A oportunidade de assistir a shows de grandes artistas é muito rara em Espinosa. Mas, mesmo raramente, alguns artistas consagrados já estiveram em solo espinosense apresentando o seu trabalho. Lembro-me de que o cantor José Augusto se apresentou em um circo certa vez, mas não estive lá, não me lembro o porquê. O ótimo violeiro, cantor e compositor Elomar se apresentou na AABB e eu, infelizmente, perdi a sua performance. Não assisti também ao show do palhaço Tiririca, hoje deputado em Brasília, que se apresentou na Praça Antonino Neves em certa época.
Mas estive presente no Hotel Espigão quando o famoso cantor Nélson Gonçalves esteve em Espinosa para fazer sua campanha política ao cargo de deputado e se apresentou para a comunidade espinosense. Muito bom! Neste mesmo local assisti ao show da cantora sertaneja Nalva Aguiar. Nós, da Turma da Resina, tínhamos o costume, ótimo por sinal, de nos reunir para aplaudir todos os artistas que se apresentavam na nossa cidade, independentemente do nosso gosto musical. Neste dia, nos juntamos para, em tom de brincadeira, aplaudir incansavelmente e ficar gritando o nome da cantora o tempo todo. A recompensa veio ao final do show, quando ganhamos uns beijinhos da cantora. Depois disso, foi a maior curtição com os amigos a respeito dessa conquista.
Em outra oportunidade, em uma festa na AABB, assisti à apresentação do cantor, ator, humorista e compositor Moacir Franco. Foi muito bom. Neste dia aconteceu uma situação interessante comigo. Como não sou apreciador do trabalho do Moacir, apesar de respeitar e reconhecer o seu grande talento, fiquei conversando animadamente, em voz baixa, com Izaías (Zazá), que estava na mesa vizinha à nossa, enquanto ele se apresentava. Estávamos lá no maior papo, quando Moacir Franco, cantando e sorrindo, se aproxima bem devagar, cumprimenta os integrantes da nossa mesa e chegando perto de nós, me diz ao pé do ouvido: - Estou cantando pra vocês, p...! Ficamos os dois totalmente desconcertados, terminamos ali mesmo o papo e passamos a prestar atenção ao show do homem. Ele tinha razão. Não estávamos respeitando a apresentação do seu trabalho. Aprendemos a sutil lição que nos deu o Moacir. Daquele dia em diante, sempre que assisto a um show, independentemente do meu gosto musical, presto bastante atenção e se não estiver gostando, vou-me embora, mas nunca mais atrapalho ou emito vaias ao seu trabalho. Vivendo e aprendendo!
Outro espetáculo curioso a que estive presente, foi a apresentação do cantor e compositor de música romântica brega, Bartô Galeno, que se apresentou no pátio do Colégio Joaquim de Freitas, com nossa turma presente e gritando o seu nome o tempo inteiro. Foi uma farra! Encontrei o Bartô Galeno durante o dia, antes do show, visitando a loja de discos "A musical" de Júlio Figueiredo (já não existe mais) e depois tomando umas e outras no "Bakana", de Waldir Mendes. O cara é de uma simplicidade espantosa. Não é à toa que gosto demais da sua música "No toca-fita do meu carro", que considero a melhor música brega de todos os tempos. É a minha favorita.
Mas o show que mais me vem à lembrança entre todos, foi a apresentação (ou não apresentação), do cantor e compositor baiano de Caitité, Waldick Soriano. Waldick iria se apresentar no palco do "Clube dos Cem", antigo prédio do cinema, em um sábado à noite. Acontece que Waldick se encontrou com Carlito Cruz (Fueiro), amigo de longa data, e ficaram o dia inteiro batendo papo, tomando umas biritas e relembrando velhas histórias. À noite, na hora marcada para o início do show, nada de aparecer o Waldick. Ficamos esperando ansiosamente a sua aparição. Só depois de uma hora, mais ou menos, aparece o cantor, como sempre, elegantemente vestido de terno preto, óculos escuros e com o seu inconfundível chapéu preto. Sobe ao palco cambaleante, ajudado por um amigo e cumprimenta a todos em frente ao microfone. Começa a cantar a primeira canção e não consegue continuar. É retirado do palco e levado ao hotel para se recuperar. Estava completamente embriagado depois da grande farra com Carlito. O que fazer, então? Em meio a muitos risos e caras desapontadas, resolvemos fazer a nossa parte para não deixar aquela situação decepcionar o público presente e acabar com a nossa animação. Começamos a gritar o nome de Eron, figura de destaque em nossa cidade e músico apaixonado pelo trabalho de Waldick, para que ele o substituísse. Encorajado pelos nossos gritos e pedidos, Eron subiu ao palco, assumiu o lugar do ídolo e começou a cantar, acompanhado do seu inseparável pandeiro. Foi um espetáculo! Eron arrebentou! Cantou por mais de uma hora todos os sucessos de Waldick Soriano, sempre aplaudido intensamente por toda a plateia. Ao final do show, Eron foi efusivamente cumprimentado por todos nós. Foi a sua consagração.
