Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

terça-feira, 24 de maio de 2016

1526 - Os quatro sobreviventes na Libertadores


Na noite desta terça-feira, 24 de maio, ficamos conhecendo o último dos quatro sobreviventes na disputa da maior competição de futebol da América, a Copa Bridgestone Libertadores. Ao término da partida de volta entre o Pumas e o Independiente del Valle, o time equatoriano assegurou a sua passagem para a fase semifinal do torneio ao vencer nos pênaltis, depois da derrota pelo placar de 2 x 1, no Estádio Olímpico Universitário, na Cidade do México. Na primeira partida, disputada no Equador, o Independiente del Valle havia vencido por 2 x 1. O Pumas começou com tudo e logo fez dois gols, com o atacante argentino Ismael Sosa, aos 15 e 17 minutos do primeiro tempo. No início da segunda etapa, o Independiente teve um jogador expulso, mas mesmo assim conseguiu anotar o seu gol, em cobrança de falta aos 21 minutos, através de um bom chute de Sornoza. Com a igualdade no placar da primeira partida, a decisão foi para os pênaltis. Cortez converteu para o Independiente. Herrera fez para o Pumas. Tellechea também faz o seu, assim como Ludueña. José Angulo marcou. Na batida do artilheiro da noite, Ismael Sosa, o goleiro Azcona defendeu a cobrança. Caicedo bateu com perfeição, no alto, sem chance para Palacios. Faltava só confirmar a cobrança de Mina para o surpreendente Independiente se classificar. E foi o que aconteceu, com méritos para o time que sonha com o seu primeiro título na competição. Com este resultado, o Independiente del Valle se classificou para enfrentar o poderoso e temido Boca Juniors em uma das semifinais da Libertadores. 

PUMAS 2 x 1 INDEPENDIENTE DEL VALLE
Pênaltis:  3 x 5

PUMAS: Alejandro Palacios; Alatorre, Gerardo Alcoba, Dario Verón e Luis Fuentes; Hibert Ruiz, Javier Cortés (Ludueña) e Matías Britos (Dante López); Ismael Sosa, Eduardo Herrera e Luis Quiñónes (Fidel Martínez). 
Técnico: Guillermo Vázquez.

INDEPENDIENTE DEL VALLE: Azcona; Christian Núñez, Arturo Mina, Luis Caicedo e Luis Ayala; Dixon Arroyo (Tellechea), Orejuela e Sornoza (Uchuari); Julio Angulo (Gabriel Cortez), José Angulo e Bryan Cabezas.
Técnico: Pablo Repetto.


A disputa da fase de quartas de final foi emocionante, como não poderia deixar de ser. 
O Boca Juniors, o segundo maior ganhador de títulos na história da Libertadores, com 6 conquistas (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007), passou com dificuldades pelo Nacional. Na primeira partida, jogada no Uruguai, houve empate em 1 x 1. Na partida decisiva, no histórico Estádio La Bombonera completamente lotado, novo empate em 1 x 1, com gol contra (do zagueiro Cata Díaz) e expulsão de jogador (o atacante Pavón, depois de tirar a camisa na comemoração do gol de empate) do Boca. A decisão então foi para os pênaltis e aí valeu a tradição, com a vitória do Boca Juniors por 4 x 3, eliminando o Nacional. Na semifinal o Boca enfrentará o Independiente del Valle.

BOCA JUNIORS 1 X 1 NACIONAL
Pênaltis: 4 x 3

BOCA JUNIORS: Orión; Peruzzi, Insaurralde, Cata Díaz e Fabra; Leonardo Jara, Marcelo Meli (Carrizo), Pablo Pérez e Tévez; Pavón e Andrés Chávez (Sebastián Palacios).
Técnico: Guillermo Schelotto.

NACIONAL: Esteban Conde; Fucile, Victorino, Polenta e Espino, Gonzalo Porras, Santiago Romero e Felipe Carballo; Léo Gamalho, Leandro Barcia (Rodrigo Amaral) e Seba Fernández.
Técnico: Gustavo Munúa.

