Neste sábado, às 17 horas, horário de Brasília, entrarão em campo para disputarem o primeiro clássico mineiro do ano, o Atlético e o Cruzeiro. E esta partida é bastante importante para ambas as equipes que estão em início de temporada, tentando entrosar seus jogadores para a exigente temporada de um calendário bastante recheado de compromissos em 2025. A partida de amanhã à tarde será realizada como um simples amistoso, com possibilidade de um sem número de substituições, sem taça nem premiação. É quase uma grande pelada de treinamento, mas certamente disputada com toda rivalidade e empenho. O jogo será realizado pela FC Series, um evento esportivo norte-americano em Orlando, na Flórida, que também conta com a participação do time da casa, o Orlando City Soccer Club, e dos brasileiros Cruzeiro, Flamengo e São Paulo. O Atlético ainda enfrentará o Orlando City no dia 25, no Inter&Co Stadium, às 17h. O São Paulo vai ainda encarar o Flamengo no domingo, dia 19, às 17h, no Chase Stadium. Os preços dos ingressos no clássico vão de US$ 48,00 a US$ 500,00.
Na quarta-feira o Cruzeiro enfrentou o São Paulo, com o resultado de empate em 1 x 1, gols de Matheus Pereira para a Raposa e de Luciano para o Tricolor.
O Cruzeiro jogou o primeiro tempo com Cássio; William, João Marcelo, Fabrício Bruno e Marlon; Lucas Romero, Matheus Henrique e Matheus Pereira; Eduardo, Gabigol e Dudu. Na segunda etapa o time, totalmente modificado, jogou com Léo Aragão; Fagner, Jonathan Jesus, Vilalba e Kaiki Bruno; Walace (Peralta), Lucas Silva e Christian; Marquinhos, Bolasie e Tevis. Fernando Diniz comandou os dois times.
O São Paulo de Luís Zubeldia atuou na primeira etapa com Rafael; Igor Vinícius, Arboleda, Sabino e Moreira; Luiz Gustavo, Marcos Antônio e Lucas; Luciano, André Silva e Ferreirinha. No intervalo para a segunda etapa entraram Jandrei; Ferraresi, Ruan, Alan Franco e Enzo Díaz; Pablo Maia, Alisson e Oscar; Erick, Calleri e William Gomes.
O que esperar de performance da equipe do Atlético neste início de temporada? A resposta a esta pergunta é uma incógnita, pois tudo pode acontecer, desde um sucesso estrondoso, como já aconteceu sob o domínio do excelente treinador Cuca em 2021, ou um fracasso retumbante, como ocorreu com a frustrante SeleGalo de 1994, sob a batuta de Vantuir Galdino, Valdir Espinosa e Levir Culpi. O elenco do Galo sofreu uma drástica mudança com saída de jogadores importantes considerados titulares como Paulinho, Matías Zaracho e Rodrigo Battaglia, e outros considerados suplentes, casos de Eduardo Vargas, Maurício Lemos, Matheus Mendes, Mariano e Alan Kardec. Ficou bastante claro que a milionária oferta do Palmeiras pelo Paulinho era irresistível e irrecusável, e que não havia como segurar Battaglia e Zaracho, que queriam sair de qualquer maneira ao final do contrato. Então melhor liberá-los e ainda faturar alguma grana, o que foi feito de maneira sensata e inteligente pela diretoria. O trem está pegando mesmo é na dificuldade nas contratações, com pouca grana e mercado inflacionado. Até o momento chegaram apenas três jogadores: os meio-campistas Gabriel Menino e Patrick e o lateral-direito Natanael, este uma ótima aposta. Estão em negociação as contratações de Júnior Santos e Bruno Henrique. A expectativa é de que pelo menos mais uns cinco atletas sejam contratados até a data final da janela de negócios do futebol que é 28 de fevereiro. Tempo ainda tem de sobra, o problema é falta de dinheiro e oportunidades factíveis de trazer boas peças para reforçar realmente o elenco.
