Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

1357 - Os novos trens de passageiros da Vale

Bastante utilizado na Europa, com locomotivas rápidas, potentes e modernas, o transporte ferroviário de passageiros foi praticamente extinto no Brasil há pouco mais de 15 anos. Até o velho trem que transportava passageiros da nossa vizinha Monte Azul até Montes Claros parou de funcionar, deixando uma enorme carência no Norte de Minas e uma saudade doída do chamado "Trem Baiano" nos nossos corações.
A história do transporte ferroviário no Brasil começou com a "Baroneza", a locomotiva do primeiro trem a funcionar no Brasil, no ano de 1854, por conta de Irineu Evangelista de Souza, então o Barão de Mauá. A ferrovia, chamada de Estrada de Ferro Petrópolis ou Estrada de Ferro Mauá, ligava a Baía de Guanabara a Raiz da Serra, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. A segunda ferrovia brasileira, que ligava Recife a São Francisco, foi inaugurada em 1858. Outra ferrovia, a Estrada de Ferro Dom Pedro II, passou, em 1889, a se chamar Estrada de Ferro Central do Brasil, e foi de fundamental importância no desenvolvimento do país, ligando os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, fazendo o transporte de cargas e passageiros. Outras ferrovias também foram criadas em várias regiões do país, como o Sul e o Nordeste, naquele tempo.


Para unificar as 42 ferrovias existentes à época, em 30 de setembro de 1957, foi criada a Rede Ferroviária Federal, a popular RFFSA, que faria a administração dos sistemas regionais e que traria a implantação das primeiras locomotivas a diesel. No ano de 1996, no governo de Fernando Henrique Cardoso, a Rede Ferroviária Federal foi privatizada e as suas linhas divididas por várias empresas, que, por motivos essencialmente econômicos, passaram a explorar apenas o transporte de cargas, levando o transporte de passageiros no país ao quase completo desaparecimento.
Em 1997, o Governo Federal outorgou à Companhia Vale do Rio Doce a concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas e da Estrada de Ferro Carajás, que ainda hoje mantém o transporte de passageiros. E são essas ferrovias que tiveram investimentos recentemente, com aquisição de vagões modernos e confortáveis para os passageiros.
A Estrada de Ferro Carajás, cujas obras se iniciaram em 1982 e foram finalizadas em 1985, tem a sua história ligada à criação, desenvolvimento e exploração do Projeto Grande Carajás. O serviço de transporte de passageiros da ferrovia liga as cidades de Parauapebas, no Pará, à capital do Maranhão, São Luís, sendo uma excelente opção de transporte seguro e mais barato para a população da região. O trem sai de São Luís às segundas, quintas e sábados às 8 horas e de Parauapebas às 6 horas nas terças, sextas e domingos, passando por 15 pontos de parada em 16 horas de viagem. Cerca de 1300 passageiros são transportados em cada viagem. No ano passado foram cerca de 307 mil passageiros. 
No novo trem, mais moderno e confortável, lançado neste ano para comemorar os 30 anos da Vale no Pará e no Maranhão, os passageiros contam com carro lanchonete, ar-condicionado, televisão, iluminação em LED, monitoramento com circuito interno de TV, sistema automático de abertura e fechamento de portas, fraldário, ambulatório e vagão para portadores de deficiência. 




A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) opera o único trem de passageiros diário no Brasil, ligando duas regiões metropolitanas: Cariacica (ES) a Belo Horizonte (MG). Em funcionamento desde 1907, o serviço transporta cerca de um milhão de passageiros por ano e 40% da carga ferroviária brasileira, percorrendo 664 quilômetros de belas paisagens e regiões de importância histórica, em uma viagem de aproximadamente 13 horas. A nova frota do trem da Vale custou investimentos da ordem de US$ 80,2 milhões e trará um carro dedicado aos cadeirantes, com mais espaço e elevador para cadeira de rodas. Proporcionará também aos usuários carro-restaurante com serviço de refeição completa e lanches rápidos, além de carros econômicos com ar condicionado, televisões, tomadas de energia e mesas para refeição. Serão disponibilizados 10 novos vagões de classe executiva com poltronas mais largas e inclinação maior para conforto dos passageiros. Fabricados na Romênia, os vagões do novo trem obedecem a padrões europeus de qualidade. Serão ao todo, 56 novos carros, sendo 10 executivos e 30 econômicos. Cada carro executivo da EFVM tem capacidade para transportar 57 passageiros. Já nos econômicos, há 75 lugares. A passagem custa R$ 95,00 na classe executiva e R$ 62,00 na econômica.
Fonte: vale.com
Sonhar nunca é demais. Já imaginou se tivéssemos um desses passando por Espinosa em direção a Belo Horizonte e Salvador? Quem sabe um dia?
Um grande abraço espinosense.










Nenhum comentário: