Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

terça-feira, 8 de agosto de 2017

1810 - Novo álbum de Roger Waters

Tesouros nunca foram fáceis de encontrar. Alguns a gente só descobre depois que os perdemos. Assim é na vida de todo mundo. Mas existem outros tesouros bem acessíveis, possíveis de ser adquiridos com alguma boa dose de grana, cada dia mais escassa no país das maracutaias. Mas tudo, e todos, tem um preço, não é mesmo? Então que tal investir o seu suado dinheirinho em um tesouro musical que nós, os pinkfloydmaníacos, aguardamos há 25 anos, mais um álbum do cofundador da banda, Roger Waters? É isso mesmo, após 25 anos do lançamento de "Amused to Death", de 1992, o cantor, compositor, músico e ex-líder do Pink Floyd lançou um disco fenomenal, um tesouro para os fãs de longa data. Gravado pela Columbia Records e lançado em 2 de junho passado, "Is This the Life We Really Want?" ("Esta é a vida que realmente queremos?") tem produção musical de Nigel Godrich e contém doze canções, a saber:

1. "When We Were Young" - 1:38
2. "Déjà Vu" - 4:27
3. "The Last Refugee" - 4:12
4. "Picture That" - 6:47
5. "Broken Bones" - 4:57
6. "Is This the Life We Really Want?" - 5:55
7. "Bird in a Gale" - 5:31
8. "The Most Beautiful Girl In The World" - 6:09
9. "Smell the Roses" - 5:15
10. "Wait for Her" - 4:56
11. "Oceans Apart" - 1:07
12. "A Part of Me Died" - 3:12

Músicos que trabalharam no álbum:
Roger Waters – vocais, violão, baixo
Nigel Godrich – produção musical, teclados, guitarras, efeitos sonoros, arranjos
Gus Seyffert – guitarras, teclados, baixo
Jonathan Wilson – guitarras, teclados
Roger Joseph Manning, Jr. – teclados
Lee Pardini – teclados
Joey Waronker – bateria
Jessica Wolfe – vocais de apoio
Holly Laessig – vocais de apoio


As canções deste álbum mostram o forte de Waters: melodias soturnas, letras engajadas, críticas contundentes, os acordes sempre no tempo e extensão exatos, os sons secundários, o violão e o piano em destaque, vocais graves e suaves, uma atmosfera bastante particular. Se tem gente que não gosta, eu adoro um tanto.



A mente privilegiada de Waters está em constante desalento e desesperança com o mundo em que vivemos. Ele não consegue compreender essa ganância pelo poder e pelo dinheiro que leva seres humanos a violentar de todas as formas possíveis outros seres humanos, estes mais frágeis. Ele não consegue entender essa busca incessante pela riqueza e pelo poder, sem se preocupar minimamente pelo planeta em que vivemos e pelas gerações futuras. Waters não perdeu, e nunca perderá, essa indignação contra as injustiças espalhadas pelo mundo, contra a arrogância de poderosos e contra a violência que nunca cessa. E é essa uma das razões da minha total admiração pelo trabalho deste senhor fantástico. Anexando a isso a sua capacidade ímpar de construir canções, então está completa a minha idolatria. 
"Nós devíamos prestar atenção aos índices de felicidade dos países, e não se perdemos ou vencemos", ele afirma.  Estamos juntos nessa e para sempre.
Um grande abraço espinosense.