Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

1614 - O combate ao câncer de mama e o brilhante trabalho do Dr. Gessandro Fernandes

Termina o mês de outubro, o chamado "Outubro Rosa", tempo dedicado pela comunidade médica ao combate e à divulgação de informações sobre o câncer de mama. É hora de reforçar o apelo às mulheres para que se cuidem e possam se prevenir contra esse terrível malefício. É urgente que as mulheres se informem melhor sobre a doença, se conscientizem das suas consequências e de que maneira elas podem evitar a sua ocorrência. Para tanto é imprescindível o diagnóstico precoce.

Eis algumas informações importantes sobre o câncer de mama encontradas no site inca.gov.br.

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos.
Para o Brasil, em 2016, são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama. Tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Especificamente no Brasil, esse percentual é um pouco mais elevado e chega a 28,1%. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o mais frequente nas mulheres das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.
O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). 
Outros fatores que aumentam o risco da doença são:
- Fatores ambientais e comportamentais:
- Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
- Sedentarismo (não fazer exercícios);
- Consumo de bebida alcoólica;
- Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).
- Fatores da história reprodutiva e hormonal
- Primeira menstruação antes de 12 anos;
- Não ter tido filhos;
- Primeira gravidez após os 30 anos;
- Não ter amamentado;
- Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
- Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
- Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
- Fatores genéticos e hereditários*
- História familiar de câncer de ovário;
- Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
- História familiar de câncer de mama em homens;
- Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

Já o câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença. Homens também podem ter câncer de mama, mas somente 1% do total de casos é diagnosticado em homens.
Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher necessariamente terá a doença.
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
- Praticar atividade física regularmente;
- Alimentar-se de forma saudável;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Amamentar


É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:
- Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Alterações no bico do peito (mamilo);
- Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
- Saída espontânea de líquido dos mamilos
- As mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas. No entanto, tais alterações podem não ser câncer de mama.

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.
Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas.
Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada.
O SUS oferece exame de mamografia para todas as idades, quando há indicação médica.

Um batalhador incansável na tarefa de informar e conscientizar a população feminina quanto aos riscos e consequências do câncer de mama é o médico mastologista espinosense Gessandro Elpídio Fernandes Barbosa. Filho de Dona Dozinha e de Seu Joaquim, Gessandro, graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros (2001) com especialização em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia (residência médica), a cada dia demonstra o seu profissionalismo, o seu cuidado extremo com os pacientes, a dedicação plena, a virtude divina de ser realmente um profissional exemplar, fazendo da sua privilegiada profissão, uma cruzada de amor e carinho em prol das pessoas enfermas colocadas sob seus cuidados. 
É gratificante perceber o seu desprendimento em favor dos outros, sempre aberto e disposto a compartilhar seus profundos conhecimentos. É reconfortante confirmar o seu precioso dom de enxergar as pessoas como seres humanos carentes e esperançosos, e não tão somente como financiadores econômicos do seu trabalho.
A cada ano formam-se milhares de médicos no país, alguns deles infelizmente focados apenas na possibilidade de auferir alta remuneração, sem a menor formação humana para cuidar de pessoas enfermas e enfraquecidas psicologicamente, necessitadas de carinho, respeito e atenção. Gessandro é a personificação do verdadeiro médico, aquele ser dotado de profundo conhecimento e dedicado em tempo integral à recuperação da saúde física e mental dos seus pacientes, muitas vezes sem recompensa financeira. Um exemplo claro disso aconteceu há poucos dias, quando ele, ao lado de alguns colegas, efetuou uma ação maravilhosa de altruísmo ao realizar, nas dependências da Santa Casa de Montes Claros, cirurgias de reconstrução de mamas em algumas mulheres, de forma completamente gratuita, resgatando sobremaneira as suas autoestimas.    
Fica aqui registrado o nosso agradecimento a esta alma abençoada por Deus, orgulho de nós, espinosenses. Parabéns pelo seu brilhante trabalho, Gessandro, e pela pessoa iluminada que és. Que Deus o abençoe abundantemente!
Um grande abraço espinosense.



