Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 18 de março de 2024

3410 - Mais um jogo-treino visando o Cinfaabb 2024

Dando continuidade à preparação para a disputa do Cinfaabb-Campeonato Interno dos Funcionários Aposentados do Banco do Brasil que será realizado no período de 16 a 25 de abril de 2024 na capital de Alagoas, Maceió, a equipe que representará a AABB-Associação Atlética Banco do Brasil de Montes Claros participou de mais um jogo-treino na ensolarada e quente manhã deste sábado, 16 de março. Mais uma vez o adversário foi uma equipe formada pelos colegas associados peladeiros do clube. Em partida muito disputada, mas com lealdade e companheirismo, houve um empate com o placar de 3 x 3. Pelo time do Cinfaabb, marcaram Deraldo, Eustáquio e Marconi. Pelo time dos peladeiros, marcaram Vovô, duas vezes, e Bazuca.




Pelo time do Cinfaabb jogaram Luiz, Marconi, Fernando Zica, Damata, Miltinho, Deraldo, Nino, Eustáquio, Ivo e Mauro. Tiãozinho, recuperando-se de uma lesão, não esteve presente.
Pelo time dos Peladeiros da AABB, jogaram Dim, Madeira, Élcio, Bazuca, Wilson, Pipoca, Fabão, Eiron, Vovô, Niélson, Osmar e Gílson (Cumpádi).




Como já se tornou corriqueiro, após a atividade futebolística sob o forte calor, a turma de amigos amantes da bola se reuniu no restaurante do clube para a tradicional resenha, acompanhada de uma especial cerveja gelada e muito bate-papo descontraído e cheio de alegria e bom humor.
Um grande abraço espinosense.


 

sexta-feira, 15 de março de 2024

3409 - Confrontos de gigantes nas quartas da Champions League

Só jogaço! Hoje de manhã foi realizado o sorteio dos confrontos das quartas de final da Champions League 2023/24, e o resultado foi espetacular, com confrontos gigantescos marcados para acontecer nos dias 9 e 10 de abril, jogos de ida, e nos dias 16 e 17 de abril, os jogos de volta. Também no mesmo sorteio ficaram definidos os embates pelas semifinais do mais importante torneio de futebol do planeta, com datas marcadas para 30 de abril e 1º de maio, jogos de ida, e 7 e 8 de maio, jogos de volta. A grande final da Champions League acontecerá no mítico Estádio de Wembley, em Londres, no sábado, 1º de junho, a oitava decisão do torneio realizada em suas dependências.
Assim ficaram os confrontos das quartas de final e das semifinais da Champions League 2023/2024:

Quartas de final:
09 ou 10 de abril - Real Madrid x Manchester City
16 ou 17 de abril - Manchester City x Real Madrid

09 ou 10 de abril - Paris Saint-Germain x Barcelona
16 ou 17 de abril - Barcelona x Paris Saint-Germain

09 ou 10 de abril - Arsenal x Bayern de Munique
16 ou 17 de abril - Bayern de Munique x Arsenal

09 ou 10 de abril - Atlético de Madrid x Borussia Dortmund
16 ou 17 de abril - Borussia Dortmund x Atlético de Madrid



Semifinais:
30 de abril ou 1º de maio - Atlético de Madrid ou Borussia Dortmund x Paris Saint-Germain ou Barcelona
07 ou 08 de maio - Arsenal ou Bayern de Munique x Real Madrid ou Manchester City

Final:
1º de junho

Ficou no passado aquela velha história de que o melhor futebol do mundo era jogado no Brasil. A realidade é bem diferente hoje, com os melhores jogadores de futebol do mundo estrelando os grandes campeonatos da Europa, especialmente a Premier League da Inglaterra, onde se pratica atualmente o melhor futebol do planeta e onde atuam os maiores craques. Certamente teremos partidas incríveis nessas fases finais da Champions, com craques como De Bruyne, Bernardo Silva, Vinícius Jr., Rodrygo, Marquinhos, Mbappé, Harry Kane, Manuel Neuer, Ilkay Gündogan, Robert Lewandowski, Antoine Griezmann, Jan Oblak, Bukayo Saka e Martin Odegaard em campo, desfilando todo seu talento e criatividade com a mágica bola. Como amante inveterado do futebol-arte, vou torcer muito para que a excelente equipe do Manchester City de Pep Guardiola conquiste o título novamente, levantando a cobiçada "orelhuda" mais uma vez. Que assim seja!
Um grande abraço espinosense.

