Espinosa, meu éden

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terça-feira, 20 de junho de 2017

1777 - Chico, 73 temporadas de música e magia

O nosso talvez mais genial compositor completou 73 anos de vida e arte nesta segunda-feira de junho, dia 19. O carioca Francisco Buarque de Hollanda, ou simplesmente Chico, é um dos frutos da união do escritor Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Da sua união de longos anos com a atriz Marieta Severo, vieram as três filhas, Sílvia, Helena e Luísa. Da sua mente brilhante surgiram 39 álbuns, 8 livros, 5 peças teatrais e centenas de canções que serão lindas eternamente. Os parceiros foram muitos, gente do quilate de Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Toquinho, Mílton Nascimento, Edu Lobo e Francis Hime, só pra ficar nos mais talentosos. 
Afora sua genialidade com as palavras e a música, Chico é um brasileiro comum. Gosta de samba, de praia, de jogar futebol, de caminhar pela calçada e de tomar um gole com os amigos. E é politizado, sempre lutando pela Democracia e pelos seus ideais de um mundo mais justo para todos. Na sua canção "Paratodos" está a prova da sua brasilidade, em versos como: "O meu pai era paulista; meu avô, pernambucano; o meu bisavô, mineiro; meu tataravô, baiano". E muitos dos seus versos tratam de maneira sublime a vida, o amor, as mulheres, o país. Infelizmente, por suas ideias progressistas, sofreu recentemente críticas raivosas, neste cenário de ódio e intolerância que explode cotidianamente no país, escancarado nas redes sociais.
Mas se Chico não é a unanimidade que muitos imaginavam, pouco ou nada importa. Chico é música, é poesia, é talento, é homem das palavras, da imaginação fértil, das canções maravilhosas, do cronista do cotidiano, do crítico social, do propagador da paz e do amor. E eu adoro o que ele faz, e basta.
Vida longa, mestre Chico Buarque das belas e eternas canções!
Um grande abraço espinosense.