Espinosa, meu éden

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sexta-feira, 20 de março de 2015

1206 - Sniper Americano, a dureza da guerra e suas consequências nefastas

Finalmente os filmes concorrentes ao Oscar 2015 estão entrando em cartaz na cidade de Montes Claros. Um deles, candidato derrotado ao prêmio de melhor filme, a produção assinada por Clint Eastwood e estrelada por Bradley Cooper, "Sniper Americano", é uma obra perturbadora. Se alguém for ao cinema apenas em busca de ação e suspense, até que sairá satisfeito. Entretanto, se for assistir ao filme com a intenção de ver uma obra cinematográfica baseada em uma história real, mostrando todas as incertezas e dificuldades inerentes a um ser humano, ainda mais um sujeito excepcional na sua função, considerado um herói nacional nos Estados Unidos, aí sim, deixará a sala escura com a sensação de expectativa saciada.
Como sempre, em se tratando de cinema de Hollywood, é preciso dar um desconto ao clima de patriotismo exacerbado que, inevitavelmente, acompanha toda a trama. Concentre-se nas dúvidas e indecisões do protagonista, seja no seu relacionamento com a esposa e seus filhos, seja nas perturbadoras situações em que tem que decidir em segundos sobre a vida dos outros ou ainda na difícil readaptação à vida normal em família após a volta para casa.
O filme "Sniper Americano" é baseado no livro autobiográfico de Chris Kyle, atirador de elite dos Seals, que conforme o Pentágono, abateu mais de 150 inimigos na guerra contra o terror em várias incursões ao Iraque e a outras zonas de combate.


Em 2013, Chris Kyle foi assassinado a tiros junto com seu vizinho Chad Littlefield por um veterano da guerra do Iraque, Eddie Ray Routh, de 25 anos, que sofria de estresse pós-traumático. O assassino foi condenado à prisão perpétua em 24 de fevereiro deste ano após um julgamento realizado no Texas, nos Estados Unidos.
Chris Kyle, o jovem herói americano inexplicavelmente morto aos 38 anos, ajudava veteranos de guerra com problemas de estresse pós-traumático e dificuldades de adaptação à nova vida depois de retornarem de missões nos campos de batalha, sobretudo no Iraque.

O verdadeiro Chris Kyle
O filme merece a atenção que despertou na mídia, pela sua boa história e pelas boas atuações, além da precisa direção do mito Clint Eastwood. Repare apenas na cena em que Kyle embala o seu bebê, que acabou virando motivo de piadas na web.
Um grande abraço espinosense.

Ficha Técnica:
Título original: American Sniper
Gênero: Drama, Ação
Produção: EUA, 2014, Cores, 132 min.
Diretor: Clint Eastwood

Elenco:
Bradley Cooper (Chris Kyle)
Sienna Miller (Taya Renae Kyle)
Max Charles (Colton Kyle)
Luke Grimes (Marc Lee)
Kyle Gallner (Goat Winston)
Sam Jaeger (Capitão Martens)
Jake McDorman (Biggles)
Cory Hardrict ('D' / Dandridge)
Navid Negahban (Xeique Al-Obodi)
Eric Close (Agente Snead da DIA)
Eric Ladin (Squirrel)
Joel Lambert (Atirador Delta)
Rey Gallegos (Tony)
Kevin Lacz (Dauber)
Brian Hallisay (Capitão Gillespie)
Jonathan Groff (Vet jovem)
Ben Reed (Wayne Kyle)
Billy Miller (O cara da Marinha que recruta Kyle na Navy Seals)
Elise Robertson (Debby Kyle)
Keir O'Donnell (Jeff Kyle)
Marnette Patterson (Sarah)
Jason Hall (Cowboy)
Leonard Roberts (Instrutor)
Sammy Sheik (Mustafa)

Um comentário:

Unknown disse...

O elenco foi definitivamente o melhor do filme. Foi amplamente divulgado o trailer do “Filme American Sniper”, de Clint Eastwood e estrelado por Bradley Cooper. O longa é baseado no livro de Chris Kyle, homem que foi atirador de elite do exército americano. O objetivo do filme é mostrar como ele, apesar do aparente sucesso profissional, teve tantos problemas pessoais. Francamente, eu esperava muito mais de American Sniper. Não apenas porque ele é dirigido pelo veterano Clint Eastwood. Que esse sim entende de cinema. Mas porque acho que desde The Hurt Locker a guerra não deveria mais ser vista da forma tradicional. Aqui, infelizmente, ela é. E isso é frustrante. Para este filme de Clint, existe claramente um lado bom, um lado justo e que faz sentido, enquanto o outro lado não tem voz e nem argumento. Visão simplista, mais uma vez. Uma pena. Minha nota, se fosse outro diretor por trás de American Sniper, seria ainda menor. Mas respeito demais o Clint para dar-lhe menos que 7. De qualquer forma, para mim, este filme está longe de ser um dos melhores de 2014. Bem feito, verdade. Mas tantos outros filmes vazios são bem feitos… Dá para dispensá-lo sem culpa.