quinta-feira, 14 de março de 2024

3408 - Festa Espinosenses Ausentes e Presentes no Centenário

As comemorações oficiais pelo Centenário de emancipação política de Espinosa preencheram o tempo e o ambiente da cidade no final de semana passado, com vários eventos sociais, culturais e esportivos promovidos pela administração municipal capitaneada pelo prefeito Mílton Barbosa Lima e pela vice-prefeita Maria Coeli Tolentino Mourão Gonçalves, ambos do Partido dos Trabalhadores. A população espinosense pôde acompanhar sessões de homenagens, exposições sobre a história da cidade, apresentações artísticas, shows musicais, competição de motociclistas e um festival de fartura no "Boi no Rolete", tudo promovido pelo poder público local com auxílio de alguns parlamentares comprometidos com o município. Mas não só! 
Os moradores locais e mais os ilustres visitantes puderam se confraternizar e se divertir intensamente em uma animada festa promovida pela Cefloc Produções através da atuação firme, competente e entusiasmada da dupla de coordenadoras Rita de Cássia Lopes e Lindacy Antunes. A festa intitulada "Espinosenses Ausentes e Presentes no Centenário" foi realizada na noite da sexta-feira, 8 de março, nas instalações da Fábrica de Iogurte Norte Vida, de propriedade do casal José Carlos e Nicineide, e contou com a atuação do buffet do Skema, de Alício Fagundes Jácomo e sua esposa Maria Luiza. A ornamentação do ambiente ficou por conta de Terezinha Emília, do Cefloc-Centro Educacional Florisvaldo Lopes Cruz, e Graça Lopes foi uma das mestras de cerimônia da sessão de homenagens que premiou, com placas comemorativas produzidas pela empresa Paula Artes, alguns ex-prefeitos e outras personalidades que fizeram algo positivo pela nossa centenária cidade. Eustáquio Silva comandou a equipe de apoio, enquanto o registro das imagens da festa ficou a cargo de Paulo Melo, da Vision. O ingrediente indispensável da animação musical esteve por conta d´Os Cardeais, do cantor e compositor espinosense Fernando César, do Luciano Pacco e sua banda e da pulsante banda Ralyson & Robson, esta que fechou a noite com a chegada do Sol no horizonte, enquanto os participantes mais animados e que persistiram firmes na folia até o amanhecer se serviam com o farto e saboroso café da manhã fornecido pela Panificadora Ki-Delícia, do empresário Antônio Carlos Pereira, o Carlão. A sonorização foi de Ralyson Vieira e a iluminação foi do DJ Bruno. Apoiaram a realização do evento as empresas Amil Confecções, Casa de Saúde São Francisco, Cefloc, Cemedi, Clinicor, Farmácia dos Animais, Gemaq, Grupo Minas Bahia, Laboratório União, Lojão das Novidades, Odontocanal, Mega Materiais de Construção, Panificadora Ki-Delícia, Premier, Supermercado Miranda, Sorveteria Freskão e Stelaro Corretora de Seguros.  











  
Com todas essas importantes e indispensáveis participações, o que mais encantou na noite de confraternização foi a gigantesca onda de alegria e entusiasmo que contagiou por completo cada um dos presentes, explicitada em sorrisos, abraços, beijos, muito carinho e amor. Teve comida, bebida, reconhecimento, gratidão, homenagem, placa, aplauso, dança, cantoria, prazer, contentamento e aquela energia positiva e otimista que não deixou espaço para tristeza, confusão ou desarmonia, tudo acontecendo sobre o chão quente do Sertão e sob o céu estupendamente lindo da nossa amada terra natal. Foram momentos únicos de encontros e reencontros arrebatadores, completamente em clima de gentileza, paz e harmonia, tão saborosos que o tempo voou tão rápido que deixou no ar aquela sensação de que tudo passou muito vertiginosamente, forçando uma nova oportunidade de encontro para uma conversa mais demorada e proveitosa. Que esta chance nos seja dada o quanto antes!
Parabéns, povo espinosense de coração e alma! E obrigado por tudo! Viva Espinosa Centenária! 
Um grande abraço espinosense.


quarta-feira, 13 de março de 2024

3407 - Música do diabo? Que nada!

