Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 25 de março de 2015

1212 - O time de futebol na Praça da Matriz

Sempre vi essa fotografia na cristaleira do velho sobrado na Rua da Resina em que minha avó, a quem chamava carinhosamente de Madrinha Judith, morava com meu tio Luizão. Minha avó já se foi pro céu, mas o velho sobrado, o meu Tio Luizão e essa fotografia permanecem lá.
Trata-se de uma fotografia de um time de futebol que foi tirada, inexplicavelmente, não em um campo de futebol, mas em frente da nossa Igreja Matriz de São Sebastião, na Praça Coronel Joaquim Tolentino. Será que foram pedir proteção e sorte para ganharem algum campeonato?
A escolha do local da foto chama a atenção, mais uma coisa interessante mesmo é a pose do goleirão, deitado em berço esplêndido com a bola nas mãos. O time parecia bem ser organizado. Tinha bandeira e até mascote.
Na fotografia estão Luizão, o primeiro à esquerda, de pé. Conforme informações que tive, o terceiro em pé é Nélson Piru. Os outros eu não consegui identificar, mas vou procurar saber quem são. Se conseguir descobrir, publico aqui pra vocês.
Um grande abraço espinosense.


1211 - A beleza ímpar da Cachoeira Dudhsagar

A imagem é magnífica. Incrustada no paredão da montanha dos Gates Ocidentais (Western Ghats), a cachoeira Dudhsagar é um exuberante espetáculo da Natureza, agigantado quando na época da cheia no rio Mandovi, quando o fluxo d´água está em seu furioso apogeu, entre os meses de junho e setembro.
Localizada na fronteira entre os estados de Goa e Karnataka, no Santuário da Vida Selvagem Bhagwan Mahavir, no Parque Nacional de Mollem, na Índia, e medindo 310 metros de altura, esta maravilha da Natureza se parece mais com jatos de leite escorrendo céleres pela encosta da montanha, se dividindo em quatro riachos em cascata, desabando pela face quase vertical do penhasco até desaguar em um profundo poço verde, gerando belas nuvens de espuma leitosa. Não é à toa que o nome escolhido para denominá-la, na língua konkanni, é Dudhsagar, ou "Mar de Leite". Todo esse maravilhoso cenário está no meio de paisagens deslumbrantes existentes na montanha próxima a um vale coberto de floresta tropical intocada, só acessível a pé ou de trem.
Para ter acesso à catarata, existe uma linha ferroviária que é gerenciada por uma empresa local, oferecendo passeios que proporcionam aos milhares de turistas uma vista espetacular, além de banhos em piscinas existentes na base da cachoeira, um dos mais populares e famosos pontos turísticos do estado de Goa. Mas o acesso, mesmo depois de descer do trem, ainda é difícil e requer uma caminhada por trilhas na mata por cerca de 1 km. O Expresso Amaravathi faz a linha entre Howrah e Vasco, passando em frente à cachoeira, depois de serpentear pela montanha e seus túneis. A Indian Railways também circula por lá com seus trens de carga.   
A forma alternativa de alcançar as quedas d´água é aconselhável apenas entre janeiro e maio, quando o nível da água nos rios diminui o suficiente para permitir que jipes possam se aproximar da base das cataratas. Na visita a este paraíso é preciso ter cuidado com as cobras na floresta, sempre estar com repelente de insetos e ter muito cuidado na hora de entrar na água, devido ao risco de ser sugado pelas correntes subterrâneas ou bater a cabeça nas pedras escondidas no fundo do poço.
Para ter acesso é preciso pagar uma taxa ao Departamento Florestal que custa cerca de R$ 20,00. Podem ser vistas várias espécies de aves e muitos macacos na floresta, sendo proibido alimentá-los, sob pena de multa.
Enfim, um lugar tão lindo que só de ficar sentado em frente admirando-o e sentindo a presença de Deus já vale a pena, não é mesmo?
Um grande abraço espinosense.