Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

1380 - O Minas de Zezinho Sapateiro

O futebol de Espinosa sempre contou com pessoas extremamente empenhadas na difícil e nem sempre reconhecida tarefa de comandar e administrar equipes amadoras. Esportistas dedicados como Seu Mateus Salviola, Domingão de Gino, Sargento Anfilófio, Drummond da M. Teixeira, Zé Rocha, Betão, Alício de Peone, Dezinho, Alcebíades, Gibão, Tone Baiano, entre outros mais, são excelentes exemplos de pessoas que foram de fundamental importância na história do esporte na cidade e no crescimento físico, mental e social de dezenas de atletas espinosenses, nos quais eu humildemente me incluo.
Outro cidadão respeitável e extremamente apaixonado por futebol, a ponto de criar um time, o Minas Esporte Clube, foi Zezinho, que por anos manteve uma sapataria ali onde atualmente Valdomiro tem o seu salão de cabeleireiro, na Rua Dom Lúcio.
O Minas conseguiu formar excelentes equipes e teve a glória de contar, entre os seus jogadores, com craques como Roberto Pé-Duro e Téo (in memoriam), dois dos maiores ídolos do futebol de Espinosa. Vestiram também a sua camisa outros grandes nomes como Gena, o goleirão Véio, Valdir Mestre, Lelo, Júlio, Ronaldo Pote, Flori, Cleone, Tatinho, Júnior, Carlinhos de Valdomiro, Liro (in memoriam) e Klausewitz (será que é assim que se escreve? Por onde andará?). Até eu joguei algum tempo com a camisa verde e branca do Minas, o que só enobrece a minha trajetória no esporte e me enche de orgulho.
Logo abaixo, publico três fotografias diferentes do Minas, as duas últimas tiradas no mesmo dia, sem que em nenhuma delas eu apareça, o que pode gerar alguma suspeita de que estou mentindo. Mas não, acreditem, eu tive a alegria de defender o time do meu amigo Zezinho, por pouco tempo, mas com toda a vontade e determinação de sempre.
A lamentar, o fato de ignorar completamente onde ele se encontra atualmente. Nunca mais tive qualquer notícia sobre ele. Espero que esteja bem, feliz e com muita saúde, pois trata-se de pessoa das mais tranquilas, dignas e honestas com quem convivi.
Um grande abraço espinosense.

Véio, Lelo, Mestre, Liro, Klausewitz, Pote e Zezinho;
Flori, Gena e mais 3 não identificados


Véio, Pote, Gena, Mestre, Téo, Cleone e Zezinho;
Pé-Duro, Júlio, Júnior, Tatinho e Carlinhos










1379 - Rodrigo Santoro, um ator extraordinário ainda subestimado no Brasil

Ele é um destaque das telas da televisão e do cinema, mas mantém como ninguém a humildade. Ele é um dos mais requisitados atores brasileiros para trabalhos na cobiçada indústria do cinema de Hollywood, mas continua em busca do aprendizado. Ele é um dos mais talentosos atores da sua geração, mas não se deslumbra com o sucesso. Ele é um dos mais bonitos e charmosos galãs da dramaturgia brasileira, mas jamais posa de "celebridade". Estou falando de Rodrigo Junqueira Reis Santoro, nascido em Petrópolis, Rio de Janeiro, em 22 de agosto de 1975.
Rodrigo Santoro é uma máquina de trabalhar. São mais de uma dezena de trabalhos em novelas, especiais, séries e minisséries na TV. Suas atuações no cinema se sucedem em ritmo acelerado. Começou com "Como Ser Solteiro" em 1998. Depois vieram "O Trapalhão e a Luz Azul" em 1999; "Bicho de Sete Cabeças" e "Abril Despedaçado" em 2001; "Carandiru: O Filme", "As Panteras Detonando", "Simplesmente Amor" e "Em Roma Na Primavera" em 2003; "A Dona da História" em 2004; "300" em 2006; "Não Por Acaso" em 2007; "Os Desafinados", "Leonera", "Cinturão Vermelho", "Che" e "Che 2 - A Guerrilha" em 2008; "O Golpista do Ano", "Reis e Ratos" e "Recém-Formada" em 2009; "Heleno", "Meu País", "Homens de Bem", "There Be Dragons" e "Rio" em 2011; "O Que Esperar Quando Você Está Esperando" e "Hemingway e Gellhorn" em 2012; "Quem se importa", "O Último Desafio", "Segredos da Paixão" e "Uma História de Amor e Fúria" em 2013; "Rio, Eu Te Amo", "Rio 2" e "300 - A Ascensão do Império" em 2014; "Focus", "Pelé", "Os 33", "Golpe Duplo" e "Jane Got a Gun" em 2015. Para 2016 vai estrear "Ben-Hur", filme em que interpretará ninguém menos que Jesus Cristo, e para 2018, "Dominion".
Nesta sexta-feira, estreará nos cinemas do país a produção americana "Os 33", que narra a história verídica do drama vivido por 33 mineiros chilenos, que ficaram por 69 dias presos em uma mina de cobre em San José. O personagem que ele interpreta é o Ministro de Minas do país chileno à época, Laurence Golborne. Completam o elenco Antonio Banderas, Lou Diamond Phillips, Juliette Binoche, Gabriel Byrne e Kate del Castillo. A direção é da mexicana Patricia Riggen. A história dos mineiros soterrados no Chile aconteceu em 2010 e comoveu o mundo inteiro.


Rodrigo Santoro voltará a fazer televisão em 2016, quando participará da primeira fase da novela das 21 horas da Rede Globo, "Velho Chico". Sua participação será apenas em 18 capítulos. Seu último trabalho na TV foi na novela "Mulheres Apaixonadas", em 2003, com o personagem mulherengo Diogo. Antes disso, ele participou de alguns especiais e minisséries, até com uma pequena participação na famosa série americana "Lost".
Incomoda-me muito o pouco valor dado pela mídia e pela população à trajetória profissional de Rodrigo Santoro no Brasil. O cara é um baita ator, tem uma carreira de sucesso e respeito no exterior, é de uma dignidade e uma humildade impressionantes e ainda não recebeu o reconhecimento que merece. Enquanto isso, a televisão está infestada de gente sem o menor talento, as tais "celebridades", que não são mais que piadas de péssimo gosto. Temos é que abrir os olhos, refletir mais sobre os fatos, estudar mais, procurar pelas boas coisas que existem em profusão por aí, mesmo que escondidas ou escamoteadas, e dar o merecido valor a quem merece. Rodrigo Santoro é um grande artista e merece todo o nosso respeito e reconhecimento pelo seu trabalho.
Um grande abraço espinosense.