Com as devidas paciência e sensatez, aguardo o término da janela para fazer alguma crítica aos dirigentes do clube. Entendo que, mesmo com a saída de ótimos jogadores, continuamos ainda com um excelente e competitivo time titular, necessitando de reforçar as opções no banco de reservas, especialmente no ataque, meio-campo e na lateral-esquerda. Obviamente que não teremos uma equipe comparável as dos poderosos Flamengo e Palmeiras, os atuais gigantes econômicos do futebol brasileiro, com seus elencos recheados de estrelas, mas podemos montar um time competitivo. Para a partida contra o arquirrival Cruzeiro no sábado, fosse eu o Cuca, escalaria Éverson; Saravia, Lyanco, Junior Alonso e Guilherme Arana; Otávio, Fausto Vera, Gabriel Menino e Gustavo Scarpa; Deyverson e Hulk, em um sistema 4-2-3-1.
Qualquer resultado ao final do clássico do sábado em terras ianques terá zero influência no restante da temporada, mas é claro que a Massa Atleticana já quer começar o ano com o pé direito e uma vitória sobre o arquirrival sempre é bem-vinda. Certamente o jogo será como sempre, disputado com muita rivalidade, marcação, luta, garra, jogadas duras e ríspidas, provocações e certamente alguma polêmica e expulsão. O Cruzeiro leva alguma vantagem por ter iniciado a pré-temporada antecipadamente e estar mais preparado fisicamente, mas em clássicos isto pode ser superado com a vontade e uma boa estratégia do adversário. Fica a dúvida se os treinadores irão repetir a fórmula adotada pelos técnicos na primeira partida da FC Series, colocando duas equipes completamente diferentes em cada tempo. Eu imagino que não, mas vamos aguardar. A questão é que na realidade, o jogo não vale absolutamente nada. É só um treinamento de luxo em terras estrangeiras e nada mais.
Interessante e curioso mesmo é observar que no dia seguinte, domingo, dia 19 de janeiro, ambos os clubes farão suas estreias no Campeonato Mineiro, com o Atlético enfrentando o Aymorés fora de casa, às 11 horas, e o Cruzeiro estreando no Mineirão contra o Tombense. Serão utilizadas as equipes sub-20 nestes compromissos, até o retorno ao Brasil dos atletas profissionais. O segundo clássico do ano será realizado no Mineirão, com mando do Cruzeiro, no domingo, 9 de fevereiro, às 16h.
REGULAMENTO DO CAMPEONATO MINEIRO 2025
Os 12 times se dividem em três grupos de quatro equipes, que jogam em turno único, encarando apenas adversários das outras chaves. Classificam-se os primeiros colocados de cada grupo e o melhor 2º colocado para a Semifinal. Os dois piores clubes na classificação geral são rebaixados. Em caso de igualdade na pontuação, os critérios de desempate na fase de grupo são: 1) mais vitórias; 2) melhor saldo de gols; 3) mais gols pró; 4) menos cartões vermelhos; 5) menos cartões amarelos; 6) sorteio. Semifinal e Final serão disputadas no sistema mata-mata em jogos de ida e volta. Em caso de igualdade na pontuação, são critérios de desempate: 1) melhor saldo de gols no confronto; 2) disputa de pênaltis. Os clubes entre 5º e 8º na classificação geral da Primeira fase disputam o Troféu Inconfidência nos mesmos moldes das finais do campeonato.
Que Atlético e Cruzeiro não se deixem levar pela rivalidade e violência em campo, protagonizando e proporcionando aos brasileiros que moram nos Estados Unidos um espetáculo bonito e caprichado de muito bom futebol. Que assim seja!
Quanto ao desempenho tão ansiosamente aguardado do time do Atlético na temporada, certamente teremos uma repetição do que sempre acontece quando os títulos importantes não vêm, uma gritaria geral dos famigerados cornetas, reclamando de tudo e de todos, como se o Atlético fosse o time mais poderoso economicamente, o de maior torcida e o de maior importância na história do futebol, um atestado de ignorância, de insensatez e de soberba. Temos que exercitar a humildade e compreender as dificuldades de um clube ainda bastante endividado, com enormes problemas para resolver, tendo que competir com pesos pesados com os cofres recheados de dinheiro e elencos extremamente qualificados. E entre tantos grandes clubes no país, no final das competições, apenas um será o campeão. Então é apoiar incansavelmente o time e sim, torcer para que as conquistas aconteçam, mas com a consciência e a serenidade de que nem sempre as taças virão, pois no esporte vitórias e derrotas, sucessos e fracassos, são a rotina irremediável. Eu sou atleticano, e assim continuarei até a morte, não importando se o Galo ganhar o Mundial da Fifa ou perder o Troféu Independência. Aqui é GALO, sempre!
Um grande abraço espinosense.