Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

1412 - Boa sorte e muito obrigado, Levir Culpi!

Peço permissão aos meus amigos cruzeirenses que acessam o nosso blog para falar de um assunto relativo ao Atlético, mas que, pela amplitude da questão, atinge a todos que amam o futebol.
O treinador Levir Culpi acabou de deixar a comissão técnica do Atlético, após um ano e oito meses no comando do time. Nenhuma novidade no nosso tão atrasado mundo do futebol. Dos 20 treinadores que começaram a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro deste ano, apenas o campeão Tite ainda permanece no cargo. Mas o que deixa a muitos atleticanos como eu, preocupados, é o porquê desta decisão. O treinador estava fazendo um extraordinário trabalho à frente da equipe, com conquistas importantes e a montagem de um time competitivo e com um futebol altamente rápido e ofensivo, gostoso de se ver jogar. Tudo bem que no segundo turno o time caiu bastante de produção, vendo o Corinthians se distanciar na ponta da tabela e faturar o título por antecipação, mas ainda estamos na briga pelo vice-campeonato, uma posição honrosa e que ainda tem vital importância pelo polpudo prêmio oferecido pela CBF, que será de fundamental suporte para os acertos financeiros do clube na temporada.
A troca de treinadores no Brasil é uma rotina sem lógica e sem rumo. Clubes endividados ainda continuam contratando a peso de ouro seus profissionais, tanto jogadores quanto treinadores. Ao menor sinal de "crise", demite-se o treinador e contrata-se outro, sem a menor preocupação com as multas a serem pagas ou com a manutenção de um trabalho de qualidade a médio prazo. Não é à toa que a maioria dos nossos clubes tem dívidas estratosféricas e mal conseguem colocar a folha de pagamento em dia. 
Confesso que fiquei surpreendido com a decisão do presidente Daniel Nepomuceno de demitir o Levir. Além de surpreso, fiquei (e estou) triste com a decisão, que entendo ser bastante equivocada e inoportuna. Como explicar a saída de Levir Culpi, após a conquista inédita e de suma importância da Copa do Brasil, idem da Recopa Sul-Americana, do Campeonato Mineiro, da vaga na Libertadores de 2016 e até o momento, do vice-campeonato brasileiro? Quem virá substituí-lo, começando tudo do zero, talvez mudando tudo e com salário até maior? Não dá mesmo para entender. Mas como no futebol, tudo pode acontecer, tomara que eu esteja errado na minha antevisão do futuro. Vamos aguardar os acontecimentos.
Levir Culpi é um sujeito de extrema competência, possuidor de uma conduta admirável, de um sentido agudo de humanidade, com vínculos profundos com o clube e sua torcida, além de ser uma pessoa de ótimo relacionamento e um apurado senso de humor. 
Tenho grande respeito e admiração por Levir Culpi, principalmente depois que meu Ricardinho esteve visitando a Cidade do Galo junto com Maurício Tupy e seu filho Lázaro no início do ano passado. Ricardo me contou que o treinador os recebeu com o maior carinho e atenção, com uma gentileza especial, se dispondo alegremente a posar para a fotografia que publico abaixo. Ele, claro, não sabe e nunca saberá, mas por causa disso tenho um imenso sentimento de gratidão e estarei sempre rezando e torcendo pela sua felicidade, onde quer que esteja trabalhando.
Um grande abraço espinosense.

