Uma notícia veiculada na TV dias atrás, entre tantas outras que diariamente são mostradas, chamou-me a atenção pela atitude dura, difícil mas elogiável de um pai. Um senhor, funcionário da limpeza pública da cidade de Belo Horizonte, descobriu que o seu filho de 14 anos havia participado de um assalto a uma creperia junto com um amigo e não teve dúvidas em levá-lo a uma delegacia de polícia para entregá-lo. Pai de quatro filhos, o gari demonstrou a sua tristeza, vergonha e total indignação com a atitude do filho, exigindo que ele se dedicasse aos estudos, se afastasse das más companhias e se tornasse um homem honesto. Uma atitude a ser aplaudida de pé.
No mundo atual, muitos pais de família, de todas as classes sociais, temem colocar limites firmes na vida dos seus filhos, com medo de criar desavenças e entrar em conflito com eles. Assim, muitos filhos são criados de maneira completamente inadequada, sem qualquer tipo de limite, o que pode acarretar dificuldades sérias no relacionamento futuro deles na sociedade. Alguns desconhecem o mínimo direito dos outros, pois são criados como verdadeiros "reizinhos" em casa, tendo todas as suas vontades atendidas, sem contestação. Jamais ouviram dizer que o nosso direito termina quando começa o direito dos outros, o que é extremamente necessário na convivência cotidiana em uma sociedade justa e fraterna.
Atitudes corajosas e difíceis como essas são raras, mas acontecem em todo o país, principalmente nas camadas mais pobres da população. Um exemplo a ser seguido por nós.
Em hipótese alguma isso quer dizer que não tenhamos de amar os nossos filhos, pessoas mais importantes nas nossas vidas, mas jamais devemos encobertar os seus atos irresponsáveis e marginais. Esta difícil decisão de não concordar com as suas atitudes erradas pode ser o caminho mais fácil para a sua recuperação. Portanto, meus amigos, na educação dos filhos é muito melhor pecar pelo excesso de rigor do que pela omissão e cegueira.
Um grande abraço espinosense.
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