Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

1679 - Espinosa chora as mortes do empresário Florival Rocha e do locutor Edmílson Martins

Na manhã chuvosa e nublada da quinta-feira, 9 de fevereiro, chega-me a triste notícia do falecimento do empresário Florival Rocha. Ele tinha 98 anos de idade. Empreendedor de sucesso, Seu Florival se destacou por anos a fio na sociedade espinosense com a sua obstinada capacidade de trabalho e a sua dignidade ímpar. Comandou a sua empresa F. Rocha com competência e determinação, oferecendo à população espinosense serviços e produtos de qualidade na sua loja de móveis e materiais de construção, bem como no seu posto de gasolina. Criou e encaminhou muito bem na vida todos os seus sete filhos. Enfim, cumpriu com muito louvor a sua trajetória terrena.
Neste momento de dor e tristeza, quero deixar registrado aqui os meus sinceros sentimentos de pesar e passar as minhas condolências a todos os familiares, em especial aos meus amigos Flori e Paulinho. Que Seu Florival, após sua longa e proveitosa jornada neste mundo, reencontre sua esposa, Dona Anésia Antunes Rocha, e descanse em paz!
Uma última informação: o sepultamento será realizado em Belo Horizonte, onde já descansa Dona Anésia, certamente amanhã de manhã, ainda sem horário definido.


Outra grande perda para o povo espinosense foi a do locutor e radialista Edmílson Martins, que nos deixou prematuramente há pouco. Ele começou sua carreira na extinta Rádio Educadora de Espinosa, implantada pelo saudoso Padre Martin Kirscht. Edmílson animou a vida dos espinosenses com sua diferenciada capacidade de comunicação e vai deixar muitas saudades aos amantes do rádio.
Aos seus familiares e amigos, externo os meus sentimentos de tristeza pelo seu falecimento. Que Deus lhes dê força, fé e serenidade neste momento de dor. Recebam o meu abraço fraterno.
Um grande abraço espinosense.

Seu Florival e sua filha Cármen Lúcia ao lado do ex-presidente Lula

1678 - A força e a inteligência das mulheres negras

Qualquer pessoa com um ou mais neurônios em funcionamento deveria saber que o sexo, a cor da pele ou a opção sexual não significam absolutamente nada em matéria de capacidade intelectual. Mas a imbecilidade humana consegue até hoje, em pleno século XXI, colocar barreiras e deixar vigorar o vergonhoso preconceito contra as mulheres, os negros e os homossexuais no mercado de trabalho e em outras áreas mais.
O filme "Hidden Figures" ("Estrelas Além do Tempo"), com direção de Theodore Melfi, apresenta a árdua trajetória das três mulheres negras Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), expoentes da matemática, que foram de fundamental importância na corrida espacial americana nos anos 60 trabalhando para a NASA. Em meio ao vergonhoso racismo que imperava nos Estados Unidos à época, com reflexos na agência espacial americana, as três mulheres negras não se deixaram intimidar, batalharam, sofreram constantes humilhações e desconfianças até mostrarem todo o seu valor e competência, tornando-se essenciais para a segurança dos astronautas e no aperfeiçoamento das viagens tripuladas ao espaço.
Naqueles tempos de racismo exacerbado, que infelizmente ainda não foi completamente extirpado, a política de segregação racial mantinha banheiros e refeitórios separados para brancos e negros. Nos ônibus, os negros tinham que ficar em um lugar separado dos brancos, nos fundos do veículo. Depois de muita luta, inclusive de gente como Martin Luther King e Malcom X, em 1964 isso finalmente acabou naquele país através da Lei dos Direitos Civis. Acabou pelo menos no papel, pois a discriminação no dia a dia jamais deixou de existir, inclusive aqui no Brasil.


O filme, inspirado no livro "Hidden Figures: The Untold Story of the African American Women Who Helped Win the Space Race", de Margot Lee Shetterly, escancara as dificuldades por que passaram as garotas negras para demonstrar o seu potencial de trabalho, mas mostra também, de maneira bastante bonita, o cotidiano íntimo e afetivo das protagonistas, pessoas normais, trabalhadoras como tantas outras e que deveriam também assim ser respeitadas. As atuações são muito boas, onde brilham as protagonistas Taraji P. Henson e Octavia Spencer e o Kevin Costner, que está impecável no papel do personagem Al Harrison, diretor da Nasa. Kirsten Dunst e Jim Parsons, o Sheldon da série "The Big Bang Theory", também estão no elenco.
Adorei o filme, mais ainda por ser baseado em fatos reais, coisa que sempre me agrada. Hoje em dia é cada vez mais difícil encontrar histórias bonitas e inspiradoras nas telas dos cinemas, empanturradas de super-heróis, vampiros, tiros e explosões, numa mesmice de doer o coração. Este sim, vale a pena assistir!
Um grande abraço espinosense.