 
Uma breve histórico da carreira de Levir no futebol:
Levir Culpi é paranaense de Curitiba, onde nasceu em 28 de fevereiro de 1953. Tem hoje 62 anos de idade. Na época de jogador, foi um zagueiro mediano de Coritiba, Botafogo, Santa Cruz, Colorado, Atlante (México), Figueirense e Juventude. Como treinador, iniciou a carreira em 1986, no Juventude de Caxias do Sul. Passou ainda pelo Atlético Paranaense (2 vezes), Marcílio Dias, Inter de Limeira, Criciúma, Internacional, Coritiba, Criciúma, Al-Ettifaq (Arábia Saudita), Paraná, Guarani, Atlético Mineiro (4 vezes), Portuguesa, Cruzeiro (3 vezes), Cerezo Osaka (2 vezes), São Paulo, Sport, Palmeiras, Botafogo e São Caetano.
Levir tem uma história vencedora tanto no Atlético como no Cruzeiro. No clube da Toca da Raposa conquistou os títulos da Copa do Brasil em 1996, do Campeonato Mineiro em 1996 e 1998, da Recopa Sul-Americana em 1998 e da Copa dos Campeões Mineiros e da Copa Centro-Oeste em 1999. Levou ainda o time celeste aos vice-campeonatos da Supercopa da Libertadores em 1996 e da Copa do Brasil, do Campeonato Brasileiro e da Copa Mercosul, todos em 1998.
No Atlético, a história também é de sucesso. Trouxe de volta o time da Série B, conquistando o Campeonato Brasileiro em 2006, ganhou os Campeonatos Mineiros de 1995, 2007 e 2015, a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil de 2014, estes últimos, ambos títulos inéditos para o clube. 
Para reforçar ainda mais o seu vínculo com o clube, completou 200 jogos na direção do time, em uma partida contra o Palmeiras, em 4 de setembro de 2014, no Independência, com uma vitória de 2 x 0. Mais uma conquista pessoal veio com o atingimento de 228 jogos como treinador do clube, na partida contra o Tupi, com vitória por 2 x 0, no dia 2 de fevereiro, pelo Campeonato Mineiro de 2015. Com essa marca ele se tornou o terceiro treinador com mais jogos realizados na história do Atlético, atrás apenas de Telê Santana, com 434 jogos, e Procópio Cardoso, com 328. 
Agora em 2015, ele deixa o comando do time após 288 partidas realizadas na história do clube, com 154 vitórias, 60 empates e 74 derrotas, 493 gols marcados, 184 gols sofridos, seis títulos conquistados e com aproveitamento acima de 60%. Nesta sua recente passagem pelo clube da Cidade do Galo, a quarta, ele obteve 33 vitórias, 11 empates e 18 derrotas, um aproveitamento de 60%. 
Outra marca importante na carreira de Levir Culpi aqui em terras mineiras, é que ele é o maior vencedor das disputas do Campeonato Mineiro, com cinco conquistas de título. Duas pelo Cruzeiro, em 1996 e 1998, e três pelo Galo, em 1995, 2007 e 2015.


Títulos conquistados como treinador:
Inter de Limeira - Campeonato Brasileiro - Série B - 1988
Criciúma - Campeonato Catarinense - 1989
Paraná - Campeonato Paranaense - 1993
Cruzeiro - Copa do Brasil - 1996, Campeonato Mineiro - 1996 e 1998, Recopa Sul-Americana - 1998, Copa dos Campeões Mineiros - 1999 e Copa Centro-Oeste - 1999
São Paulo - Campeonato Paulista - 2000
Atlético Mineiro - Campeonato Brasileiro - Série B - 2006, Campeonato Mineiro - 1995, 2007 e 2015, Recopa Sul-Americana - 2014 e Copa do Brasil - 2014.

Campanhas de destaque:
Cruzeiro - Supercopa da Libertadores - Vice-Campeão - 1996, Copa do Brasil - Vice-Campeão 1998, Campeonato Brasileiro - Vice-Campeão 1998 e Copa Mercosul - Vice-Campeão 1998.
São Paulo - Copa do Brasil - Vice-Campeão 2000
Sport - Copa do Nordeste - Vice-Campeão 2001
Atlético-PR - Campeonato Brasileiro - Vice-Campeão 2004
Atlético-MG - Campeonato Brasileiro - Vice-Campeão 2015 (Ainda não confirmado)
Fonte: wikipedia.org


Sua carta de despedida, na íntegra:

"Após 30 anos de carreira, imaginei estar calejado o suficiente para algumas situações. Enfrentei outras despedidas dolorosas. Logo no meu primeiro trabalho como treinador, ao deixar o Juventude, de Caxias do Sul, não consegui nem sequer entrar no vestiário para me despedir. Do lado de fora, me deparei com o sisudo Celso Roth, meu preparador físico, e fomos às lágrimas.
No Japão, vivi alguns dos momentos mais emocionantes da minha vida, quando resolvi retornar em 2012, depois de seis temporadas no comando do Cerezo Osaka. Houve uma comoção imensa. Recebi presentes, cartas, homenagens e a torcida me acompanhou do hotel até o aeroporto.
Agora, me deparo novamente com um momento que extrapola a razão.
O que era para ser um simples tchau ganhou proporções impensadas.
Tenho recebido inúmeras mensagens, ligações de carinho e apoio e lendo textos e mais textos na Internet e imprensa que me comoveram demais. Fiquei com a certeza de que deixei de ser profissional do Galo para me tornar um amigo dos atleticanos. E que valeu muito a pena! 
Vocês são muito legais!! 
Obrigado"

