Espinosa, meu éden

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

602 - O justiceiro Tex Willer

O universo mágico das histórias em quadrinhos tem uma importância especial na minha formação educacional. Desde muito criança fui um inveterado leitor das revistinhas em quadrinhos, adquiridas na banca de Sêo Zezinho Oliva com os poucos recursos que me caíam nas mãos. Usava todo o dinheirinho que ganhava para comprar revistas, ao invés de gastá-lo com doces, balas ou refrigerantes. Jamais me arrependi. As tais viagens virtuais de hoje em dia, com o uso da tecnologia, eu já as fazia com a leitura das minhas revistas em quadrinhos. E eram muitas histórias, de todos os tipos, com personagens os mais diversos. Do biliardário Tio Patinhas ao paupérrimo Zé Carioca. Do caçador de recompensas Jonah Hex ao justiceiro Tex Willer. Do fantasminha camarada Gasparzinho ao irascível Pato Donald. Do atrapalhado Pateta ao inteligente e esperto ratinho Mickey. Do imbatível Superman ao falível Homem-Aranha. Do míope Mister Magoo ao enigmático Fantasma. Do mágico Mandrake ao mascarado Batman. E por aí vai...
Mas hoje eu falarei de apenas um deles, um dos mais famosos cowboys justiceiros de todos os tempos dos quadrinhos: Tex Willer. Geraldo Gonçalves Lopes, o Gera de Vavá, meu grande amigo de Rua da Resina, colecionava as revistas de Tex e, generosamente, nos emprestava a todos da rua para ler as suas aventuras. Era um barato só.
O personagem foi criado em Milão, na Itália, no ano de 1948 por Giovanni Luigi Bonelli (roteirista) e Aurelio Galleppini (desenhista). Mais tarde, o editor Sergio Bonelli levaria o nome do ranger Tex Willer a conquistar milhões de fãs ao redor do mundo. O que faz a leitura de suas histórias ser tão interessante é a disseminação do conhecimento, a riqueza de informações sobre a cultura dos índios, da vida dos pioneiros que conquistaram o oeste americano, das referências e detalhes de eventos históricos da nação americana, além de muita ação, aventura e bom humor.
Um dos seus mais importantes desenhistas foi Giovanni Ticci, que nos anos 70 e 80 consolidou uma imagem definitiva do personagem. Também foram desenhistas de Tex Willer em várias fases: Galep, Letteri, Nicolò, Fusco, Gamba, Muzzi, Capitanio, Monti, Civitelli, Giolitti, Marcello, Della Monica, Ortiz, Venturi, Villa, Bernet, Font, De La Fuente, Blasco, Magnus, Sommer, Ortiz, Kubert, Repetto e Garcia Seijas. Grandes autores escreveram as suas histórias como Giovanni Luigi Bonelli, Guido Nollita, Claudio Nizzi, Mauro Boselli, Decio Canzio, Antonio Segura, Giancarlo Berardi, Gianfranco Manfredi, Pasquale Ruju e Tito Faraci.
No ano de 1985, Tex Willer teve a sua história contada em um filme produzido para a televisão e filmado na Espanha, com Giuliano Gemma  como Tex Willer, Willian Berger como Kit Carson e Carlos Mucari como Jack Tigre, que infelizmente não foi bem sucedido.
O personagem Tex Willer foi criado no ano de 1948 e apareceu pela primeira vez no dia 30 de setembro daquele ano na história 'Il Totem Misterioso". No início, um fora-da-lei, depois de vingar a morte do seu pai e do seu irmão. Depois, Tex foi transformado em um ranger, um policial especial dos Estados Unidos, além de chefe dos índios Navajos. Para combater as injustiças ocorridas em toda a região, Tex (Águia da Noite para os navajos) se vale do apoio dos companheiros Kit Carson, o velho e inseparável amigo, também ranger; o índio navajo Jack Tigre, seu fiel escudeiro e Kit Willer, ou Falcão Pequeno, filho seu e da índia Lilyth (Lírio Branco).
Se você ainda não conhece o personagem, nunca é tarde para descobrir e apreciar as incríveis aventuras de Tex Willer e seus fiéis parceiros.
Um grande abraço espinosense.

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