Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

domingo, 19 de fevereiro de 2017

1686 - O bloco "Raparigas do Bonfim" agita o Carnaval de Montes Claros

Há quem diga, e com certa razão, que Montes Claros não tem Carnaval. Nessa época em que algumas cidades grandes e pequenas promovem seus festejos carnavalescos atraindo milhões ou milhares de foliões entusiasmados, certamente Montes Claros não atrai quase ninguém, pelo menos que eu saiba. Mas aqui existe Carnaval sim. Meio escondido, é certo, mas quem quiser curtir os quatro dias de folia basta procurar que achará algum local para se esbaldar na folia. No Bairro Morada do Parque mesmo, há uma maravilhosa folia de Carnaval no velho estilo de cidade do interior, com participação de toda a comunidade do bairro, com uma bandinha tocando marchinhas, crianças e adultos fantasiados, barraquinhas de comidas e bebidas e muita, mas muita animação. Estive lá no ano passado e adorei. Na AABB haverá shows com músicas carnavalescas nos quatro dias do Carnaval, onde se apresentarão as bandas Os Charadas, Lá Maior e Sassaricando. No domingo, dia 26, haverá Matinê de Carnaval Infantil a partir das 14 horas, no salão de festas do clube, com muitas brincadeiras para a criançada. Não tenho maiores informações, mas parece que em muitos bairros da cidade, também desfilarão blocos carnavalescos.
Na tarde deste sábado, 19 de fevereiro, a Praça dos Jatobás ficou cheia de animados foliões, jovens na grande maioria, que foram prestigiar o bloco "Raparigas do Bonfim". Criado no ano passado por uma turma da cidade, o bloco carnavalesco homenageia no nome o falecido cantor e compositor Elthomar Santoro, nascido em São João da Ponte e radicado em Montes Claros, autor da popular canção de mesmo nome. 
A praça ficou repleta de muita gente bonita e animada, de todas as tribos e idades, na maior paz e harmonia, como deve ser. Tudo na maior Democracia. Havia barraquinhas vendendo cerveja, mas muita gente levou sua própria bebida em caixas de isopor, sem o menor problema, afinal a festa é do povo. Que assim continue a ser, sempre, tudo na maior tranquilidade. Para minha surpresa, encontrei, na enorme fila de carros estacionados na praça e na avenida próxima, um automóvel com placa de Espinosa. De quem será?
Um grande abraço espinosense.



















 








1685 - Nova engenheira química, Carol Tolentino

Depois de algumas tristes notícias, com a partida de grandes nomes da sociedade espinosense, eis que aparece uma novidade super positiva, que merece todas as comemorações. 
A jovem Carol Tolentino Brandão, ou apenas Rol, como é carinhosamente chamada pelos íntimos, filha dos meus amigos Rossana Tolentino e Luiz Cláudio Brandão (o famoso e sempre brincalhão Claudão), formou-se há poucos dias em Engenharia Química pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG.
À Carol, aos seus pais e demais familiares, o meu reconhecimento pela grande vitória alcançada e o meu anseio sincero de que sua jornada pessoal e profissional tenha todo o sucesso possível, com muita saúde, muitas conquistas e felicidade completa.
Um grande abraço espinosense.


1684 - Um "pulinho" em Sampa

Nada como um bom motivo para tirar a gente da inércia e nos fazer alçar voo pelo mundo. O casamento do meu sobrinho Juninho foi a mola propulsora para que eu finalmente pudesse visitar pela primeira vez a maior metrópole da América Latina, São Paulo. Com seus 463 anos de existência, a Terra da Garoa, com toda a sua grandiosidade, primeiramente assusta aos menos viajados como eu. Mas é só sair caminhando pelas ruas da cidade para o medo aos poucos ir se esvaindo. O que se percebe claramente, sem nenhum esforço, é um cotidiano frenético de homens e mulheres batalhando duramente pela sobrevivência. São gente como a gente, trabalhadores nos mais variados tipos de ocupação se esforçando para ganhar a vida todo santo dia.
Como bom observador, vi gente das mais diferentes estampas. Gente tatuada, com cabelos coloridos, gente idosa impecavelmente vestida, gente ávida pelas compras, trabalhadores entupindo os trens do metrô, orientais em boa quantidade, ambulantes vendendo de tudo, até o nosso tão conhecido umbu. Tem de tudo um pouco, até alguns engravatados suando em bicas na tarde calorenta de Sampa. É interessante que você chega carregando aquela ideia de violência extrema espalhada pela mídia, com assaltantes em cada esquina, mas basta um breve passeio a pé pelas ruas e você se sente muito seguro. Percebi a presença de muitos policiais fazendo suas rondas ou estrategicamente postados nos pontos mais movimentados das ruas, o que deixou-me bastante tranquilo quanto à segurança. Outra constatação minha foi a boa quantidade de áreas verdes espalhadas pela cidade, famosa pelos seus milhares de arranha-céus. Muito bem arborizada a metrópole, gostei.