Obrigado, dizemos nós atleticanos, Levir Culpi! Obrigado pelo seu trabalho e pelas alegrias e fortes emoções que nos fez desfrutar nas conquistas dos últimos anos. Vá em paz e de cabeça erguida, com o sentimento do dever cumprido! Quem sabe, um dia você volta...

domingo, 29 de novembro de 2015

1411 - Futebol gerando energia

Imagine só a incrível possibilidade de, enquanto você se diverte correndo atrás da bola e jogando futebol, estar gerando energia que será usada para iluminar o mesmo campo que você está usando? Pois é, isso é possível e é mais uma das maravilhas do conhecimento humano sendo colocada em prática. 
O inusitado projeto deste campo, instalado no Morro da Mineira, no Rio de Janeiro, é de uma das maiores empresas de energia do mundo, a Shell, com aproveitamento da energia cinética, que é gerada a partir das pisadas dos jogadores no piso construído em cima de placas geradoras de energia. A energia cinética usada no campo de futebol foi desenvolvida por Laurence Kemball-Cook, vencedor do prêmio Shell Iniciativa Jovem. Uma ideia maravilhosa que pode ser mais utilizada em um futuro bem próximo para a geração de energia. A inauguração do espaço esportivo no Morro da Mineira, uma favela do Rio de Janeiro, teve a ilustre presença do Rei do Futebol, Pelé.
Que esta ideia prospere e se espalhe pelo mundo. O Planeta Terra agradece.
Um grande abraço espinosense.


 



1410 - Formatura de Edel Mary

Para minha imensa alegria, mais uma espinosense consegue o feito de concluir a faculdade e se formar profissionalmente. 
Desta vez foi Edel Mary Ladeia de Castro, filha dos meus amigos João Carlos Amarante de Castro e Cleonice Ladeia dos Santos Castro, que recebeu o diploma de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Santo Agostinho, na noite da última quinta-feira, no salão nobre da OAB-Ordem dos Advogados do Brasil, em Montes Claros.
A menina que vimos crescer desde o nascimento, Edel Mary, é para nós, eu e Cléa, como uma filha. Então, é uma felicidade imensa poder estar junto nesta sua conquista de especial importância. 
Que na sua trajetória pessoal e profissional que se inicia, ela consiga conquistar muito sucesso, sempre com a responsabilidade de trabalhar com seriedade, dedicação, honestidade, dentro dos mais firmes preceitos éticos e com respeito às pessoas e à comunidade à sua volta. E que seja, acima de tudo, extremamente feliz!
Um grande abraço espinosense.




















quarta-feira, 25 de novembro de 2015

1409 - A história de Nílton Santos, a Enciclopédia do Futebol, está em "Ídolo"

O cinema nacional continua em frenética efervescência, com produções e mais produções sendo realizadas e lançamentos e mais lançamentos sendo disponibilizados ao público nas salas dos cinemas do país. São sobretudo filmes de comédia, o que não impede que outros gêneros também apareçam com alguma frequência e importância, como os filmes de drama, de aventuras policiais, de amores e sensualidade e os muitos documentários, especialmente os que mostram a vida dos nossos artistas da música e também do futebol, como a recente produção "Ídolo", que estreia nesta quinta-feira nos cinemas. 
O documentário mostra a longa e brilhante trajetória do melhor lateral-esquerdo da história do futebol mundial, toda ela defendendo tão somente as cores do Botafogo de Futebol e Regatas e da Seleção Brasileira. O filme, dirigido por Ricardo Calvet e Ricardo Macedo, mostra imagens inéditas da carreira do grande jogador brasileiro, em meio a entrevistas e depoimentos de amigos, companheiros de bola e admiradores, entre eles Djalma Santos, Pepe, Zagalo, Amarildo, Carlos Alberto Torres, Júnior e Zico.

FICHA TÉCNICA:
Roteiro e direção: Ricardo Calvet
Direção de produção: Juliana David e Ricardo Calvet
Produção executiva: Ricardo Macedo e Ricardo Calvet
Fotografia: Ricardo Macedo
Pesquisa Audiovisual: Antonio Venâncio
Montagem: Luiz Guimarães Castro
Som direto: Leandro Peska
Finalização: João Daflon
Desenho de som e mixagem: Denilson Campos e Rodrigo Noronha
Trilha Original: Pedro Igel
Músicas Adicionais: Grupo Mandaia e Pedro Igel