Os radicais fanáticos religiosos e afins sempre espalharam por aí a hilária fake News de que o Rock and Roll é coisa do demônio. E não é que existem ingênuos inocentes que acreditaram, e ainda acreditam, nessa besteira monumental? Especialmente o Heavy Metal ganhou essa pecha de música do Satã, acusado de espalhar violência, ódio e adoração ao diabo. As roupas pretas, as correntes, as tatuagens, os cabelos compridos, o som pesado, os vocais potentes e algumas letras polêmicas e provocativas ajudaram a incutir em mentes pouco sensatas e equilibradas esta ideia maluca de que roqueiros são a encarnação do mal. Quanta bobagem, meu Deus do Céu! 
O Rock and Roll é na realidade apenas uma vertente da música que se mostrou atrativa ao público jovem, sobretudo, pelo seu inconformismo com o status quo e com o hipócrita moralismo cristão da sociedade. O Rock é apenas um estilo musical vibrante que se apresenta com rebeldia e energia contagiantes e pretende colocar todo mundo para dançar e se divertir sem a menor preocupação que não seja ser feliz e ficar bem consigo e com todo mundo ao redor, uma mistura mágica de vários ritmos: Country, Blues, Folk, Soul, Funk, Jazz, Gospel, Rhythm and Blues etc. Tudo parece ter se iniciado com a Sister Rosetta Tharpe lá nos anos 1920, tocando sua guitarra com maestria e colocando todo mundo para se chacoalhar de alegria com o seu som contagiante. Anos depois, a partir dos anos 40, vieram outros gigantes que fizeram o Rock and Roll explodir mundialmente: Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Bill Haley, Buddy Holly, Elvis Presley, Johnny Cash, Little Richard, Jackie Brenston e tantos outros grandes artistas nas mais diversas extensões do ritmo. Alguns fatos, lendas e criações musicais foram determinantes para que o Rock se tornasse vítima desse preconceito idiota. Exemplifico.
O icônico álbum de 1982 do Iron Maiden, intitulado "The Number of the Beast" ("O Número da Besta") foi associado ao diabo por repetir o número 666 no refrão da faixa-título. A canção apenas alerta o mundo sobre a presença de um demônio latente por aí fazendo as suas maldades costumeiras. A hilária história do morcego mordido pelo Ozzy é outro fato clássico. Ozzy Osbourne, o genial e controverso líder do Black Sabbath, já esclareceu esta história por várias vezes. Cantando em um show em Des Moines, Iowa, Estados Unidos, no dia 20 de janeiro de 1982, ele viu um fã jogar um morcego no palco. Pensando se tratar de um boneco de plástico, tomado pela adrenalina, sem raciocinar direito e tentando impressionar a plateia, rapidamente o apanhou, colocou-o na boca e mordeu a cabeça do bicho. Aí já era tarde, só aí ele percebeu que o bicho era de verdade, quando sentiu o sangue molhar sua boca. A cena bizarra entrou definitivamente para a História do Rock e ajudou a criar a lenda do grande e louco Ozzy. Apesar desta imagem de doidão drogado (sim, ele é dependente químico!), o cara é sereno, sensato, gentil e gente da melhor qualidade, sem qualquer traço de espírito demoníaco. Mas a lenda mais porreta, misteriosa e interessante do Rock é certamente a do guitarrista Robert Leroy Johnson. Ainda jovem, o rapaz do Mississipi tocava bem mal sua guitarra. De repente, ele apareceu tocando como um virtuose do instrumento, tornando-se um dos melhores guitarristas do mundo, influenciando milhares de outros artistas, entre eles Eric Clapton e o genial Bob Dylan. Reza a lenda que Johnson foi até uma encruzilhada entre as rodovias 61 e 49, em Charkdale, no Mississipi, e fez um pacto com o diabo, vendendo-lhe a alma em troca do dom mágico de tocar como ninguém sua guitarra. Johnson morreu cedo, no auge, aos 27 anos de idade, mas sua arte, "diabólica" ou não, continua viva e eterna.
Essas invenções todas bastante negativas sobre o Rock aparecem porque, como sempre, tem gente que precisa de respostas fáceis para questões complexas, com pouca clarividência e sem muita paciência para proveitosas, respeitosas e tranquilas discussões. E a verdade simples e direta é que o Rock sempre foi, é e será fonte da mais necessária rebeldia e protesto contra as injustiças e as tiranias em todos os lugares e setores da sociedade no mundo. Isso tudo e mais muita curtição e alegria.



