Espinosa, meu éden

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

215 - Nova Ortografia da Língua Portuguesa

No primeiro dia de janeiro de 2012 entra em vigor, em caráter definitivo, a nova ortografia da Língua Portuguesa, que foi elaborada e aprovada pelos oito países lusófonos (países que tem a Língua Portuguesa como língua nacional) em 16 de dezembro de 1990, em Lisboa, mas que só agora começa a valer. Estamos em um período de transição que começou em 1° de janeiro de 2009 e vai até 31 de dezembro deste ano. O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem como objetivo unificar e uniformizar a lingua portuguesa escrita nos seguintes países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Não haverá mudanças na língua falada nestes países, pois as mudanças restringem-se apenas à língua escrita. No Brasil, o Congresso Nacional aprovou o Acordo em abril de 1995, sendo oficialmente ratificado pelo presidente Lula em 29 de setembro de 2008. 
O certo é que já não podemos mais adiar o aprendizado e a compreensão das novas regras, pois janeiro está próximo e temos que nos adaptar rapidamente à nova ortografia. Para divulgar um pouco de todo o conteúdo das novas regras ortográficas, vou publicar aqui algumas das mudanças mais importantes.

  • As letras K, W e Y são oficialmente integradas ao alfabeto português.
  • O trema deixará de ser usado para assinalar a pronúncia da letra U. Ex: frequência, cinquenta, delinquente, linguiça, quinquênio, sequência, sequestro, tranquilo, bilingue, aguentar etc.
  • Perdem o acento agudo os ditongos abertos tônicos ÉI e ÓI nas palavras paroxítonas (ou seja, com acento na penúltima sílaba). Ex: ideia, geleia, joia, epopeia, apoia, heroico, debiloide, alcateia, androide, asteroide, boia, colmeia, estreia, odisseia, paranoia, tramoia, plateia etc.
  • Cai o acento circunflexo de palavras paroxítonas terminadas em ÔO e ÊEM. Ex: voo, enjoo, abençoo, deem, veem, creem, leem, perdoo, etc. Exceções: verbos ter e vir na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo. Ex: têm. vêm, mantêm, provêm, retêm, convêm etc.
  • Cai o acento gráfico usado para diferenciar palavras homógrafas (com a mesma grafia) paroxítonas. Ex: para, pela, pelo, pera, polo etc. Exceções: pôr (infinitivo) e pôde (flexão verbo poder).
  • Cai o acento agudo das vogais tônicas I e U de palavras paroxítonas, quando antecedidas de ditongo. Ex: baiuca, feiura, bocaiuva etc.
  • Quando o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por R ou S não se usa mais o hífen e a consoante R ou S é duplicada. Ex: ultrassom, ecossistema, contrarregra, minissaia, antissemita, semirreta etc.
  • Não se usa hífen quando o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente ou consoante (que não seja R ou S). Ex: autoescola, copiloto, extraescolar, contraordem etc.
  • Continua o uso do hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Ex: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca etc. Exceções: mandachuva, pontapé, paraquedas etc. 
  • Continua o uso do hífen nas palavras compostas que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Ex: reco-reco, tico-tico, blá-blá-blá, tique-taque, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre, cri-cri, zum-zum etc.
  • Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Ex: pé de moleque, pé de vento, dia a dia, fim de semana, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra etc.
  • Incluem-se neste caso os compostos de base oracional. Ex: maria vai com as outras, leva e traz, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta etc. Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa.
  • Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Ex: gota-d´água, pé-d´água.
  • Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Ex: belo-horizontino, porto-alegrense, mato-grossense-do-sul, rio-grandense-do-norte, sul-africano etc.
  • Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Ex: bem-te-vi, peixe-espada, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, cravo-da-índia.
  • Usa-se o hífen com palavras formadas por prefixos e palavras iniciadas por H. Ex: anti-higiênico, anti-histórico, mini-hotel, sobre-humano, super-homem, ultra-humano etc.
  • Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Ex: micro-ondas, anti-inflacionário, inter-regional, sub-bibliotecário etc.
  • Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela que se inicia a outra palavra. Ex: autoescola, antiaéreo, intermunicipal, supersônico, superinteressante, agroindustrial, aeroespacial, semicírculo etc. Exceção: com os prefixos SUB e SOB usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por R. Ex: sub-região, sub-reitor, sub-regional etc.
  • Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por R ou S, dobram-se essas letras. Ex: minissaia, antirracismo, ultrassom, semirreta etc.
  • Usa-se o hífen com os prefixos EX, SEM, ALÉM, AQUÉM, RECÉM, PÓS, PRÉ, PRÓ, VICE. Ex: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, sem-terra, vice-rei, vice-prefeito etc.

  • Bandeiras dos oito países que falam português:
    Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,
    Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
    Para maiores informações, é so clicar aqui.

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