Nílton dos Santos, nascido em 16 de maio de 1925, no Rio de janeiro, foi um dos maiores ídolos do Botafogo e da Seleção Brasileira, sendo eleito pela FIFA no ano de 2000 como o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos. Ele participou de quatro Copas do Mundo, 1950, 1954, 1958 e 1962, conquistando o título nos dois últimos, na Suécia e no Chile, ao lado de outros craques espetaculares como Pelé, Didi e Garrincha. Como reconhecimento ao seu futebol de muita técnica e precisão, foi cognominado de "A Enciclopédia do Futebol". 
Foram 17 anos dedicados exclusivamente ao Botafogo, com 718 jogos disputados e 20 títulos conquistados. A estreia se deu em uma partida contra o América-MG, com derrota por 2 x 1, em 21 de março de 1948. A sua despedida oficial dos gramados aconteceu em 13 de dezembro de 1964, em uma partida contra o Flamengo, no Maracanã (vitória do Botafogo por 1 x 0), quando foi homenageado com a entrega de um troféu. Ainda fez um último jogo, um amistoso contra o Bahia, mas parou por aí, aos 39 anos. 
Com a camisa da Seleção Brasileira, foi convocado pela primeira vez para a disputa do Sul-Americano de 1949. Disputou 82 jogos, anotou quatro gols e conquistou 16 títulos. 
Depois de encerrada a carreira de atleta profissional, Nílton tentou a carreira de técnico, sem sucesso. Montou então uma loja de material esportivo, onde ele mesmo atendia os clientes. Mais adiante trabalhou com crianças carentes, mostrando todo o seu sentimento de solidariedade e humildade.   
Aos 88 anos, no dia 27 de novembro de 2013, Nílton Santos faleceu no Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória, após anos de enfrentamento ao Mal de Alzheimer. Ele descansa o sono eterno no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo, no Rio.
Um grande abraço espinosense.

Só fera: Garrincha, Zito, Nílton Santos, Pelé, Zagalo, Pepe e Didi

Nílton Santos é homenageado na despedida contra o Flamengo, no Maracanã

Nílton Santos como capitão da Seleção Brasileira

domingo, 22 de novembro de 2015

1408 - Chico - Artista Brasileiro

Chico, um artista brasileiro. E que artista! Indubitavelmente, um dos maiores expoentes da história da música popular brasileira, Francisco Buarque de Hollanda parece ser aquele sujeito tranquilo e sossegado que a gente bem poderia encontrar em uma mesa de bar qualquer, para bater um longo papo, saborear uma cerveja gelada e falar sobre banalidades como música, cinema, religião, política e futebol. E sobre mulheres, por que não?
Muito da sua riquíssima bagagem artística produzida em sua longa e incontestável carreira profissional, seja como cantor e compositor ou como escritor, pode ser vista e ouvida no documentário Chico - Artista Brasileiro, com direção de Miguel Faria Jr., que estreia nos cinemas em 26 de novembro. No filme, Chico fala da sua vida, das suas escolhas, dos seus livros e, claro, das suas inesquecíveis canções. Imagens de arquivo e opiniões e interpretações de suas músicas por outros cantores completam o documentário.
Chico Buarque raramente dá entrevistas, mas para a realização deste filme, dirigido pelo grande amigo seu, Miguel Faria Jr., abriu uma exceção e falou sobre tudo, com um bom humor até inesperado. Antes deste filme, o diretor já havia feito outro sobre música, contando a história do grande poetinha Vinícius de Moraes, com grande sucesso.
Nos últimos anos, o significativo apoio governamental ao cinema brasileiro proporcionou a quem gosta de cinema e música, uma saraivada de bons lançamentos. Tivemos filmes de ótima qualidade mostrando as vidas e carreiras de Dominguinhos, Cauby Peixoto, Vinícius de Moraes, Renato Russo, Tim Maia, Cássia Eller, Raul Seixas, Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, entre outros. Que assim continue!
Um grande abraço espinosense.