Veja o vídeo neste endereço:   
http://g1.globo.com/mg/grande-minas/mgintertv-2edicao/videos/t/edicoes/v/medicos-realizam-cirurgias-de-reconstrucao-de-mama-em-mulheres-que-enfrentaram-o-cancer/5413692/

domingo, 30 de outubro de 2016

1613 - O gesto sublime da doação de órgãos

Acabei de assistir a um vídeo emocionante criado pela agência DDB Argentina e disponibilizado no site da Fundação Argentina de Transplante Hepático e que não poderia deixar de compartilhar com vocês. Eu o encontrei graças à publicação de Fabrísia Tolentino em sua página no Facebook, a quem agradeço imensamente. 
Trata-se de um convite à população argentina para se informarem, discutirem o assunto com os familiares e tomarem a preciosa decisão de tornarem-se doadores de órgãos, salvando vidas. Com a história de amor entre o idoso e seu cão, a mensagem subliminar do vídeo é a de que a vida continua, só que no corpo de outra pessoa.
O transplante de órgãos é um tratamento médico indicado quando toda outra alternativa para recuperar a saúde do paciente se esgota e que só é possível graças à voluntariedade das pessoas que dão seu consentimento para a doação. Trata-se da substituição de um órgão vital enfermo, sem possibilidade de recuperação, por outro em boas condições. Pode ser um rim, um fígado, um coração, um pulmão, um pâncreas e um intestino. Devido à complexidade e às dificuldades para executá-la com sucesso, a doação de órgãos somente é possível em 5 de cada 1000 falecimentos.
Reflita sobre o assunto, converse com seus familiares e, se tiver consciência da grandeza deste ato, declare-se um doador. Não se preocupe com a possibilidade de a equipe médica retirar órgãos seus com você ainda vivo. Ela não existe. Todos os procedimentos cirúrgicos para a retirada só são realizados após a constatação da morte cerebral do paciente. Você também pode escolher quais os órgãos que você pode doar. Sua decisão será sempre respeitada. Outro compromisso assumido pelos médicos é que na retirada dos seus órgãos, seu corpo jamais será mutilado. Haverá sempre o respeito pelo ser humano, mesmo após a morte.




Para esclarecer melhor o assunto, no ano de 2015, foram realizadas 23.666 cirurgias de transplante de órgãos no Brasil. Nada menos que 95% dos procedimentos foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 13.793 pacientes receberam novos corações, o que corresponde a mais da metade das operações (58%). Em segundo lugar estão os transplantes de rim, com 5.409 cirurgias (23%). Mesmo que todas essas cirurgias tenham sido realizadas com sucesso, atendendo uma parcela significativa da população, cerca de 41 mil pacientes ainda aguardam atendimento na fila do SUS. Assim é imprescindível que a população seja informada, conscientizada e convocada para se tornar doadores, para que possamos vencer essa difícil batalha pela vida.


Para se tornar realidade, são essas as etapas do processo de doação de órgãos:

- Diagnóstico de morte encefálica - A partir da confirmação pelos médicos da ocorrência da morte encefálica, de forma irreversível, a pessoa pode se tornar doadora. 
  
- Autorização da família - Infelizmente, de acordo com o Ministério da Saúde, metade das famílias não permite a retirada dos órgãos para doação após a morte do familiar. Quando a família concorda em doar os órgãos do falecido, é necessária a assinatura de um termo de autorização. Então comunique à sua família o seu desejo de ser doador, sempre.

- Entrevista familiar - A entrevista é um guia para os médicos se inteirarem dos hábitos do doador e do seu histórico clínico. São realizados testes biológicos e físicos para indicar a compatibilidade com os futuros receptores dos órgãos.

- Retirada de órgãos - Vários órgãos e tecidos podem ser retirados para transplante, beneficiando várias pessoas, entre eles coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. O procedimento precisa ser feito com rapidez e eficiência para que os órgãos sejam preservados e não se percam. 

- Transporte - O Ministério da Saúde viabiliza o transporte aéreo dos tecidos e órgãos para lugares distantes, através de aviões da FAB e de companhias aéreas parceiras.

- Recuperação - Após o transplante, a saúde do paciente depende de fatores diversos, tais como as condições do órgão transplantado, bem como da sua condição de debilidade física apresentada e a aceitação do novo órgão pelo organismo. Para evitar a rejeição, o paciente terá que usar remédios imunossupressores durante toda a vida.
Fontes: fath.org.ar e brasil.gov.br

Então, meus caros amigos, por que não refletir bastante e não tomar essa decisão o quanto antes? De que nos valerão os órgãos e tecidos quando a nossa vida se evaporar no tempo e no espaço? Por que não contribuir para que a vida continue no corpo de um nosso outro irmão? A doação de órgãos é um ato de solidariedade e fraternidade humanas e uma prova de que o corpo morre, mas jamais o amor que o sustenta.
Um grande abraço espinosense. 


sábado, 29 de outubro de 2016

1612 - Olha a galera da arquibancada improvisada do Caldeirão!