Falei isso tudo só para registrar que o Rock não tem limites ou fronteiras para agradar a todos que apreciam uma boa e energética música, mesmo àqueles totalmente influenciados pela religião. Por que não espalhar a Palavra e os ensinamentos de Jesus Cristo através do Heavy Metal? Foi exatamente isto que fizeram três músicos que se converteram à religião e a Jesus no ano de 2000. Jonathan Shingai (vocal e guitarra), Marcelo Hiroaki (baixo) e Renato Shingai (bateria) decidiram criar a Banda Levitânea para fazer louvores e adorações a Deus, além de falar sobre o comportamento humano, sempre com letras positivas e edificantes. E tome-lhe Rock and Roll na caixa de som! A turma do Levitânea lançou seu primeiro e único álbum, intitulado "Maranata" em 2023, contendo 11 canções de puro Rock and Roll: "Yeshua", "Eu Quero Mais", "Maranata", "Manifesta", "Deus Estava Ali", "Na Cruz do Calvário", "Genesia", "Numa Rude Cruz", "Água da Vida", "Um Filho Teu" e "Eu Navegarei".


 
Ao contrário do que muitos pensam, são muitas as bandas que se utilizam do Rock and Roll e de outros ritmos mais pesados para louvar ao Senhor Deus, casos do "Resgate", "Fruto Sagrado", "Katsbarnea" e "Catedral". Que bom! A música não tem rótulos ou fronteiras. Ao fazer uma pesquisa bastante superficial, descobri também a banda "Oficina G3", de Rock e Metal, com temáticas cristãs, formada na cidade de São Paulo em 1987. Os fundadores foram Juninho Afram, Wagner García, Walter Lopes, Túlio Régis e Luciano Manga, mas apenas Juninho Afram (vocal e guitarra) continua da formação inicial, ao lado dos novos integrantes Duca Tambasco (baixo e vocal) e Jean Carllos (teclado e vocal). O álbum da banda de 2008 denominado "Depois da Guerra" foi premiado com o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa em 2009. Outro destaque na seara religiosa do Rock é o cantor, compositor, palestrante e produtor musical Mauro Henrique, que integrou as bandas "Oficina G3", "Vértice" e "FullRange", mas que hoje segue carreira solo. 
A música é divina! Nada de ela ter qualquer compromisso com o demo, muito pelo contrário. Ela é criação de Deus, assim como o Homem. Não importa o ritmo, se Rock ou Funk, se Samba ou Valsa, se Bolero ou Forró. Música é alegria, prazer, encantamento, liberdade, rebeldia, luta contra as injustiças deste mundo tão cruel e desumano. O maldito diabo está sempre presente, mas nas almas dos canalhas que fazem a guerra, que bombardeiam escolas e hospitais, que fuzilam inocentes, que espalham mentiras, que não têm compaixão com os pobres, que são racistas, que cometem a homofobia, que praticam a covarde tortura, que destroem tudo por dinheiro e poder. A música é apenas do Bem, do Amor, do Encontro, da Generosidade, do Regozijo, da Diversão. Como dizia o velho e saudoso Raul Seixas, de forma irônica e zombeteira, o "diabo é o Pai do Rock". Acredita quem quiser! 
Um grande abraço espinosense.






sexta-feira, 8 de março de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 100 e derradeira da série - Viva Espinosa!

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

"Centenariou" a nossa amada terrinha! E finalmente chegou ao término a nossa série de 100 postagens sobre o Centenário de emancipação política de Espinosa. Infelizmente, ficaram de fora muitos outros assuntos, fatos e personagens importantes da nossa história. Tivesse mais espaço, tempo e informações, eu certamente acrescentaria muito mais gente boa e "causos" nesta série, mas não deu. Que aqueles que não tiveram histórias suas ou familiares e amigos seus aqui retratados me desculpem, mas é impossível atender aos anseios de todos.
Nesta nossa comemoração dos 100 anos de vida, espero que saibamos, como comunidade evoluída, sábia, sensata e clarividente, continuar nossa trajetória em direção ao futuro, progredindo com paz, amor e harmonia nas ações e corações, jamais abdicando das nossas mais tradicionais características de idoneidade, solidariedade, cordialidade, fraternidade, humildade e generosidade, verdadeiros tesouros desta nossa tão querida cidade.