Título: Chico - Artista Brasileiro
Direção: Miguel Faria Jr.
Direção de Fotografia: Lauro Escorel
Direção de Arte: Marcos Flaksman
Direção Musical: Luiz Cláudio Ramos
Figurino: Marília Carneiro
Edição: Diana Vasconcellos
Coprodução: Globo Filmes, 1001 Filmes
Distribuição: Sony

1407 - A história dos velhos caminhões FNM

Quem nunca viu um velho e possante caminhão FNM rodando por alguma estrada deste nosso imenso país? Em Espinosa, tempos atrás, alguns poderiam ser vistos em pleno uso na cidade.
Carinhosamente apelidados pela população brasileira de "Fenemê", as iniciais FNM da Fábrica Nacional de Motores, os famosos caminhões foram por anos e anos os protagonistas do transporte rodoviário do país. A empresa foi criada no governo do presidente Getúlio Vargas com o intuito de modernizar e alavancar o progresso da indústria automobilística e aeronáutica do país. Ela foi idealizada pelo Brigadeiro Antônio Guedes Muniz e inaugurada no dia 13 de junho de 1942. A sede da empresa, construída no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, era então uma obra de enorme dimensões e moderníssimas instalações, onde os muitos funcionários tinham todas as possibilidades de atenção e desenvolvimento para si e suas famílias, como escola, cinema, área esportiva, consultório dentário e atendimento médico.




Com financiamento do governo dos Estados Unidos, a fábrica foi inaugurada para fabricar motores para os aviões americanos durante a Segunda Guerra Mundial. Com o fim da guerra, as modernas máquinas da fábrica foram utilizadas para a fabricação de outros produtos como automóveis, geladeiras, peças, compressores e até bicicletas. Em 1949, a FNM assinou contrato com a empresa italiana Isotta Fraschini para a fabricação de caminhões. Surgia aí as primeiras 200 unidades do famoso caminhão denominado FNM IF-D-7300, que não prosperaram pela falência da empresa. Novo contrato foi assinado em 1950, desta vez com a também italiana Alfa Romeo, que continuaria com a fabricação dos caminhões FNM Alfa Romeo D-9.500 e de chassis de ônibus. Já em 1958, a FNM lançava o modelo D-11.000. No ano de 1968, a empresa foi vendida para a Alfa Romeo, que a revendeu em 1976 para a Fiat. Em 1972 foram lançados os novos caminhões FNM 180 e 210. A produção dos caminhões FNM se encerrou em 1979. A empresa encerrou as suas atividades no ano de 1985, quando já era administrada pela Iveco, do grupo Fiat. Os velhos caminhões deixaram muitas saudades, especialmente entre os caminhoneiros que os usaram por longo tempo. Mas muitos deles ainda resistem ao tempo, rodando normalmente pelos recantos do nosso imenso Brasil.
Um grande abraço espinosense.

Tempo bom! FNM em Espinosa levando a meninada para passeio no rio


sábado, 21 de novembro de 2015

1406 - Banda Dona Neura lança seu primeiro álbum

Depois de muita dedicação e trabalho duro, eis que finalmente está pronto o primeiro disco da "Dona Neura". A banda é formada por músicos da cidade de Montes Claros, entre eles Bruno Alves, espinosense radicado por aqui. O álbum de estreia da Dona Neura foi batizado de "Sons da Terra Desprometida". São dez faixas de muita guitarra, bateria e rock n´roll, todas elas compostas pelos rapazes da banda.
Uma delas tem um significado especial para nós, espinosenses. A música "Terra Desprometida", uma magistral mistura de rock e embolada nordestina, foi composta por Bruno, que teve como inspiração a nossa quente, velha e querida Espinosa. Para quem ainda não sabe, Bruno é filho dos espinosenses Deraldo (Ferro Véio) e Neuza.
Solicitei a Bruno, durante uma apresentação sua no restaurante Quintal Avenida dia desses, maiores informações a respeito da banda, como nomes dos integrantes e suas especialidades nos instrumentos, a origem da banda e suas influências musicais, mas até o momento não as recebi. Fico devendo a vocês então, mais dados sobre as ideias e origens desta turma boa que se expressa assim nos versos:
"Dinheiro é a única coisa que insiste em me faltar."
"Em breve é tempo demais pra quem sempre esperou encontrar a cura da suposta dor que você insiste em cantar."
"Me sentei, esperei, escrevi o que eu pude lembrar, me molhei, e sorri, eu só sou um grão de areia no mar."
"Mas se for por essas bandas, lembre de me avisar, pois desse lugar eu vim e sempre vou voltar."
"Não me diga porque estou perdido, nem meus motivos pra chorar, não me espere voltar arrependido, nem se arrependa me esperando voltar."


ATUALIZAÇÃO!

