Uma das coisas mais lindas que se pode observar na paisagem do nosso sertão castigado anualmente pela seca é a presença majestosa de uma árvore que parece não pertencer àquele cenário cinza e triste, de muita poeira, ventania e árvores de galhos secos sem nenhuma folha. Em meio a essa imagem desalentadora, paira soberano o Juazeiro, eternamente esverdeando o panorama acinzentado com a sua sombra generosa. Graças ao seu amplo e profundo sistema de raízes, que consegue coletar a escassa umidade existente no subsolo, a árvore típica do Nordeste do Brasil, também encontrada no Norte de Minas, se destaca viçosa o ano inteiro.
O Juazeiro, planta da família das Rhamnaceae, cujo nome científico é Ziziphus Joazeiro, é uma árvore de médio porte, com copa larga e alta que pode chegar a 15 metros de altura. Tem o caule retorcido, normalmente com mais de 50 cm de diâmetro, com espinhos nos ramos. Suas folhas verdes, brilhosas, com bordas serrilhadas podem
chegar a dez centímetros. As flores são pequenas, em pequenos ramalhetes
de uma coloração amarelo-esverdeada e em formato de estrelas.
Seus pequenos frutos comestíveis, amarelados e de 1,5 a 2 cm de comprimento, são carnosos, adocicados e ácidos, e são utilizados para fazer geleias. São ricos em vitamina C. Sua casca é usada para fazer sabão e produtos de limpeza para os dentes. Mas na nossa região a importância dos frutos aumenta quando da seca, quando são utilizados para a alimentação do gado.
São muitas as suas denominações, dependendo dos lugares. É conhecido também com o nome de joazeiro, juá-babão, juá-de-boi, joá-mirim, juá, juareiro, juá-bravo, enjoá, enjuá, joá, juá-espinho, juá-de-espinho, juá-fruta, juá-mirim, laranjeira-de-vaqueiro, loquiá e raspa de juá.
Juazeiro do Norte (CE) |
Juazeiro (BA) |
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