Estimada Mãe Centenária Espinosa

Hoje eu acordei com uma esperança auspiciosa
Nesta manhã ensolarada de 9 de março de 2024
Em que completa 100 anos a minha Espinosa
Terra natal tão querida, que eu tanto idolatro

As antigas imagens fervilham na minha memória
Dos seus rios, ruas, avenidas, praças e recantos
Dos fatos pitorescos e importantes da sua rica história
Dos muitos personagens que nos trouxeram encantos

Dos lugares, pessoas e acontecimentos
Bate no peito sempre a imensa saudade
Trazendo à tona eternos momentos
De uma época de tamanha felicidade

Quanta saudade tenho do belo Cine Coronel Tolentino
De propriedade dos saudosos irmãos Tidim e Nelito
Em que assistíamos com sofreguidão e alma de menino
Os filmes de faroeste, Tarzan e do Mazzaropi, nosso ator favorito

Saudade da Discobel de João Carlos e da Musical de Julinho Figueiredo
Onde íamos para ouvir música e comprar os discos dos cantores afamados
Em plena realização da alma, sendo felizes sem o menor sentimento de medo
Levando para casa os vinis do Pink Floyd, Queen, Fagner e Secos e Molhados

E as incríveis delícias que Espinosa nos proporcionava sem eira nem beira?
Comer guloseimas no bar de Seu Agenor enquanto jogávamos sinuca
Consumir Zorros, chicletes Ploc e groselha no bar de Seu Cerqueira
Ou ter o privilégio de ainda saborear a gostosa cocada de Isaura de Filuca?

Que maravilha era tomar o caldo de mocotó de Varisco no Araponga
E de esperar na madrugada o mágico pirão de Chico da Santana
Depois de farrear durante o dia e até mais tarde, na noite longa
Tomando a cerveja mais gelada da cidade no bar de Zade, o Copacabana

Como esquecer do saboroso bife de fígado do restaurante de Helena
Ou o inigualável e estupendo sarapatel de carne bovina de Ninha
Como não lembrar dos frangos desossados de Tia Lia, delícia plena
E das pizzas de Jésus e dos pastéis de Zulma e Zezinho Brasinha? 

E as festinhas da Turma da Resina na casa de Dona Cassionília?
Em que confraternizávamos em música, alegria, paz e harmonia
Todos irmanados em concórdia como em uma imensa família
Unidos e compenetrados na arte de curtir a vida em uníssona sintonia

Saudade dos passeios intensos e circulares nas praças da cidade
Após as missas do saudoso Padre Martin na Igreja Matriz
À procura de uma bela namorada que nos levasse à felicidade
E nos fizesse realizar nossos mais elevados sonhos juvenis

Como esquecer da pinga famosa de Clóves Cruz, a excelente Ingazeira
Que usávamos para fazer batida pras nossas festinhas adolescentes
E as animadas discussões na Resina com Nenzão, Luizão, Vavá e João Meira?
Com os mais variados assuntos em pauta, inclusive as charadas pertinentes?

E as nossas investidas infratoras às frutas das chácaras de seu Cairo e Abelar?
E as madrugadas vencidas no hoje extinto bar 24 horas da Avenida Minas Gerais?
E as queimas do Judas na Sexta-feira da Paixão contadas em poesia singular?
E os momentos inesquecíveis nas boates Redondo e Barbaridade que não voltam mais?

E as compras de foguetes, bombas e traques em Aristides Tolentino e João Miranda?
E as fogueiras com batata doce que enfeitavam as ruas da cidade no São João?
E os deliciosos picolés de Dona Cici de Carlito que faziam sucesso sem propaganda
E o irresistível doce de leite de Marlene de Almerindo que era uma perfeição?

E o que dizer dos maravilhosos biscoitos com café e leite de Dona Preta?
E os frangos assados e a ótima prosa de Waldir do Bakana, sempre numa boa?
E as codornas misteriosas de Valdo do Mingu, as melhores do planeta?
E os espetinhos de Tone Labareda e os petiscos de Dona Cida do Recanto da Lagoa?

Como esquecer as brincadeiras de guerreiros índios no Rio São Domingos?
Os passeios no Impossível, no Rio Verde, no escorregador do Galheiro?
Do futebol descalço na rua, o dia e a noite inteira, de segundas a domingos?
E a subida íngreme anual na Sexta-feira Santa no Morro do Cruzeiro?

E como deixar passar as lembranças maravilhosas do Carnaval do Clube dos 100?
E de seu Zé do Hotel, de Betão e de Chupetinha e outras queridas figuras mais?
E dos romances fugazes, dos amores múltiplos, das paixões sem vintém
E do som e ritmo encantador d´Os Cardeais que a gente não esquece jamais?