Acabei de receber de Brunão, as informações complementares sobre a "Dona Neura". Vamos a elas:

Quando a banda foi criada?
A banda Dona Neura foi criada em agosto de 2015, pelo vocalista Chico e o guitarrista Bruno. O Chico e o Bruno já tocam na banda "Bloco do Chico", que faz covers de um variado repertório do Rock'n´Roll. Isso ajudou a encurtar a distância para sair um projeto com músicas inteiramente autorais, já que os dois escrevem letras e melodias. Assim saiu o "Dona Neura". Agora em novembro a banda gravou e lançou seu primeiro disco, intitulado "Sons da Terra Desprometida", que contém 10 faixas gravadas e produzidas pelos dois idealizadores do projeto.

Quem são os componentes e quem toca o quê?
José Francisco/Chico - Vocal e guitarra base
Bruno Man - Guitarra solo e backing vocal
Guilherme Tiff - Bateria

Quais as influências musicais dos componentes da banda?
São muito variadas, pois eles bebem de muitas fontes diferentes, indo desde o Metal Rock ao Samba de Raiz. Ultimamente eles estão escutando muito The Black Keys, Queens Of The Stone Age, Arctic Monkeys, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Pearl Jam etc. A lista é grande, mas para este disco o foco foi voltado para o Rock'n´Roll mais cru, mais direto mesmo.

Eles irão fazer shows para divulgar o disco?
Eles pretendem fazer shows sim, mas em breve, pois a correria foi grande para lançar logo o disco. Foram disponibilizadas todas as faixas na Net, para que todos possam escutar na própria página ou baixar e escutar no carro, no celular, espalhar para os amigos, enfim, curtir plenamente as canções. O lance é o pessoal escutar com atenção para depois eles poderem fazer um show bacana, com todo mundo cantando junto.

Onde e quando será?
Eles estão em processo de fechamento da data. Deve ser em dezembro o lançamento do primeiro álbum da "Dona Neura". Depois dessa apresentação, eles já tem mais algumas datas em vista para o ano que vem. Mas agora eles estão focados apenas nesta primeira apresentação.

Que venha logo e com muito sucesso! Boa sorte ao Dona Neura!


Músicas do disco: 

01 - Em Breve
02 - Grão de Areia (Relampiô)
03 - Terra Desprometida
04 - Dinheiro
05 - Libertine
06 - Se Eu Tivesse Olho Azul
07 - Se Você Sorrir
08 - Motivos pra Chorar 
09 - Neura
10 - Sexy Girl

Você pode ouvir todas as canções e até baixá-las gratuitamente, se quiser, no endereço: 
https://soundcloud.com/donaneura

Não deixe de experimentar e saborear o som pesado dos meninos roqueiros de MOC. Entre lá, ouça, opine, elogie, critique, mas sempre com a melhor das intenções. 
Um grande abraço espinosense.

1405 - O sonho de muitos, a realização de poucos

O vídeo é de propaganda, mas isso pouco me interessa. O que me chamou a atenção foi a história que se repete por todo o mundo com as crianças e jovens apaixonados pelo futebol. 
Trata-se do sonho de se tornar um astro da bola, compartilhado por milhões e realizado por bem poucos. Mas sonhar é preciso, e quem não sonha não desfruta completamente essa nossa fugaz vida terrena.
Boa sorte ao Alberto e que o seu sonho se realize nos excelentes gramados da Europa, defendendo as cores de um grande time inglês ou de qualquer outra parte do mundo. Que ele faça real o meu sonho, o sonho do meu Ricardinho e de milhões de garotos que não puderam fazer o sonho se materializar.
Um grande abraço espinosense.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

1404 - Velhas imagens de Espinosa

Em pesquisa recente realizada no site do IBGE, consegui encontrar cinco velhas fotografias de Espinosa, de autoria do fotógrafo Nilo Bernardes, de quem desconheço completamente a história. Conforme informações retiradas do site, as fotografias são do ano de 1962, mês de fevereiro. Coincidentemente, 1962 é o ano do meu nascimento. Deve ser por isso que não consegui, mesmo com uma observação bastante rigorosa, descobrir onde elas foram tiradas. 
Mas de qualquer maneira, está lá registrado no site do IBGE como sendo fotografias de Espinosa. Duas delas mostram um galpão construído para proteção e estacionamento de caminhões. Outra mostra samambaias à beira da estrada. E outras duas mostram uns caminhões FNM (lembram-se deles?) parados na estrada e outra, uma Rural passando. Mostro elas para vocês logo abaixo.
Um grande abraço espinosense.






