Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

domingo, 22 de novembro de 2015

1408 - Chico - Artista Brasileiro

Chico, um artista brasileiro. E que artista! Indubitavelmente, um dos maiores expoentes da história da música popular brasileira, Francisco Buarque de Hollanda parece ser aquele sujeito tranquilo e sossegado que a gente bem poderia encontrar em uma mesa de bar qualquer, para bater um longo papo, saborear uma cerveja gelada e falar sobre banalidades como música, cinema, religião, política e futebol. E sobre mulheres, por que não?
Muito da sua riquíssima bagagem artística produzida em sua longa e incontestável carreira profissional, seja como cantor e compositor ou como escritor, pode ser vista e ouvida no documentário Chico - Artista Brasileiro, com direção de Miguel Faria Jr., que estreia nos cinemas em 26 de novembro. No filme, Chico fala da sua vida, das suas escolhas, dos seus livros e, claro, das suas inesquecíveis canções. Imagens de arquivo e opiniões e interpretações de suas músicas por outros cantores completam o documentário.
Chico Buarque raramente dá entrevistas, mas para a realização deste filme, dirigido pelo grande amigo seu, Miguel Faria Jr., abriu uma exceção e falou sobre tudo, com um bom humor até inesperado. Antes deste filme, o diretor já havia feito outro sobre música, contando a história do grande poetinha Vinícius de Moraes, com grande sucesso.
Nos últimos anos, o significativo apoio governamental ao cinema brasileiro proporcionou a quem gosta de cinema e música, uma saraivada de bons lançamentos. Tivemos filmes de ótima qualidade mostrando as vidas e carreiras de Dominguinhos, Cauby Peixoto, Vinícius de Moraes, Renato Russo, Tim Maia, Cássia Eller, Raul Seixas, Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, entre outros. Que assim continue!
Um grande abraço espinosense.


Título: Chico - Artista Brasileiro
Direção: Miguel Faria Jr.
Direção de Fotografia: Lauro Escorel
Direção de Arte: Marcos Flaksman
Direção Musical: Luiz Cláudio Ramos
Figurino: Marília Carneiro
Edição: Diana Vasconcellos
Coprodução: Globo Filmes, 1001 Filmes
Distribuição: Sony

1407 - A história dos velhos caminhões FNM

Quem nunca viu um velho e possante caminhão FNM rodando por alguma estrada deste nosso imenso país? Em Espinosa, tempos atrás, alguns poderiam ser vistos em pleno uso na cidade.
Carinhosamente apelidados pela população brasileira de "Fenemê", as iniciais FNM da Fábrica Nacional de Motores, os famosos caminhões foram por anos e anos os protagonistas do transporte rodoviário do país. A empresa foi criada no governo do presidente Getúlio Vargas com o intuito de modernizar e alavancar o progresso da indústria automobilística e aeronáutica do país. Ela foi idealizada pelo Brigadeiro Antônio Guedes Muniz e inaugurada no dia 13 de junho de 1942. A sede da empresa, construída no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, era então uma obra de enorme dimensões e moderníssimas instalações, onde os muitos funcionários tinham todas as possibilidades de atenção e desenvolvimento para si e suas famílias, como escola, cinema, área esportiva, consultório dentário e atendimento médico.




Com financiamento do governo dos Estados Unidos, a fábrica foi inaugurada para fabricar motores para os aviões americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Com o fim da guerra, as modernas máquinas da fábrica foram utilizadas para a fabricação de outros produtos como automóveis, geladeiras, peças, compressores e até bicicletas. Em 1949, a FNM assinou contrato com a empresa italiana Isotta Fraschini para a fabricação de caminhões. Surgia aí as primeiras 200 unidades do famoso caminhão denominado FNM IF-D-7300, que não prosperaram pela falência da empresa. Novo contrato foi assinado em 1950, desta vez com a também italiana Alfa Romeo, que continuaria com a fabricação dos caminhões FNM Alfa Romeo D-9.500 e de chassis de ônibus. Já em 1958, a FNM lançava o modelo D-11.000. No ano de 1968, a empresa foi vendida para a Alfa Romeo, que a revendeu em 1976 para a Fiat. Em 1972 foram lançados os novos caminhões FNM 180 e 210. A produção dos caminhões FNM se encerrou em 1979. A empresa encerrou as suas atividades no ano de 1985, quando já era administrada pela Iveco, do grupo Fiat. Os velhos caminhões deixaram muitas saudades, especialmente entre os caminhoneiros que os usaram por longo tempo. Mas muitos deles ainda resistem ao tempo, rodando normalmente pelos recantos do nosso imenso Brasil.
Um grande abraço espinosense.

Tempo bom! FNM em Espinosa levando a meninada para passeio no rio