Espinosa, meu éden

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sábado, 2 de abril de 2016

1493 - Sidney Castro, um dos maiores do futebol espinosense

Aqui em nosso blog já foi contada uma pequena parcela da história do futebol de Espinosa. Nesse espaço humilde e democrático já apareceram textos e fotografias homenageando grandes figuras do futebol espinosense, desde os mais áureos tempos até a atualidade. Estiveram presentes aqui grandes craques da nossa história como Elton Gomes (o famoso Tatuzinho), o cracaço baiano Kita, Téo (o inesquecível Zé Neguim), Roberto (o craque Pé-Duro), o tranquilo, técnico e sereno Fonso, o goleiraço Van e tantos outros que brilharam defendendo as camisas do Espinosense, Santa Cruz, 9 de Março (Master), Bola de Ouro, Cruzeirinho, Atletiquinho, Ypiranga, Minas, Milan etc etc etc. Muitos ainda merecem ser lembrados e homenageados. Entre esses está um dos melhores jogadores da nossa história, Sidney Castro. E é para prestar uma simples homenagem a ele que publico essa postagem.
Sou de uma geração mais nova que a de Sidney, mas felizmente consegui participar de duas situações esportivas relativas a ele, de que muito me orgulho. Ainda menino, tive a felicidade de vê-lo em ação, jogando muita bola e defendendo as cores do Santa Cruz, no saudoso Campão, localizado onde atualmente se encontram as instalações do nosso Mercado Municipal. 
Era um tempo maravilhoso em que ainda não existia televisão na cidade e a diversão nas tardes de domingo era ir ao Campão assistir a grandes embates entre os times norte-mineiros e do sudoeste da Bahia, quando não se cruzavam os maiores rivais da cidade, Espinosense e Santa Cruz. Chegávamos mais cedo para assistir aos times juvenis na preliminar, debaixo de um sol escaldante. O campo não tinha muro, nem alambrado, muito menos gramado. Era chão duro de terra batida, o que não impedia os craques de apresentar seu futebol cheio de virtudes e muita garra. Sentávamos todos à beira do campo, e para não sujar a roupa, arrancávamos galhos de madeira nova para servir de assento. Também usávamos esses mesmos galhos para nos proteger do sol forte. Mas estávamos sempre ali, ansiosos à espera do desfile elegante de um Kita, da técnica ímpar de um Pé-Duro, de um lançamento longo e preciso de um Sidney, de uma arrancada de Zezinho de Manoel de Barros, de um chutaço de canhota de Beto de Horácio, de um gol de raça de Bertoldo, de uma defesa espetacular de Acyr, de um passe preciso de um Fonso, de uma jogada brilhante de um Itamar, de um desarme perfeito de um Téo, enfim, lances que jamais saem da memória já não tão confiável. 
Se não bastasse essa dádiva de ver Sidney jogando em alto nível, ainda tive a felicidade de poder jogar ao seu lado em várias oportunidades no time da Toca dos Craques. Um privilégio!
Sidney tinha a virtude do controle total da bola, possuía a técnica perfeita do drible inesperado, a perfeição do passe, a capacidade de mandar a bola longa no alvo com acerto e violência, a destreza para se desvencilhar facilmente do marcador, a imprevisibilidade da jogada na frente do adversário, o faro de gol. Sua trajetória no futebol deixou muitos admiradores, sem dúvida alguma eu um dos mais fiéis.  
Um grande abraço espinosense.

Sidney e Sissi

9 de Março: Getúlio Fiel, Valdo, Geraldo de Juca, Geraldo Lindolfão, Sissi e Darci;
Mauri, Marcos de Juca, Sidney, Zé Maria e Zé Maria Monção
  
Toca dos Craques:
Ádson, Claudão, Walter, Beto, Guim, Dego, Tonhão e Tu;
Murilo, Tarcísio, Eustáquio, Day, Alair, Rubens, Paulinho, Sidney e Jorginho.

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