1403 - O começo do fim

As previsões vinham sendo feitas por entendidos em comunicação no mundo todo há algum tempo. A Internet, com sua força avassaladora e alcance mundial, iria causar estragos significativos na imprensa como um todo. Transformações profundas já aconteceram com o rádio, com o cinema, com a televisão, com a música. O tempo não para, muito menos a tecnologia. 
Mudanças sempre acontecem no mundo o tempo todo. Ditadores caem. Governos passam. Empresas desaparecem. Poderosos empobrecem. Riquezas mudam de mãos. A vida muda a cada instante. No caso da comunicação, não poderia ser diferente, e os sintomas de que tudo está se modificando em tempo recorde já podem ser notados. Alguns jornais impressos passaram a existir apenas no plano digital. Revistas desaparecem a cada dia. Demissões nas organizações jornalísticas são assuntos corriqueiros. É, o negócio está ficando complicado para muitos que se achavam intocáveis.
A mais recente notícia sobre essa revolução na mídia, que já algum tempo vem ocorrendo, sem muito estardalhaço, é a saída de circulação de uma das mais prestigiadas publicações masculinas do mundo, distribuída no Brasil há 40 anos pela Editora Abril, a revista Playboy. 
Fundada por Hugh Hefner em 1953, a primeira edição norte-americana da Playboy estampou na capa a então iniciante atriz Marilyn Monroe, que mais tarde viria se tornar o maior ícone sexual do mundo. Distribuída em cerca de 40 países, a revista se especializou em mostrar belas mulheres nuas, em publicar dicas de moda, carros, bebidas e viagens e reportagens de alto nível. Recentemente, o seu fundador, Heffner, decidiu não publicar mais, na edição norte-americana, fotografias de mulheres completamente nuas, passando a investir apenas em imagens sensuais, para não ter a dura concorrência da Internet. Mas deu liberdade a todas as edições dos outros países a decidirem o que fazer. 
No caso do Brasil, a notícia da descontinuidade da edição da revista, pega quase todos de surpresa. Conforme comunicado da Editora Abril, a derradeira edição será a de dezembro deste ano. Eu, como assinante há mais de 20 anos, sentirei falta desta revista muito bem produzida, sempre com reportagens de alto gabarito, mulheres de grande beleza, dicas úteis de cinema e música, muito humor e entrevistas esclarecedoras com pessoas de grande importância. 
A queda da Playboy brasileira só confirma o processo de decadência das publicações nacionais, em especial da Editora Abril, outrora tão poderosa e que enfrenta sérias dificuldades financeiras, e vê a cada dia a diminuição dos seus leitores e das vendas, o que acaba ocasionando demissões de pessoal, corte de custos e a venda e extinção de muitas das suas revistas.
O mundo gira, as coisas mudam e o futuro chega rápido para todos. Ninguém fica no topo o tempo todo e o poder muda de mãos, sempre, não importa quanto tempo demore.
Um grande abraço espinosense.



terça-feira, 17 de novembro de 2015

1402 - O que faz de nós seres humanos?

