Neste momento, a famosa Lucille deve estar guardada em algum canto e se tivesse vida, estaria em prantos. O seu eterno companheiro de jornada e música por anos e anos finalmente descansou. Na madrugada desta sexta-feira, 15 de maio de 2015, Riley Ben King, ou Blues Boy King, ou ainda simplesmente B. B. King, faleceu aos 89 anos em Las Vegas, vítima de complicações da diabetes.
Nascido em 16 de setembro de 1925 em Itta Bena, no Mississippi, Estados Unidos, o Rei do Blues desde criança já demonstrava o gosto pela música. Ainda jovem, tocava músicas gospel pelas ruas e bares da cidade até se mudar para Memphis, Tennessee, no ano de 1947, e descobrir novos rumos. Começa a ganhar fama e dá o nome de Lucille à sua guitarra, depois de uma confusão em um dos seus shows por causa de uma garota com esse nome. Conquista o respeito e a fama e passa a ser o influenciador musical de dezenas de grandes novos artistas pelo mundo, nomes de peso como Eric Clapton, Jimi Hendrix, George Harrison, Stevie Ray Vaughan, Jeff Beck e Buddy Guy.
B. B. King tratava com especial zelo as suas guitarras. Tocava sempre com uma alegria e uma interação emocional com o instrumento que parecia terem nascido como indivíduos univitelinos, tamanha a simbiose. Gravou mais de 50 álbuns na carreira, conquistou nada menos que 16 prêmios Grammy e em 1987 foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll.
Mesmo com mais de 80 anos de idade e com problemas de saúde, ainda se apresentava regularmente pelo mundo. O último show seu no Brasil aconteceu em 2012, em São Paulo. Nessa mesma turnê, apresentou-se também em Curitiba e no Rio de Janeiro, anteriormente.
O Rei do Blues finalmente descansa e deixa uma legião de fãs espalhados pelo mundo, entre eles gênios da guitarra como Eric Clapton, que gravou um elogiado álbum ao seu lado, e Stevie Ray Vaughan. A música perde o talento e a alegria do ícone da guitarra. Uma pena!
Um grande abraço espinosense.
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