Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 30 de maio de 2016

1530 - Uma viagem a 1986

Ê, saudade! Anos 80, tempo de alegria, juventude, bagunça, tranquilidade e boa música. Muitos desses garotos hoje apaixonados por sertanejo universitário talvez não tenham a mínima noção do quanto foi bom ter vivido a fase explosiva e maravilhosa do rock brasileiro nos anos 80. Era como um bombástico movimento roqueiro, tamanha a quantidade de novas bandas dos mais variados estilos que surgia repentinamente. Ah, meu Deus, quantos momentos especiais vivi nesta época com as harmonias roqueiras embalando minha vida um tanto quanto ingênua, um tanto quanto irresponsável, um tanto quanto sonhadora. 
E como tinha coisa boa no cenário musical de então! Sepultura, Víper, Os Replicantes, Camisa de Vênus, DeFalla, Zero, Metrô, Léo Jaime, Plebe Rude, Inocentes, Ratos de Porão, Hanói Hanói, Heróis da Resistência e tantos outros faziam sucesso, apesar da minha desconsideração musical. De outros, eu gostava de alguma coisa, como o Ira!, Biquini Cavadão, Titãs, Engenheiros do Hawaii, Ritchie, Lobão e os Ronaldos, Ultraje a Rigor, mais uns poucos, talvez. 
Mas a minha paixão musical encontrou abrigo no som de Os Paralamas do Sucesso, do Cazuza, do Kid Abelha, do Capital Inicial, do RPM, da Marina Lima, do Lulu Santos, do Nenhum de Nós. Interessante é que só muito depois é que me apaixonei perdidamente pela música de Renato Russo e seus parceiros da Legião Urbana. Aí virou amor eterno.
A Trip TV, programa com reportagens e entrevistas sobre esporte, cultura e comportamento da Revista Trip veiculado na Band, lançou um mini-documentário sobre o tema Rock Brasil, disponibilizado abaixo, especialmente sobre o ano de 1986, época de lançamento de discos fundamentais na história do rock brasileiro, entre eles o "Cabeça Dinossauro", dos Titãs; "Selvagem?", d´Os Paralamas do Sucesso; "Vivendo e Não Aprendendo", do Ira! e "Dois", da Legião Urbana. 
No vídeo, um panorama curto e superficial sobre aquela época de ebulição política, de transição da ditadura para a Democracia, de desabafo após tantos anos de censura, de protesto contra a repressão, mas também de músicas que entraram para sempre na vida das pessoas, eu inclusive. 
Voltar ao passado de quando em vez é amplamente salutar, desde que não se queira viver tresloucadamente com as ideias ultrapassadas. Temos que viver é o presente, com o aprendizado dos tempos passados para construir um futuro mais feliz, pacífico e harmonioso não só para nós, individualmente, mas para todos os nossos companheiros de viagem neste planeta lindo e maravilhoso que tem como nome Terra. E com muito Rock and Roll, de preferência!
Um grande abraço espinosense.