O tempo passa. E muito rápido! Quando a gente se defronta com a imagem registrada em uma velha fotografia é que começamos a pensar quão rapidamente o tempo está passando. 
Pesquisando dia desses no meu arquivo pessoal de imagens, deparei-me com esta fotografia tirada em um domingo de manhã de um dia incerto, em que houve uma partida de futebol no Estádio Caldeirão em Espinosa. Imagino que deva ter sido um jogo do nosso grande adversário de então, na categoria Master, o Bola de Ouro. Nela estou eu e mais um tanto de amigos, alguns ainda na época da adolescência, casos de Zé Maria, Rogério Castro (filho de Fonso) e Thiago Rodrigues (filho de Rubens). Alguns eu não consegui identificar. Outro eu até identifiquei, mas não me lembro do seu nome. Desculpem-me, mas é o peso da idade. Se souberem quem são, ajudem-me a nominá-los.
Os que eu consegui identificar são, em pé: Marcos Mecânico, Chiquinha, Fonso, Zinho (com gesso no braço), um senhor não identificado, Zé Maria, Toninho Vieira, esse eu esqueci o nome, Paulinho Fotógrafo, um garotinho desconhecido e Célio. Sentados estão Beto de Horácio, Rubens (com o boné encobrindo o rosto), eu, Thiago Rodrigues, Rogério Castro (pendurado na tela), Gera Neves e Alair da Casa das Novidades.
Bons tempos em que íamos ao estádio da cidade acompanhar os jogos de futebol pela manhã. Melhor ainda saber que as velhas amizades ainda permanecem sólidas. Quanta saudade, moçada!
Um grande abraço espinosense.


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

1611 - Elis Regina na tela do cinema

Não vejo a hora de estar diante da tela grande e acompanhar com o maior entusiasmo e prazer a trajetória da melhor cantora de todos os tempos do nosso Brasil. Isso deve acontecer a partir do dia 24 de novembro, quando deverá estrear em todo o país a cinebiografia de Elis Regina Carvalho Costa, com direção de Hugo Prata e a presença no elenco de Caco Ciocler, Lúcio Mauro Filho, Gustavo Machado e Júlio Andrade. A atriz Andréia Horta tem a imensa responsabilidade de interpretar Elis. 
A cinebiografia pretende apresentar ao público brasileiro toda a agitada trajetória pessoal e profissional da cantora gaúcha, desde as primeiras apresentações no rádio durante a adolescência, até sua saída de cena precoce aos 36 anos, em 19 de janeiro de 1982. Serão mostrados na película os dramas e alegrias da vida da Pimentinha, seus conturbados relacionamentos amorosos, a atuação firme e amorosa como mãe dos filhos Maria Rita, João Marcelo Bôscoli e Pedro Camargo Mariano e, claro, sua carreira artística de imenso sucesso.  
Na 44ª edição do Festival de Gramado, o filme conquistou três prêmios: o de Melhor Atriz para Andréia Horta, o de Melhor Montagem e o de Melhor Filme segundo o júri popular.  
A ansiedade é muito grande, pois sou um admirador intenso da Pimentinha, desde que a descobri cantando em um especial de música na TV (veja vídeo abaixo). A sua interpretação estupenda e emocionante de "Atrás da Porta", do incomparável Chico Buarque, sentada em um banquinho no palco, fez-me imediatamente eriçar os cabelos e me deixar apaixonar perdidamente pelo seu incrível talento.
Elis é única! Ela sabia como ninguém juntar a técnica impecável à emoção genuína, emanada das suas mais profundas entranhas, para fazer a comoção brotar nos corações mais sensíveis ou não.
Um grande abraço espinosense.




Elenco:
Andréia Horta (Elis Regina)
Gustavo Machado (Ronaldo Boscôli)
Caco Ciocler (César Camargo Mariano)
Lúcio Mauro Filho (Miéle)
Júlio Andrade (Lennie Dale)
Zé Carlos Machado (Romeu)
Rodrigo Pandolfo (Nelson Motta)
Ícaro Silva (Jair Rodrigues)
Cesar Troncoso (Marcos Lázaro)
Isabel Wilker (Nara Leão)
Eucir de Souza (Samuel)

Direção: Hugo Prata
Roteiro: Luiz Bolognesi, Hugo Prata e Vera Egito
Produtor: Fabio Zavala
Produção Executiva: Antonio Irivan
Direção de Fotografia: Adrian Teijido
Direção de Arte: Fred Pinto
Figurino: Cristina Camargo
Maquiagem: Anna Van Steen

Coprodução: Bravura Cinematográfica, Academia de Filmes e Globo Filmes
Distribuição: Downtown Filmes




domingo, 23 de outubro de 2016

1610 - Mulheres, tenham orgulho de si mesmas!