Lembro-me com bastante saudade dos tempos do futebol, quando menino
Dos times que joguei, do Juventus, Realmatismo, Asa Branca, Minas, Cruzeirinho
Correndo atrás da bola sob o escaldante sol, mesmo com meu corpo franzino
Ao lado de tantos grandes craques como Jorginho, Ernani, Gena e Tatuzinho

Recordar do privilégio que foi jogar ao lado de tantas grandes feras 
Como Téo, Fonso, Sidney, Roberto Pé-Duro, Niactor, Tarcisinho
E estar feliz por ter convivido bem com gentes de outras eras
Em clima de paz e harmonia, sendo tratado com respeito e carinho

Não posso esquecer das brincadeiras de bola ao lado da Cotesp, na praça
As aventuras no Karmann Ghia de Negão e no Jipão de Seu Vavá 
Os banhos de rio no açude de Clóves Cruz, fabricante de cachaça 
E as peladas no campinho do Cruzeirinho na manga de Seu Azemar

Como esquecer da Rua Arthur Bernardes e a brincadeira do chicotinho queimado?
Como esquecer da educação física com Geraldo Bala e Domingão de Gino?
Pegando pão quentinho na panificadora de Alisson Cruz na madrugada, esfomeado?
E os banhos de rio no poção do Araponga e no escorregador do Galheiro, quando menino?

Como não reviver os batuques nas mesas no Bar Labareda e de Tia Lia?
E as animadas farras durante a Copa do Mundo no Recanto da Lagoa?
E os namoros apaixonados nos bancos das praças à noite, quanta ousadia?
E o papo no fim da noite no passeio de Dona Neuza, como o tempo voa!

E como não lembrar dos embates entre Espinosense e Santa Cruz no Campão?
E a rivalidade forte entre atleticanos e cruzeirenses que nunca acabavam em briga?
Carlinhos Pé-de-Chumbo, Climério, Walter Pinto, Luiz Ribeiro, Zé Jorge, Gibão?
Tuzinho, Tatuzinho, Palau, João Carlos, Beto de Horácio, Tim de Preto, Barriga?

E a luz que era desligada antes da meia noite, quando do motorzão?
Pilotado pela ilustre e querida figura de Mirão eletricista?
E a queima do Judas na Rua da Resina, comandada por Luizão?
Em que, em conjunto, fazíamos o testamento, com verve humorista?

Ah, que saudade dos nossos extravagantes e saudosos personagens
E o "abacaxi ananás", o "uérre!" e o "uh, lagartixa!", bordões do Arixó
Ah, que saudade dos pulinhos de Doza e das suas hilárias traquinagens
E os causos do meu Tio Luizão na casa de Madrinha Judith, minha avó?

São tantas boas lembranças a trazer à mente novamente
Mas é preciso viver intensamente o momento presente
Juntando forças para construir um futuro transcendente
Para as novas gerações desta Espinosa que amamos cegamente

Fica então o reconhecimento a tantos personagens que fizeram nossa história
Que deram sua contribuição especial à comunidade, entre jovens e veteranos
E agora comemoremos com alegria, guardando com carinho na memória
O aniversário da nossa amada Espinosa dos seus gloriosos 100 anos!

Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.



3406 - Parabéns, Mulheres!

Ainda hoje, em pleno Século XXI, a Mulher ainda é tratada por muitos homens machistas, violentos e retrógrados como um objeto pessoal, uma mercadoria qualquer sob seu poder de decisão. Não raro vemos mulheres sendo coagidas, atraiçoadas, sufocadas, agredidas, espancadas e até assassinadas covarde e friamente por machos desequilibrados e violentos. E inexplicavelmente, com apoio de parte da sociedade, inclusive de outras mulheres conservadoras que ainda acreditam na superioridade masculina na relação amorosa e social.
Ainda bem que uma grande parte das mulheres conseguiu ao longo do tempo a sua independência financeira e já não se deixa aprisionar por relacionamentos abusivos, mas a luta por liberdade e igualdade ainda está longe do término. 
Que, particularmente, as nossas guerreiras mulheres espinosenses, sejam reconhecidas, valorizadas e amadas nos mais de cem anos que virão em nossa história centenária. 
  














