impedimento pelo árbitro. O time da Toca da Raposa tinha o domínio do jogo e teve mais duas chances de marcar, através de chutes de fora da área de Rafinha e Thiago Neves. Percebendo a situação de domínio do adversário, que havia ganhado o comando do meio de campo, o treinador atleticano tirou o Cazares, bom jogador mas deficiente na marcação, e o substituiu pelo incansável Luan. Depois de muita movimentação, mas poucas chances de gol criadas e com quatro minutos de acréscimo, terminou o primeiro tempo.
E o Cruzeiro deu o pontapé inicial da segunda etapa. O clima estava sossegado no jogo até que aos 13 minutos o Cruzeiro ampliou o marcador, após um vacilo geral da defesa atleticana que não conseguiu marcar a jogada iniciada com uma cobrança de lateral e que resultou no gol de Arrascaeta, registrando 2 x 0 no placar no Mineirão. A tensão continuou com jogadas mais ríspidas e momentos de empurra-empurra entre os jogadores. Algumas poucas chances claras de gol e muita reclamação de ambos os times com a arbitragem. O treinador Mano Menezes colocou Lucas Silva no lugar de Ariel Cabral, que já estava amarelado, por precaução. Trocou o Diogo Barbosa por Fabrício. E um pouco depois tirou o Rafinha para colocar o centroavante Ábila. O Atlético trocou Robinho, já bastante desgastado fisicamente , pelo "He-Man" Rafael Moura.
Mesmo com tantas mudanças, o panorama da partida não mudou, com predomínio indiscutível da equipe celeste. Com um jogador a menos, não havia muitas alternativas ao time alvinegro de tentar uma reação. Era se segurar ali atrás e tentar uma estocada qualquer no contra-ataque ou em uma bola parada para buscar a marcação de um gol. E isso aconteceu após uma tentativa aguerrida do Rafael Moura, que brigou contra vários adversários e conseguiu fazer chegar a bola a Elias, que bateu forte para marcar o gol atleticano e diminuir o placar desfavorável. 2 x 1 no placar. Depois disso o Atlético marcou outro gol, mas devidamente impugnado como impedimento de Rafael Moura pela arbitragem. Finalmente o árbitro decretou o final de mais uma epopeia entre Cruzeiro e Atlético na história do futebol, com muita alegria do lado azul.
Parabéns ao Cruzeiro que obteve mais uma vitória no clássico, mantendo sua invencibilidade no ano e mantendo o tabu de não perder para o Atlético por mais de dois anos.
Para marcar a história de mais um jogo de futebol entre Atlético e Cruzeiro, posto uma imagem maravilhosa de como deve ser o esporte, sempre com paz, harmonia, respeito e humanidade.
Um grande abraço espinosense.
CRUZEIRO 2 X 1 ATLÉTICO
Cruzeiro: Rafael; Ezequiel, Léo, Manoel e Diogo Barbosa (Fabrício); Hudson, Ariel Cabral (Lucas Silva), Thiago Neves e Rafinha (Ábila); Arrascaeta e Rafael Sóbis. Técnico: Mano Menezes.
Atlético: Giovanni; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Elias, Otero (Marlone) e Cazares (Luan); Robinho (Rafael Moura) e Fred. Técnico: Roger Machado.
Data: 01-04-2017
Local: Mineirão - Belo Horizonte (MG)
Horário: 16 horas
Árbitro: Igor Júnior Benevonuto
Auxiliares: Felipe Alan Costa de Oliveira e Ricardo Júnio de Souza
Gols: Thiago Neves (1m, 1º tempo), Arrascaeta (13m, 2º tempo) e Elias (42m, 2º tempo)
Auxiliares: Felipe Alan Costa de Oliveira e Ricardo Júnio de Souza
Gols: Thiago Neves (1m, 1º tempo), Arrascaeta (13m, 2º tempo) e Elias (42m, 2º tempo)
Cartões amarelos: Rafael, Lucas Silva, Ariel Cabral, Diogo Barbosa, Rafael Sóbis e Ezequiel (Cruzeiro), Marcos Rocha, Elias e Rafael Moura (Atlético)
Cartão vermelho: Fred (Atlético)
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