Espinosa, meu éden

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sábado, 20 de agosto de 2011

196 - "Causos" e histórias espinosenses: Histórias inusitadas

Espero que os protagonistas destas histórias que vou contar aqui não se chateiem por eu revelar as suas identidades. São apenas casos curiosos. Vamos a algumas delas.
Um jovem baiano de Milagres, meu amigo Baianinho, espinosense de coração, estava passeando em Belo Horizonte com um amigo e resolveu ir ao Mineirão para assistir ao clássico Atlético e Cruzeiro. Como ele tinha alguns negócios para resolver, propôs ao amigo que fosse mais cedo para o estádio e que mais tarde ele se juntaria a ele. Depois de resolver suas pendências comerciais, quase na hora do início da partida, ele chega ao Mineirão. Milhares de torcedores dos dois maiores clubes de Minas se atropelavam em filas quilométricas para entrar no estádio. Depois de esperar por longos minutos na fila, eis que ele se aproxima do portão de entrada. E aí vem a dúvida. Como encontrar o seu companheiro no meio daquela multidão, quase 80 mil pessoas? Finalmente ele chega ao portão de entrada e enquanto é revistado pelos policiais, ele pergunta: - Você viu meu amigo Geraldo, lá de Espinosa, entrando aqui? Como o cara iria saber, meu Deus!
Outra história curiosa é o fato acontecido no campo do Mingu, próximo do açude no Rio São Domingos. Estávamos jogando futebol contra um time do conhecido distrito de Espinosa. Tudo ia acontecendo normalmente, sem maiores novidades. E veio o intervalo. Depois de tomar uma água no boteco ali próximo, voltamos para o segundo tempo. E aí a surpresa. Como havíamos atacado para o lado do açude no primeiro tempo, iríamos atacar para o outro lado do campo no segundo tempo, lógico. Lógico nada! Magrão, que não tinha muita noção das regras do futebol, ao receber a bola no pontapé inicial dado por um companheiro, disparou em direção ao nosso próprio gol, em desabalada carreira, sob o olhar atônito de todos nós, companheiros de time e adversários. Os nossos rivais, paralisados, começaram a gritar desesperadamente: - Para, para, é pra lá, é pra lá; enquanto nós morríamos de rir. A partir desse fato, nota-se claramente por que ele se destaca na arte e não no futebol.
Outro fato interessante ocorreu no Rio São Domingos, nos meus bons tempos de infância na Rua da Resina. Quando o rio ficava quase seco, com pouca água corrente, aproveitávamos as areias limpas (que saudade!) para jogar futebol. Providenciávamos as traves e fazíamos o campo ali mesmo, sob a sombra das árvores. Em um determinado dia, próximo da chácara de "Sêo" Abelar, estávamos jogando futebol na areia e Zezinho Brasinha, pendurado em um galho na árvore, atuava como narrador do jogo. E lá estava ele acompanhando com atenção todos os lances do jogo: - bola com Eustáquio, que passa para Quinha, que dribla um e toca para Júlio que penetra na área e chuta no canto esquerdo do goleiro Gera: é gooooooooooool! Neste instante, coincidentemente, escuta-se um baque surdo na areia fofa. Zezinho Brasinha despencara na areia abraçado ao galho quebrado da árvore. Acabou a partida, pois ninguém se aguentava em pé de tanto rir.
Coisas de Espinosa! Um grande abraço espinosense.

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