Não é de hoje que as mulheres sofrem uma pressão enorme para se adequarem ao conceito físico ideal imposto pela mídia e pela ditadura mundial da indústria da moda, que exigem corpo perfeito, curvas longilíneas e beleza em tempo integral. 
Um comercial da Special K dá um alento a todas as mulheres do mundo, incentivando-as a terem orgulho do seu corpo. Conforme a mensagem do vídeo, de cada 10 mulheres, 7 delas em algum momento não gostam da própria silhueta, gerando um sentimento de ódio de si mesmas. A empresa, através do vídeo, encoraja as mulheres a aceitarem seus corpos como eles são realmente, com todas as suas imperfeições, passando a ter, não vergonha, mas orgulho deles.  
Vale o recado direto às mulheres. Se os seus parceiros realmente as amam, não serão as imperfeições ou as medidas ou pesos dos seus corpos que irão influenciar em alguma coisa. Tenham amor e respeito por si mesmas e aceitem-se como verdadeiramente são e a felicidade estará presente.
Um grande abraço espinosense.


quinta-feira, 20 de outubro de 2016

1609 - Agora é só entre gaúchos e mineiros

O futebol é mesmo surpreendente. Nas partidas disputadas ontem pelas quartas de finais da Copa do Brasil, times considerados favoritos, em função do melhor desempenho apresentado no Campeonato Brasileiro, ficaram pelo caminho, eliminados por outros em pior situação na tabela de classificação. 
Assim aconteceu com o Palmeiras, líder absoluto do Brasileirão, com 64 pontos ganhos e uma boa distância do segundo colocado Flamengo (4 pontos) e do terceiro colocado Atlético (8 pontos), que sucumbiu para o Grêmio de Foot-Ball Porto Alegrense, com derrota na primeira partida jogada no Sul por 2 x 1 e empate em casa por 1 x 1.
Com o Santos aconteceu coisa parecida. Com boa campanha no Brasileirão 2016, onde ocupa a quarta posição na tabela, com 55 pontos ganhos, o time da Vila Belmiro foi descartado da Copa do Brasil pelo instável Internacional, após vitória em casa por 2 x 1 e derrota no Beira-Rio por 2 x 0.
No confronto mais equilibrado das quartas de finais, o Cruzeiro se deu melhor que o adversário paulista, o Corinthians, e assegurou a sua vaga nas semifinais após derrota em São Paulo por 2 x 1 e uma expressiva vitória no Mineirão por 4 x 2.
Já o último dos quatro semifinalistas, o Atlético, passou sufoco em Caxias do Sul para eliminar o aguerrido time do Juventude na decisão por pênaltis, após derrota de 1 x 0, mesmo placar da vitória em Minas Gerais no primeiro confronto.
Não há como não comemorar a chegada às semifinais da Copa do Brasil de dois representantes gaúchos, Inter e Grêmio, e os nossos representantes mineiros, o Galo e o Cruzeiro. Mesmo com tamanha força econômica e midiática, os grandes clubes cariocas e paulistas irão assistir de longe a disputa do título pelos times de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
É impossível prever o que pode acontecer nesses jogos finais, pois mesmo que o Internacional e o Cruzeiro estejam na luta pelo rebaixamento no Brasileirão, enquanto o Grêmio ocupa a oitava posição e o Atlético a terceira posição na tabela, nesta competição de mata-matas tudo pode acontecer. Uma falha individual ou coletiva, um pênalti ou um impedimento mal marcado e uma expulsão podem mudar radicalmente o desenrolar da partida, sendo crucial para definir o resultado e a consequente classificação para as finais. Está tudo nivelado nesta reta final e qualquer um pode erguer a taça de campeão.
Para definir os mandos de campo para esses jogos das semifinais, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou um sorteio nesta quinta-feira, ficando assim os confrontos:

26-10 - Quarta-feira - 21h45 - Beira-Rio - Internacional  x  Atlético
26-10 - Quarta-feira - 21h45 - Mineirão - Cruzeiro  x  Grêmio 

02-11 - Quarta-feira - 21h45 - Independência - Atlético  x  Internacional
02-11 - Quarta-feira - 21h45 - Arena do Grêmio - Grêmio  x  Cruzeiro

As finais acontecerão nas datas de 23 e 30 de novembro.