Neste dia específico de comemoração das vitórias nas lutas históricas das mulheres, quero registrar aqui o meu amor, carinho, respeito, reconhecimento e gratidão às muitas mulheres da minha vida, entre mãe, esposa, avós, tias, demais familiares, colegas e amigas. Nunca se rendam!
Um grande abraço espinosense. 

quarta-feira, 6 de março de 2024

3405 - Espinosa homenageada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais, por intermédio do deputado estadual Oscar Teixeira, prestou homenagem à nossa querida Espinosa pelo aniversário de 100 anos de sua emancipação política. A homenagem se deu em uma Reunião Especial de Plenário realizada em Belo Horizonte na última segunda-feira, dia 4 de março, às 19h15, com a mesa formada pelo presidente da sessão, o deputado Oscar Teixeira, o prefeito Milton Barbosa, a deputada federal Nely Aquino, o desembargador Júlio César Lorens, o desembargador Octavio Boccalini e a vereadora Maria Rita David Silva. Também estiveram presentes a delegada Larissa Fales, que representou a Polícia Civil de Minas Gerais; os secretários Wagner Pinto, de Esportes, e Marcelo Fernandes, de Governo; o jornalista espinosense Carlos Lindenberg, e o filho do prefeito, José Daniel, e o irmão do prefeito, Antônio Barbosa Neto, a esposa Marluce e o filho Erick.
Após a execução do Hino Nacional Brasileiro e a exibição de um vídeo sobre o Centenário da cidade de Espinosa, foi entregue uma placa comemorativa ao Prefeito Mílton Barbosa Lima, com os seguintes dizeres: "Pertencente ao Norte do Estado, Espinosa tem suas origens remotas ligadas ao início do Brasil, com o desbravamento dos Sertões, ainda no século XVI. A instalação do município se deu em março de 1924, em cumprimento à Lei nº 843, de 7 de setembro do ano anterior. Desenvolvendo atividades industriais e comerciais de grande importância para a economia regional, principalmente no ramo têxtil, a cidade presta relevante contribuição ao desenvolvimento de Minas Gerais. A Assembleia Legislativa do Estado homenageia o Município de Espinosa pela passagem do seu centésimo aniversário".
Que tenhamos orgulho do nosso torrão natal! Viva Espinosa!
Um grande abraço espinosense.





3404 - Morreu Geraldo de Sêo Lindolfo

Na expectativa de comemorar com alegria e animação o Centenário da nossa Espinosa, eis que uma má notícia me chega de lá, deixando-me entristecido: morreu Geraldo Alves Martins, filho de Sêo Lindolfo, antigo morador da Praça José Soares de Souza localizada na saída para Monte Azul.
Geraldo, cidadão honrado e trabalhador, apreciado pela comunidade, deixa desconsolados familiares e amigos. O seu velório está sendo realizado nas dependências da Dejan Funerária e o sepultamento ocorrerá às 17 horas.
Aos familiares e amigos de Geraldo, o meu sincero sentimento de pesar e a minha solidariedade cristã neste momento de tamanha dor. Rogo ao Senhor Deus para que lhes conforte neste instante de sofrimento e tristeza, concedendo-lhes a bastante resignação, força e fé.
Que Geraldo, findada a caminhada terrena, descanse na mais completa paz após a missão cumprida. 
Um grande abraço espinosense. 


domingo, 3 de março de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 99

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Uma das mais famosas ruas da cidade, senão a mais célebre, a Rua Coronel Domingos Tolentino tem histórias e mais histórias para contar. Só mesmo um livro para caber tantas aventuras interessantes ali ocorridas. Acho que é uma das poucas que têm até apelido, Rua da Resina. Dizem que o estranho nome vem das plantas que a enfeitavam antigamente, soltando uma forte resina pelos caules. A rua que acompanha paralelamente o trajeto do Rio São Domingos se dividia entre o lado residencial, que começava na Praça Antonino Neves, e o lado comercial, que se concentrava perto dos fundos do antigo Mercado Municipal. Ali, neste último, fervilhavam as barracas com a multidão em compras nos dias de feiras nos sábados. Ficavam lotados os armazéns, mercearias, açougues e bares da região. Era ali que comprávamos os fogos de artifício para soltar perto das fogueiras na festa de São João. Ali também, na mercearia de Albino da Costa Ramos, trabalhei uns três anos quando adolescente. O tempo passou, o Mercado mudou de endereço e o movimento caiu bastante. Alguns dos antigos comerciantes chegaram ao fim da vida e várias empresas desapareceram, infelizmente. Os ilustres empresários da região deixaram saudades: Manoel da Luz Fernandes, Aníbal de Freitas (Bola), Albino da Costa Ramos, Antônio Cardoso de Sá (Tone Fuminho), Edvar Nogueira, João Cardoso, Sêo Osvaldo Mascate, Aristides Tolentino, Geraldo Ramos de Oliveira, entre outros. 