   
Outra batalha heroica pela classificação às semifinais aconteceu no confronto entre Atlético Nacional e Rosario Central no Estádio Atanasio Girardot. Depois de vencer em seus domínios por 1 x 0, o Rosario poderia empatar e até perder por um gol de diferença, desde que marcasse um gol. E logo no início da partida, aos 8 minutos, o Rosario fez o seu gol, de pênalti, com Marco Rubén. Com esse cenário, o Atletico Nacional teria que fazer milagres e marcar três gols, sem levar mais nenhum. E como o futebol é mesmo espetacular, o milagre aconteceu e já no finalzinho da partida, com o terceiro gol marcado por Berrío. Alejandro Guerra e Macnelly Torres já haviam marcado os primeiros dois gols. Aí foi uma loucura geral, com invasão de campo pela torcida e muita confusão, resultando em algumas expulsões de lado a lado. O resultado foi amplamente justo, com predomínio total do Atletico Nacional na partida. Agora a equipe "verdolaga" enfrentará o São Paulo na semifinal.

ATLÉTICO NACIONAL 3 x 1 ROSARIO CENTRAL

ATLÉTICO NACIONAL: Armani; Bocanegra, Davinson Sánchez, Henríquez e Farid Díaz; Mejía, Alejandro Guerra, Sebastián Pérez (Berrío) e Macnelly Torres (Castañeda); Marlos Moreno e Copete (Ibargüen).
Técnico: Reinaldo Rueda.

ROSARIO CENTRAL: Sebastián Sosa; Salazar, Burgos, Donatti e Pablo Álvarez (Villagra); Montoya (Gil Romero), Musto, José Fernández e Cervi; Herrera (Lo Celso) e Marco Rubén.
Técnico: Eduardo Coudet.


No confronto brasileiro, não poderia ser diferente um jogo decisivo pelo maior torneio de clubes da América. Foi uma verdadeira batalha o confronto entre Atlético e São Paulo. Emoção à flor da pele. Como havia vencido a primeira partida disputada em casa, no Morumbi, por 1 x 0, o São Paulo tratou de se fechar na defesa e esperar o melhor momento para contra-atacar. E deu certo, já que em uma cobrança de escanteio, marcou o seu gol valiosíssimo e que lhe deu a classificação, mesmo com a derrota
No Estádio Independência, completamente lotado de apaixonados atleticanos e debaixo de um barulho infernal, o São Paulo mostrou a sua força e tradição e eliminou o Atlético da Libertadores, classificando-se para a disputa da semifinal da competição. A história tinha sido diferente no ano de 2013, ano em que o Galo se sagrou campeão, quando o time alvinegro passou pelo São Paulo nas oitavas de final com uma exuberante vitória de 4 x 1 no estádio do Horto, logo após vencer por 2 a 1, no Morumbi. Na noite da quarta-feira, 18 de maio, o resultado de 2 x 1 para o Galo favoreceu o tricolor paulista, por ter marcado um gol no campo do adversário.
O Atlético entrou em campo precisando da vitória por 1 x 0 para levar a decisão para os pênaltis ou de uma vitória mais elástica, com dois ou mais gols de diferença para se classificar de vez. Sem três titulares absolutos, Robinho, machucado, e Rafael Carioca e Júnior Urso, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, o Atlético começou em ritmo alucinado a partida, marcando logo dois gols, com Cazares, aos seis minutos, e com Carlos, aos onze. Só que um gol de cabeça feito pelo zagueiro Maicon logo em seguida, aos 14 minutos, complicou peremptoriamente a vantagem atleticana. Um verdadeiro banho de água fria. Mesmo com toda a luta dos jogadores alvinegros mineiros, o resultado permaneceu inalterado até o final e o São Paulo passou às semifinais, onde enfrentará o ótimo time do Atlético Nacional, equipe que me encantou e por quem irei torcer para que conquiste a taça e se torne campeã da América pela segunda vez na história. O Tricolor Paulista irá em busca do seu quarto título, após as conquistas de 1992, 1993 e 2005.

ATLÉTICO 2 X 1 SÃO PAULO

ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Leandro Donizete, Eduardo (Dátolo) e Cazares; Patric (Clayton), Carlos (Carlos Eduardo) e Lucas Pratto.
Técnico: Diego Aguirre.

SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes (Wesley), Michel Bastos (Matheus Reis), Paulo Henrique Ganso e Kelvin; Calleri (Alan Kardec).
Técnico: Edgardo Bauza.


Um grande abraço espinosense.