Todos os quatro semifinalistas já sentiram o gosto doce da conquista do título da Copa do Brasil. O Cruzeiro e o Grêmio são os maiores vencedores desta competição, com quatro conquistas cada um. O Cruzeiro venceu em 1993, 1996, 2000 e 2003. O Grêmio ganhou nos anos de 1989, 1994, 1997 e 2001. O Internacional ganhou uma vez em 1992 e o Atlético foi campeão em 2014, em uma disputa mineira, quando bateu o Cruzeiro por duas vezes, 2 x 1 no Independência e 1 x 0 no Mineirão. 
Um grande abraço espinosense.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

1608 - Enlace matrimonial de Deybed e Ivory

Monte Castelo

Ainda que eu falasse,
A língua dos homens,
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

É só o amor! É só o amor!
Que conhece o que é verdade,
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.

O amor é o fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente,
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse,
A língua dos homens,
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer,
É solitário andar por entre a gente,
É um não contentar-se de contente,
É cuidar que se ganha em se perder.

É um estar-se preso por vontade,
É servir a quem vence, o vencedor,
É um ter com quem nos mata a lealdade,
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem,
Todos dormem. Todos dormem,
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.

É só o amor! É só o amor!
Que conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasse,
A língua dos homens,
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

Composição: Renato Russo (citações do poeta português Luís Vaz de Camões em seu soneto 11, além do capítulo 13 de Coríntios, livro da Bíblia).

Ah, o amor! Explode irremediavelmente nos corações humanos sem a menor lógica, juntando pessoas de lugares os mais distantes, nos mais improváveis encontros.
E assim aconteceu com os jovens Deybed e Ivory. Ela foi descobri-lo (e vice-versa) na baiana cidade de Ilhéus. Ela, passeando com a família pelo distrito ilheense, em tempo de férias. Ele, filho dali mesmo, no trabalho com a família. E ali se encontraram pela primeira vez e se despertaram para um sentimento que, com o passar do tempo, acabou tornando-se um consolidado amor. E nem mesmo a distância foi obstáculo para que esse sentimento se fortalecesse e ganhasse poder dia a dia. 
E finalmente chegou o momento em que esse amor foi firmado perante a sociedade espinosense na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, em Espinosa. No início da noite deste sábado, dia 15 de outubro, Deybed e Ivory subiram ao altar, sob os olhares felizes e emocionados dos pais, padrinhos, familiares e amigos, para receber a bênção do matrimônio pela intercessão do padre Honório, ex-colega de faculdade da noiva que veio especialmente de Montes Claros para conduzir a cerimônia.


















Deybed é filho de Gildo Mendes Melgaço e Guaraci Moreno Melgaço (in memoriam). Ivory é filha de Marco Aurélio Tolentino Vieira (Lelo) e Maria das Graças Antunes de Souza Tolentino (Dedé).
Após a cerimônia, os convidados comemoraram alegremente a união matrimonial do casal no aprazível sítio dos pais da noiva, denominado Mirante, localizado nas imediações da cidade, de onde pode-se ter dela uma visão privilegiada.






















Aos noivos, Deybed e Ivory, o desejo de que a cumplicidade, o respeito, a compreensão, a harmonia, a empatia e o amor prevaleçam na relação a dois, gerando uma vida repleta de alegria, prazer e felicidade. 
Que Deus os abençoe e os faça extremamente felizes!
Um grande abraço espinosense.