Coisas de Espinosa! Um grande abraço espinosense.
Mas estive presente no Hotel Espigão quando o famoso cantor Nélson Gonçalves esteve em Espinosa para fazer sua campanha política ao cargo de deputado e se apresentou para a comunidade espinosense. Muito bom! Neste mesmo local assisti ao show da cantora sertaneja Nalva Aguiar. Nós, da Turma da Resina, tínhamos o costume, ótimo por sinal, de nos reunir para aplaudir todos os artistas que se apresentavam na nossa cidade, independentemente do nosso gosto musical. Neste dia, nos juntamos para, em tom de brincadeira, aplaudir incansavelmente e ficar gritando o nome da cantora o tempo todo. A recompensa veio ao final do show, quando ganhamos uns beijinhos da cantora. Depois disso, foi a maior curtição com os amigos a respeito dessa conquista.
Em outra oportunidade, em uma festa na AABB, assisti à apresentação do cantor, ator, humorista e compositor Moacir Franco. Foi muito bom. Neste dia aconteceu uma situação interessante comigo. Como não sou apreciador do trabalho do Moacir, apesar de respeitar e reconhecer o seu grande talento, fiquei conversando animadamente, em voz baixa, com Izaías (Zazá), que estava na mesa vizinha à nossa, enquanto ele se apresentava. Estávamos lá no maior papo, quando Moacir Franco, cantando e sorrindo, se aproxima bem devagar, cumprimenta os integrantes da nossa mesa e chegando perto de nós, me diz ao pé do ouvido: - Estou cantando pra vocês, p...! Ficamos os dois totalmente desconcertados, terminamos ali mesmo o papo e passamos a prestar atenção ao show do homem. Ele tinha razão. Não estávamos respeitando a apresentação do seu trabalho. Aprendemos a sutil lição que nos deu o Moacir. Daquele dia em diante, sempre que assisto a um show, independentemente do meu gosto musical, presto bastante atenção e se não estiver gostando, vou-me embora, mas nunca mais atrapalho ou emito vaias ao seu trabalho. Vivendo e aprendendo!
Outro espetáculo curioso a que estive presente, foi a apresentação do cantor e compositor de música romântica brega, Bartô Galeno, que se apresentou no pátio do Colégio Joaquim de Freitas, com nossa turma presente e gritando o seu nome o tempo inteiro. Foi uma farra! Encontrei o Bartô Galeno durante o dia, antes do show, visitando a loja de discos "A musical" de Júlio Figueiredo (já não existe mais) e depois tomando umas e outras no "Bakana", de Waldir Mendes. O cara é de uma simplicidade espantosa. Não é à toa que gosto demais da sua música "No toca-fita do meu carro", que considero a melhor música brega de todos os tempos. É a minha favorita.
Mas o show que mais me vem à lembrança entre todos, foi a apresentação (ou não apresentação), do cantor e compositor baiano de Caitité, Waldick Soriano. Waldick iria se apresentar no palco do "Clube dos Cem", antigo prédio do cinema, em um sábado à noite. Acontece que Waldick se encontrou com Carlito Cruz (Fueiro), amigo de longa data, e ficaram o dia inteiro batendo papo, tomando umas biritas e relembrando velhas histórias. À noite, na hora marcada para o início do show, nada de aparecer o Waldick. Ficamos esperando ansiosamente a sua aparição. Só depois de uma hora, mais ou menos, aparece o cantor, como sempre, elegantemente vestido de terno preto, óculos escuros e com o seu inconfundível chapéu preto. Sobe ao palco cambaleante, ajudado por um amigo e cumprimenta a todos em frente ao microfone. Começa a cantar a primeira canção e não consegue continuar. É retirado do palco e levado ao hotel para se recuperar. Estava completamente embriagado depois da grande farra com Carlito. O que fazer, então? Em meio a muitos risos e caras desapontadas, resolvemos fazer a nossa parte para não deixar aquela situação decepcionar o público presente e acabar com a nossa animação. Começamos a gritar o nome de Eron, figura de destaque em nossa cidade e músico apaixonado pelo trabalho de Waldick, para que ele o substituísse. Encorajado pelos nossos gritos e pedidos, Eron subiu ao palco, assumiu o lugar do ídolo e começou a cantar, acompanhado do seu inseparável pandeiro. Foi um espetáculo! Eron arrebentou! Cantou por mais de uma hora todos os sucessos de Waldick Soriano, sempre aplaudido intensamente por toda a plateia. Ao final do show, Eron foi efusivamente cumprimentado por todos nós. Foi a sua consagração.
Coisas de Espinosa! Um grande abraço espinosense.
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