Do outro lado, o residencial, era quase uma família gigante, com dezenas de crianças e adolescentes cheios de energia movimentando o espaço com as mais variadas brincadeiras, quase sempre na mais serena harmonia. As desavenças existiam sim, mas eram poucas. Idosos, adultos, jovens, adolescentes e crianças se entendiam facilmente e as mães, especialmente, eram como se fossem responsáveis pela saúde e segurança daquela enorme patota. A famosa esquina das casas de Dona Zulmira, Dona Noeme e Madrinha Judith nas ruas da Resina e Arthur Bernardes era o palco para as brincadeiras, os jogos, os debates acalorados sobre todos os assuntos possíveis e até mesmo para o namoro. Nenzão, Vavá, João Meira e Luizão eram os mestres com quem aprendíamos muito e às vezes provocávamos acaloradas discussões. 
A Turma da Resina surgiu da reunião de jovens moradores dali mas também de outras partes da cidade, irmanados na busca de alegria e diversão. Ali na rua e pelos recantos da cidade vivemos uma overdose de momentos mágicos, felizes e inesquecíveis. O tempo, implacável, levou muitas pessoas queridas e muita coisa mudou na paisagem, como o triste desaparecimento do casarão onde moraram a vida inteira Madrinha Judith e Luizão. Uma pena, mas assim é a vida. Tudo acaba, menos as lembranças que estarão guardadas para sempre na nossa alma mesmo depois da viagem final. Rua da Resina, amor eterno.
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense. 

sábado, 2 de março de 2024

Centenário de Espinosa - Postagem 98

Para comemorar o Centenário de Espinosa da sua emancipação política, publicarei aqui no nosso blog 100 (CEM) textos específicos (além das postagens normais), sobre imagens, acontecimentos e "causos" sobre mim, a minha Espinosa e alguns dos seus notáveis personagens.

Na longa trajetória do futebol espinosense, tivemos equipes de altíssima qualidade, tanto na sede quanto na zona rural do município, com a atuação de talentosos jogadores. Mas, na minha opinião, o maior de todos eles foi o Cruzeirinho Esporte Clube. Desde o início, com o time de meninos comandados pelo treinador Domingão de Gino que jogava ali no campinho da manga de Sêo Azemar Sepúlveda, próximo da casa de Sêo Ezinho e Dona Loura na Rua Raul Soares, até o final no Estádio Caldeirão, o Cruzeirinho se destacou não só na cidade, mas em toda região Norte de Minas e no Sudoeste da Bahia, conquistando vitórias em série e vários títulos de competições importantes locais ou regionais. 
O Cruzeirinho realizou duas relevantes partidas na capital Belo Horizonte. A primeira, no ano de 1977, contra a equipe infanto-juvenil do Cruzeiro, partida realizada no campo da sede do Barro Preto. Fomos derrotados por 3 x 1, deixando boa impressão. A segunda partida foi ainda mais importante e memorável, pois a equipe espinosense teve o privilégio de jogar a partida preliminar do clássico entre Atlético e Cruzeiro no Estádio Mineirão completamente lotado. A equipe foi derrotada como era esperado, mas deixou seu nome na história. Neste segundo jogo, eu já não integrava o elenco do time.   

















Tenho o maior orgulho de ter feito parte desta instituição formidável do futebol de Espinosa, podendo conviver harmoniosamente com amigos da vida inteira, verdadeiros craques de bola. Foram muitos e inesquecíveis momentos de vibração e contentamento fazendo o que mais gosto em companhia de tão maravilhosos amigos. 
Foram muitas as formações do Cruzeirinho na sua longa e vitoriosa história, com a participação de dezenas de excelentes jogadores, o maior deles, indubitavelmente, o centroavante Elton Gomes, o Tatuzinho, um cracaço de bola, o símbolo do time. Assim, tornou-se inviável publicar aqui todas as fotografias da equipe que tenho em meu arquivo. Então, optei por publicar somente algumas delas, com destaque para as que tive a honra, a alegria e o privilégio de integrar esse time de suma importância na história do futebol espinosense. Viva o Cruzeirinho!
Um forte, imenso e centenário abraço lençóisdorioverdense.