Às vezes bate em meu peito uma sensação estranha de desânimo, de descrença no mundo e nos seres humanos. Na convivência diária nesta nossa dura peregrinação terrena, temos contato com gente de todo tipo, gente de bom coração e gente maquiavélica. Constantemente me assusto com o que certas pessoas conseguem fazer. Agora mesmo, assistimos incrédulos e chocados a mais uma insanidade, perpetrada por terroristas jihadistas na França. De onde vem tanto ódio? Por que esse sentimento tão terrível se espalha por todo o mundo, ao contrário do que pregou o nosso irmão Jesus?
Assim, com tamanho desvario, fica no ar a interrogação: o que faz de nós seres humanos?
Esta última pergunta é o centro da questão do belíssimo filme "Human", de Yann Arthus-Bertrand, um comovente convite à reflexão. Yann é um renomado fotógrafo especialista em imagens aéreas e lutador sem tréguas em defesa da ecologia.
No seu filme de extraordinária beleza, a boa música acompanha espetaculares imagens da Natureza por ele capturadas das alturas, entremeadas a emocionantes depoimentos de gente de várias nações e classes sociais. São pessoas de todos os tipos, cada uma delas com a sua instigante história de vida. Histórias que envolvem o amor ou a falta dele. Algumas tristes, desoladoras, revoltantes; outras, inspiradoras, cheias de alegria, com a força de reacender a esperança de dias melhores para a Humanidade. Muitas delas, de tão comoventes, não nos deixam outra opção a não ser derramar lágrimas pela face. 
Entre os inúmeros depoimentos, estão o de personalidades conhecidas, como o ex-presidente uruguaio José Mujica ou a atriz norte-americana Cameron Diaz. Ou o da desconhecida senhora Devi, da Índia. Ou o da senhora Zongying, da China. Ou o do jovem Leonard, dos Estados Unidos. Ou o do senhor Donato, do México. Ou ainda o da nossa compatriota Maria, que nos dá humildemente uma verdadeira e enternecedora lição de vida, ao comprovar que pode-se sim, ser feliz com muito pouco.  
A obra, produzida pela Bettencourt Schueller Foundation e projetada pela The GoodPlanet Foundation, é de uma beleza ímpar, de uma profundidade perturbadora, um panorama vasto e verdadeiro das vidas humanas, das experiências do convívio entre pessoas, casais e famílias, uma viagem profunda na alma de todos nós.
Conforme as palavras do seu criador: "Eu sou um homem entre sete bilhões de outros homens. Nos últimos 40 anos, eu estive fotografando o nosso planeta e sua diversidade humana, e eu tenho a sensação de que a Humanidade não está fazendo nenhum progresso. Nem sempre estamos conseguindo viver juntos. Por que isso? Eu não procurei por uma resposta em estatística ou análise, mas no próprio homem. Eu sonhei com um filme em que o poder das palavras ampliasse a beleza do mundo." E ele conseguiu. Depois de três anos fazendo entrevistas com mais de duas mil pessoas em 60 países, inclusive no Brasil. Para auxiliá-lo nesta tarefa hercúlea, ele contou com um time de tradutores, cameramen e jornalistas.
O resultado é espetacular, um documento de valor inestimável. Uma oportunidade única de parar, olhar, escutar, se emocionar, chorar, rir e refletir profundamente sobre o que estamos fazendo aqui neste planeta. E a pergunta se repete: o que faz de nós seres humanos?
Eu sou um otimista! E acredito plenamente que o mundo tem, na sua imensa maioria, gente de bom coração. Mas os que não tem, costumam fazer um estrago enorme. Não só na vida dos seus colegas de caminhada, como também nesta nave linda e fantástica que nos abriga tão generosamente.
Não deixe de assistir ao filme. Não perca a chance de visualizar uma obra maravilhosa, que toca fundo o nosso coração e nos instiga a buscar sentido na nossa existência. Ele fala de gente. Somos gente e gente é a coisa mais importante do mundo. 
Um grande abraço espinosense.

Assista no endereço abaixo as três partes do filme:
https://www.youtube.com/channel/UC4mGRD3WLYVVc4JI5LrXxUw

 










segunda-feira, 16 de novembro de 2015

1401 - Peladeiros da AABB MOC homenageiam Luizinho

Ainda consternados pelo inesperado falecimento de Luiz Nunes dos Santos, o Luizinho, os seus colegas peladeiros da Associação Atlética Banco do Brasil de Montes Claros realizaram um torneio de futebol society na manhã deste domingo para homenageá-lo. 
Quatro equipes mescladas de jovens e veteranos disputaram um troféu que levava o seu nome. Na primeira partida, o time verde ganhou do time rosa. Na segunda, o time azul venceu o time branco na disputa de pênaltis. Na disputa do terceiro lugar, o time branco saiu vencedor. No jogo que valia o título do torneio, empate por 2 x 2 e nova disputa nos pênaltis, com vitória do time verde.
O presidente da AABB, Mauro Rodrigues, aproveitou a oportunidade para, na presença dos filhos de Luizinho, reiterar o carinho e o respeito que toda a turma de peladeiros do clube tinha por ele. Fez ainda, com ajuda dos membros da diretoria, Mauro Ramires e Denarte, e do peladeiro Luiz Manna, a entrega aos filhos dele ali presentes, de uma placa, medalhas e uma camisa de número 13, confeccionadas em sua homenagem.
Terminada a partida final do torneio, os peladeiros se reuniram no espaço recentemente batizado como Área de Resenha Luiz Nunes dos Santos, para uma animada confraternização.
Luizinho, como era conhecido por todos, era um apaixonado torcedor do Atlético e, com seu bom humor e sua alegria contagiante, enchia o saco dos amigos cruzeirenses com suas brincadeiras e gozações, mas sempre em clima de muita amizade e grande harmonia.
Eu gostava muito dele e sempre nos demos muito bem. Lamento não poder estar presente no velório, no sepultamento e na missa de sétimo dia, pois só tomei conhecimento da sua partida mais de uma semana depois do ocorrido, infelizmente.
Luizinho e sua alegria vão fazer muita falta no clube, certamente. Que descanse em paz!
Um grande abraço espinosense.