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

1607 - Rolando Boldrin, um defensor da genuína música brasileira

A tão preciosa música de raiz brasileira, que engloba o samba, a música caipira, o baião, a toada e tantos outros ritmos relevantes, tem a cada dia o seu espaço na mídia diminuído, abatida inapelavelmente pela poderosa música de massa. Atualmente na TV, apenas um programa resiste bravamente a esta quase aniquilação total, o "Sr. Brasil", na TV Cultura, conduzido com maestria, emoção e talento pelo grande artista brasileiro Rolando Boldrin.  
Rolando Boldrin nasceu em São Joaquim da Barra, estado de São Paulo, em 22 de outubro de 1936. Ele, que destila arte por todos os poros, é um pouco de tudo: cantor, compositor, ator, apresentador, poeta e sempre um valoroso e incansável divulgador da melhor música popular brasileira. Desde a infância, quando, ao lado de um irmão mais velho, integrou a dupla Boy e Formiga, sua estrada na direção da arte já estava escrita pelo destino. Com a desistência do irmão em continuar a carreira artística, decidiu se aventurar por São Paulo, em busca da realização do sonho de ser artista, com total apoio do pai, Seu Amadeu. Na capital paulista, fez de tudo um pouco para sobreviver. Foi reprovado em inúmeros testes realizados nas rádios, até que ganhou uma chance de ser ator na TV Tupi. 
Depois de algum tempo ganhando espaço na carreira de ator, passou a trabalhar no teatro e no cinema, mas sempre mantendo a paixão pelos versos, pela poesia, pela música, pelos "causos" que tanto o encantaram na infância. E, claro, pelo mundo do interior do país, de suas origens, o mundo caipira tão brasileiro e de tamanha riqueza.
Rolando Boldrin é, indubitavelmente, um dos maiores incentivadores da verdadeira música brasileira, tendo criado programas de suma importância na TV como Som Brasil (TV Globo-1981), Empório Brasileiro (TV Bandeirantes-1984), Empório Brasil (SBT-1989), Estação Brasil (CNT-1997) e Sr. Brasil, na TV Cultura (2005), onde permanece no ar até hoje. 
Além de estar por 11 anos à frente do programa "Sr. Brasil", apresentado na TV Cultura de São Paulo, o artista não deixa de fazer shows e recentemente, fez uma participação especial no filme de Selton Mello, "O Filme da Minha Vida", a ser lançado brevemente.


Depois de 10 anos sem gravar um disco e às vésperas de comemorar seus 80 anos de vida, Boldrin teve um insight ao saborear, após almoço em família, o restinho de seu tão apreciado doce de leite, lambendo a colher com tamanho gosto, fazendo-se lembrar da sua mãe Alzira. Bateu instantaneamente a vontade de voltar a gravar, com a ideia de fazer o "disco da sua vida", juntando canções que significassem o conjunto de toda a sua longa caminhada artística. Reuniu então 10 canções de grandes nomes da música brasileira, entre eles Tom Jobim, Noel Rosa, Ary Barroso, Alvarenga e Ranchinho, Geraldo Vandré e do próprio Boldrin e lançou o álbum "Lambendo a Colher", pelo Selo Sesc, com projeto gráfico e ilustrações de Elifas Andreato, seu 29º disco. 

Faixas:
1. A Moda do Invejoso (Rolando Boldrin)
2. De Maracangalha, Chega (Dunga)
3. Isso Eu Não Faço Não (Tom Jobim)
4. Maria Isabel (Rolando Boldrin)
5. O Tal da Barata (Noel Rosa)
6. Vila Isabel do Espaço (Hervê Cordovil)
7. Mariana e o Trem de Ferro (Rolando Boldrin)
8. Canção Primeira (Geraldo Vandré)
9. Quem Me Compreende (Ary Barroso e Bernardino Vivas)
10. Romance de Uma Caveira (Chiquinho Sales, Alvarenga e Ranchinho)



Discografia: 
O Cantadô (1974)
Êta Mundo (1976)
Longe de Casa (1978)
Rio Abaixo (1979)
Giro-o-Giro (1980)
Porta Retrato (1980)
O Caipira (1981)
O Melhor de Rolando Boldrin (1981)
Inventando Moda (1982)
O Violeiro (1982)
Poemas do Som Brasil (1982)
Seleção Som Brasil (1982)
Clássicos do Poema Caipira (1984)
Empório Brasileiro (1984)
Empório Brasil (1989)
Resposta do Jeca Tatu (1989)
Terno de Missa (1990)
Perto de Casa (1991)
Rolando Boldrin (1996)
20 Preferidas (1998)
Disco da Moda (2000)
Esquentai Vossos Pandeiros (2003)
Rolando Boldrin e Renato Teixeira (2005)
Vamos Tirar o Brasil da Gaveta (2006)
Rolando Boldrin e Convidados - Volume 1 (2006)
Histórias Cantadas e Faladas de Rolando Boldrin: Poemas Antológicos e Modas Caipiras (2007)
Histórias Cantadas e Faladas de Rolando Boldrin: Sambas Históricos e Canções Inesquecíveis (2007)
Rolando Boldrin e Convidados - Volume 2 (2007)
Lambendo a Colher (2016)

