Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 26 de março de 2015

1214 - Denis Peterson e sua bela arte engajada

Pintor americano hiperrealista, Denis Peterson começou a desenhar aos quatro anos de idade e durante 15 anos aprendeu, com o seu avô, todos os segredos da arte da pintura clássica e da restauração. Ele concluiu Mestrado em Pintura e História da Arte na Pratt, onde foi premiado com uma bolsa de ensino. Ele é reconhecido como o pioneiro e principal arquiteto do Hiperrealismo, que cria pinturas que parecem fotografias. Sua temática usual envolve questões relacionadas com as minorias sociais que a nossa sociedade cria ou sustenta: moradores de rua e a pobreza na África são alguns exemplos disso.
Peterson tem utilizado a sua arte para mostrar imagens de cidadãos maltratados pelos governos e pela sociedade, muitos deles morando nas ruas, abandonados, sem um teto para morar. Outras imagens revelam as ruas da cidade, repletas de pessoas em meio a dezenas de imensos anúncios e outdoors. Ele mora e trabalha em seu estúdio em Nova York e já teve o seu trabalho exibido no Brooklyn Museum, Whitney Museum of American Art, Butler Institute of American Art, Tate Modern, Springville Museum of Art, Corcoran MPA and Max Hutchinson Gallery in New York e também divulgado em Los Angeles, San Francisco, Santa Fé, Chicago, Milão, Zurique, Paris e Londres. O seu trabalho fala por si, com pinturas extraordinários e incríveis. Você pode adquirir os seus trabalhos no site denispeterson.com.
Como está registrado em seu site: "um artista que optou por usar sua arte como um esforço humanitário para mudar o mundo".
Um grande abraço espinosense.
O artista em seu estúdio
















1213 - O Brasil fica mais carrancudo sem o charme de Zé Bonitinho

A pose extravagante de galã irresistível atraía e encantava as mulheres. Pelo menos na utopia do personagem Zé Bonitinho, imortalizado na TV pelo comediante Jorge Rodrigues Loredo. Para ele, o excêntrico personagem de óculos imensos, gravata borboleta, pente gigantesco, topete saliente e bigode extra-fino, "mulher era igual parafuso, só no arrocho". Sua apresentação era sempre em tom solene: "Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz...!" , fazendo a alegria de muitos, de todas as idades.


Jorge Loredo nasceu no dia 7 de maio de 1925 e sua vida privada contrastava com a de seu personagem. Era um sujeito humilde e reservado, ao contrário do seu personagem, atrevido e espalhafatoso. Fora do trabalho humorístico, atuava como advogado trabalhista e previdenciário na cidade do Rio de Janeiro.


Conforme suas declarações, o personagem, que estreou na televisão em 1960, no programa "Noites Cariocas", exibido pela já extinta TV Rio, surgiu de observações suas sobre um colega galanteador que penteava o cabelo, as sobrancelhas e o bigode sempre que via um espelho e que "cantava" todas as mulheres que passavam por perto, sem sucesso. O nome veio de um cozinheiro de restaurante, feio pra caramba, que conheceu certa vez.


Até cerca de dois anos atrás, com mais de 50 anos de carreira e com 88 anos de idade, ele ainda se apresentava na tela do SBT no programa "A Praça é Nossa". 
Com uma doença pulmonar obstrutiva crônica grave e um enfisema pulmonar, causados pelo vício no cigarro, que durou dos seus 12 aos 80 anos, ele acabou vencido e faleceu pela falência múltipla de órgãos na manhã desta quinta-feira. 
Uma grande perda para o humor nacional, atualmente tomado por piadistas agressivos, apelativos e polêmicos.
Jamais esqueceremos seus bordões "Câmera, close; microfone, please" e "O chato não é ser bonito, o chato é ser gostoso!" 
Descanse em paz e com bastante alegria, Zé Bonitinho! Obrigado pelas boas risadas esses anos todos.
Um grande abraço espinosense.