Nossa fugaz visita a São Paulo durou apenas um dia e meio, tempo completamente insuficiente para conhecer o mínimo necessário, o que não significa que não tenha valido a pena. Voltei encantado com a quantidade de árvores, com a beleza das velhas construções, com as inúmeras opções culturais e com a limpeza dos espaços públicos, como observado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no Mercado Municipal e no Terminal Rodoviário Tietê. 
É óbvio que nem tudo são flores na cidade grande. Há muita pobreza visível nas ruas. Em alguns lugares dói profundamente o coração ver seres humanos jogados nas calçadas, deitados debaixo do sol inclemente, sem que os órgãos públicos consigam resolver tal situação de tristeza e abandono. É realmente muito triste e desalentador. 
Como não podia deixar de ser para quem se hospedou no centro da cidade, a visita à famosa Rua 25 de Março tinha de acontecer, claro que por insistência da esposa. Foi uma prova de resistência aguentar tanta visita a lojas e mais lojas dos mais variados produtos. Mas também experimentei outras descobertas, estas mais agradáveis. Uma ida à Galeria do Rock valeu muito a pena. Camisetas, tatuagens, instrumentos musicais e discos de todos os tipos à disposição dos aficionados pelo Rock and Roll. Consegui encontrar por uma pechincha um disco que há muito desejava comprar. O álbum duplo do David Gilmour, "Live in Gdansk" estava na promoção por apenas R$ 20,00 (normalmente custaria uns R$ 60,00) e aí, claro, levei para casa na hora, uai. O álbum "No Quarter", de Jimmy Page e Robert Plant, também. Mas ficou só por aí, mesmo que a vontade fosse de levar a loja inteira para casa. Outra ótima visita foi na Livraria Cultura, localizada na Avenida Paulista, meca da economia paulistana. Três andares de livros de todas as áreas do conhecimento humano. Uma maravilha! Uma ida a uma livraria deste tamanho serve para nos dar conta, mais uma vez, da nossa imensurável ignorância. Quanta informação e sabedoria estão disponíveis em todas aquelas páginas e que a gente jamais terá condição de assimilar! Para não sair de mãos vazias, mais uma boa pechincha. A autobiografia da sempre irreverente roqueira Rita Lee estava em promoção, então não se podia perder a chance.




Depois de um dia cansativo, nada como uma saidinha à noite para tomar uma cerveja e relaxar da desgastante caminhada diurna. E melhor ainda na companhia dos amigos Wagner e Joana, que também estavam na cidade. Combinamos então de ir a um dos shoppings mais chiques de Sampa, o JK Iguatemi, que tem lojas de marcas caríssimas como Gucci, Prada, Ermenegildo Zegna, Dolce Gabbana e Chanel. Cacife para comprar alguma coisa, nem pensar! Tal façanha só mesmo para as madames dos poderosos magnatas, ou então para alguma mulher de político "propineiro", como muitos que conhecemos tão bem. Mas pelo menos o shopping não cobra para andar pelos seus amplos corredores, impecavelmente limpos e lustrosos. Então estivemos lá no restaurante Ici Brasserie, no 3º piso, onde saboreei uns chopes de R$ 10,00, os mais baratos lá disponíveis. Valeu muito a noite, pela oportunidade de conhecer um templo da elite paulistana e pela alegria de reencontrar os amigos queridos e conhecer o Fernão, amigo do pessoal.




Ah, uma boa dica para você. Fomos de avião, pela Gol. Se você conseguir comprar sua passagem com antecedência, pagará um valor muito mais barato que a passagem de ônibus. Para você ter uma ideia, a passagem de ônibus da Gontijo de Montes Claros a São Paulo custa cerca de R$ 210,00 a ida e R$ 200,00 a volta. Na Gol, dependendo do tempo de antecedência, a passagem de ida tanto como a de volta podem sair por apenas R$ 110,00 cada. Uma maravilha! Recomendo, vale a pena. Ao contrário da viagem de ônibus, super cansativa, que dura umas 16 horas, a aérea dura pouco mais de uma hora, sem sobressaltos.


 


Logo depois de ir a Atibaia e ao casamento em Bragança Paulista, estava na hora de retornar ao velho e amado Sertão. Cansado, mas plenamente recompensado pela perceptível e radiante felicidade de Débora e Juninho, dos seus familiares e amigos e pela chance de visitar a maior cidade do país. Talvez um dia eu volte para conhecer de fato essa maravilha de lugar, que tanto tem a oferecer aos seus visitantes. Que assim seja!
Um grande abraço espinosense.