Tomei conhecimento da existência de Rolando Boldrin ainda em Espinosa, na juventude, através de um grande admirador seu, meu grande amigo Antônio Felisberto Fernandes, o Tuka do Banco do Brasil. Ainda antes de entrar no Banco, eu chegava para o treino do Cruzeirinho no Campão (hoje o Mercado Municipal) e já encontrava Tuka por ali, com seu Fiat 147 branco, ouvindo as músicas de Boldrin no toca-fitas. Ficávamos batendo papo até o começo do treino, sempre com as suas músicas como trilha sonora. 
A riquíssima cultura brasileira deve muito a Rolando Boldrin, que em seu programa não para de nos emocionar a todos com as suas declamações cheias de verdade e sentimento, dos seus "causos" hilários, seus convidados de imensa qualidade artística e suas canções que retratam tão maravilhosamente bem as nossas origens interioranas. 
80 anos! Vida longa e saudável ao grande Rolando Boldrin!
Um grande abraço espinosense.





terça-feira, 11 de outubro de 2016

1606 - 20 anos sem a presença marcante de Renato Russo

Como passa rápido o tempo! Não me esquecerei jamais daquela sexta-feira, 11 de outubro de 1996, quando recebi a triste notícia de que Renato Russo, líder da banda de rock Legião Urbana, havia morrido de complicações causadas pela AIDS, com apenas 36 anos de vida. Logo depois de sair do trabalho e chegar em casa, tomado por uma tristeza profunda, a vontade que tinha era de apenas ouvir as suas músicas que tanto me tocaram (e ainda tocam) o coração. Lembro-me bem de ter pegado meu velho aparelho de som e me sentar na porta da garagem de casa, na lateral da Rua Deputado Edgar Pereira em Espinosa, e colocar para tocar os meus discos da Legião. Naquela época, Alex da Constrular tinha um barzinho ali perto. Fui até lá, comprei umas cervejas e voltei para casa e fiquei ouvindo Legião e curtindo a minha tristeza até mais tarde. Acho que depois das mortes de John Lennon e de Freddie Mercury, foi a perda da classe artística que mais me entristeceu. Há pouco tempo, o falecimento de Vander Lee também me entristeceu profundamente. Mas assim é a vida! Qualquer dia desses, seremos nós a partir deste mundo, sem irreversibilidade.


Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro no dia 27 de março de 1960. Morou por cerca de dois anos em Nova Iorque, com o pai que era funcionário do Banco do Brasil e a família. Depois de retornar ao Rio e ali permanecer por certo tempo, a família mudou-se para a capital Brasília no ano de 1973. Foi lá que Renato Russo passou por uma epifisiólise (doença óssea que o deixou por cerca de 1 ano e meio entre a cama, a cadeira de rodas e as muletas), ampliou sobremaneira o seu conhecimento musical durante o tratamento, tornou-se um elogiado professor de inglês, entrou na faculdade de jornalismo, criou a banda punk Aborto Elétrico, tocou sozinho um período como o Trovador Solitário e mais tarde fundou e liderou com imenso sucesso uma das mais importantes bandas de rock do país, a Legião Urbana. Com a Legião, foram oito discos de estúdio e outros quatro gravados ao vivo:
"Legião Urbana" (1985), "Dois" (1986), "Que País é Este?" (1987), "As Quatro Estações" (1989), "V" (1991), "O Descobrimento do Brasil" (1993), "A Tempestade" ou "O Livro Dos Dias" (1996), "Uma Outra Estação" (1997-Póstumo), "Música para Acampamentos" (1992), "Acústico MTV" (1999), "Como é Que Se Diz Eu Te Amo" (2001) e "As Quatro Estações Ao Vivo" (2004).
Na carreira solo foram seis álbuns lançados: "The Stonewall Celebration Concert" (1994), "Equilíbrio Distante" (1995), "O Último Solo" (1997-Póstumo), "Presente" (2003-Póstumo), "O Trovador Solitário" (2008-Póstumo) e "Duetos" (2010-Póstumo).




Um mergulho intenso nas muitas belíssimas canções suas permite-nos captar um pouco do imenso redemoinho de emoções, ideias, influências, conflitos e interrogações que povoavam a mente privilegiada de um grande artista como Renato Russo. É possível entender em seus versos o quanto de sensibilidade ele carregava em sua alma, em grande parte oriunda da sua disfarçada condição de homossexual. Renato era dotado de uma grande inteligência. Desde jovem compunha suas músicas, escrevia muito, pensava demasiadamente sobre tudo. Chegou a escrever uma peça de teatro e planejou desde o início a trajetória da banda que um dia iria criar e tornar uma das melhores e mais importantes do país.. Ele até imaginou e registrou em anotações a história de uma banda imaginária liderada pelo roqueiro Eric Russell, a "The 42nd St. Band", que acabou em livro publicado neste ano. Renato tinha uma personalidade bastante complexa, capaz de gestos sutis e carinhosos ou explosões destemperadas.
Era um sujeito bem-humorado, determinado, estudioso, controvertido, perspicaz, sentimental, divertido, generoso, extremamente sensível, mas bastante contestador. Lutava contra suas incertezas, suas carências, suas desilusões amorosas de forma solitária, o que o levou ao consumo de álcool e drogas, que resultaram em um período de 29 dias em uma clínica de recuperação em 1993. Deste período difícil, surgiu o livro "Só Por Hoje e Para Sempre – Diário do Recomeço", onde ele expõe suas reflexões sobre a vida, fatos sobre a carreira e o consumo de álcool e drogas e o relacionamento com as pessoas próximas.   
Nas suas canções ele falou de tudo. Das suas amizades, dos seus medos, do seu inconformismo, das suas revoltas, das tristezas da vida, dos amores, das dores de amores, das mazelas do país, temas complexos mas que batiam certeiramente no coração das pessoas, sobretudo os jovens.


Neste aniversário de 20 anos de sua precoce saída de cena, o poeta Renato Russo está sendo homenageado de várias formas. Hoje, 11 de outubro, estreia "Renato Russo - O Musical", no Theatro Net, no Rio de Janeiro. Em março do ano que vem, deve estrear mais um musical, este inspirado no diário escrito por Renato durante o período em que esteve internado em uma clínica de reabilitação, o "Só Por Hoje e Para Sempre". Em 2017 também deve ser lançado o filme "Eduardo e Mônica", inspirado na sua famosa canção de mesmo nome. No próximo ano o cantor e compositor carioca ganha uma superexposição no MIS - Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, que mostrará ao público os objetos pessoais, manuscritos de letras de músicas, poemas e contos, diários pessoais, fotografias, documentos, desenhos, pinturas, prêmios, mobiliário, instrumentos musicais e roupas do artista.
Para agora, com lançamento previsto para o próximo dia 20 de outubro, o filho de Renato, Giuliano Manfredini, vai lançar um disco com releituras feitas por bandas da cena independente das canções do artista. Antes dessa comemoração de 20 anos da sua morte, Renato Russo já havia sido homenageado em duas produções cinematográficas. O filme "Somos Tão Jovens", com direção de Antonio Carlos da Fontoura e estrelado por Thiago Mendonça, mostra os anos iniciais da carreira do artista, até se tornar o líder da banda Legião Urbana. Já "Faroeste Caboclo, também de 2013, é uma adaptação da longa canção de mesmo nome que conta as peripécias do famigerado João de Santo Cristo, dirigida por René Sampaio, com roteiro de Victor Atherino e Marcos Bernstein e com a atuação dos atores Fabrício Boliveira (João de Santo Cristo), Ísis Valverde (Maria Lúcia), Felipe Abib (Jeremias) e César Troncoso (Pablo). A empresa Legião Urbana Produções Artísticas realizou, em junho de 2013, o show "Renato Russo Sinfônico", com a participação de diversos nomes da música brasileira.



Renato Russo deixou um enorme vazio na cena roqueira do Brasil ao ir-se embora tão prematuramente. Seu talento ímpar em construir belas canções e letras instigantes não encontrou substitutos à altura na atual conjuntura artística do país, cada dia mais pobre de criatividade. Resta-nos jamais deixar de ouvir e ouvir suas mensagens de dor, amor e crítica que fizeram e fazem a gente refletir sobre a vida. Sem esquecer que "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã".
Um grande abraço espinosense.

"Sempre precisei de um pouco de atenção,
Acho que não sei quem sou,
Só sei do que não gosto, 
E desses dias tão estranhos, 
Fica a poeira se escondendo pelos cantos". (Renato Russo - O Teatro dos Vampiros)

"Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter,
Quase sempre se convence que não tem o bastante,
E fala demais por não ter nada a dizer". (Renato Russo - Índios)

"Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação". (Renato Russo - Que País é Este?)

"Vamos celebrar a estupidez humana,
A estupidez de todas as nações,
O meu país e sua corja de assassinos,
Covardes, estupradores e ladrões,
Vamos celebrar a estupidez do povo,
Nossa polícia e televisão,
Vamos celebrar nosso governo,
E nosso Estado, que não é nação". (Renato Russo - Perfeição)