Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

614 - Os indicados ao Oscar 2013

Nesta quinta-feira, dia 10 de janeiro, foram divulgados os nomes das produções cinematográficas que irão concorrer ao mais cobiçado prêmio da indústria do cinema mundial, o Oscar.
Como já era esperado, o filme "Lincoln", de Steven Spielberg, foi o que mais conquistou indicações, doze ao todo. A interessante produção "As Aventuras de Pi" surpreendeu, com indicações em onze categorias. Outras adoráveis surpresas foram as indicações para melhor atriz de Emmanuelle Riva, de 85 anos, pelo filme "Amor" e de Quvenzhané Wallis, de 9 anos, pelo filme "Indomável Sonhadora".
A cerimônia de entrega dos prêmios do Oscar acontecerá em Los Angeles, no Dolby Center Theater, em 24 de fevereiro.
Já assisti a dois dos indicados a melhor filme: "Argo" e "As Aventuras de Pi". Como bom apostador, acho que Steven Spielberg leva o prêmio de melhor diretor, Daniel Day Lewis ganha como melhor ator, Emmanuelle Riva fatura o prêmio de melhor atriz e "Lincoln" será escolhido o melhor filme.
Os filmes com maior número de indicações foram:
Lincoln - 12 categorias
As Aventuras de Pi - 11 categorias
O Lado Bom da Vida - 8 categorias
Os Miseráveis - 8 categorias
Argo - 6 categorias
A Hora Mais Escura - 5 categorias
Os indicados às principais categorias são:

MELHOR FILME:
A Hora Mais Escura
Amor
Argo
As Aventuras de Pi
Django Livre
Indomável Sonhadora
Lincoln
O Lado Bom da Vida
Os Miseráveis
Filme "Lincoln"

MELHOR ATOR:
Daniel Day-Lewis (Lincoln)
Denzel Washington (O Voo)
Hugh Jackman (Os Miseráveis)
Bradley Cooper (O Lado Bom da Vida)
Joaquin Phoenix (O Mestre)

MELHOR ATRIZ:
Naomi Watts (O Impossível)
Jessica Chastain (A Hora Mais Escura)
Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida)
Emmanuelle Riva (Amor)
Quvenzhané Wallis (Indomável Sonhadora)
Atriz Emmanuelle Riva
MELHOR DIRETOR:
David O. Russel (O Lado Bom da Vida)
Ang Lee (As Aventuras de Pi)
Steven Spielberg (Lincoln)
Michael Haneke (Amor)
Benh Zeitlin (Indomável Sonhadora)

MELHOR ATOR COADJUVANTE:
Christoph Waltz (Django Livre)
Alan Arkin (Argo)
Tommy Lee Jones (Lincoln)
Philip Seymour Hoffman (O Mestre)
Robert de Niro (O Lado Bom da Vida)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE:
Sally Field (Lincoln)
Anne Hathaway (Os Miseráveis)
Jacki Weaver (O Lado Bom da Vida)
Helen Hunt (As Sessões)
Amy Adams (O Mestre)

MELHOR FILME ESTRANGEIRO:
Amor, de Michael Haneke (Áustria/Alemanha)
No, de Pablo Larraín (Chile)
War Witch, de Kim Nguyen (Canadá)
O Amante da Rainha, de Nikolaj Arcel (Dinamarca)
Kon Tiki, de Joachim Rønning e Espen Sandberg (Noruega)

MELHOR ANIMAÇÃO:
Frankenweenie
Piratas Pirados!
Paranorman
Detona Ralph
Valente
Animação "Detona Ralph"
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL:
Flight
A Hora Mais Escura
Django Livre
Amour
Moonrise Kingdom

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO:
Argo
Indomável Sonhadora
Lincoln
O Lado Bom da Vida
As Aventuras de Pi
 

613 - Quando ainda não havia estrada

Quem hoje em dia pega a estrada para viajar pelo país e tem à sua disposição rodovias asfaltadas por todo lado, talvez nem imagine como era difícil e complicado percorrer pequenas distâncias em uma época não tão distante assim. Lembro-me bem que no ano de 1988, exatamente no mês de agosto, quando nasceu o meu primeiro filho, Ricardo, fui até Montes Claros acompanhar o seu nascimento. Havia asfalto apenas no trecho entre Montes Claros e Janaúba. Eu possuía um Chevette na época e alguns dias após o nascimento de Ricardo, voltamos para casa. Estava sendo iniciado o asfaltamento do trecho entre Janaúba e Espinosa, ainda na fase da terraplenagem. Foi uma verdadeira odisseia o que passamos. Caminhões e máquinas na pista e dezenas de desvios a enfrentar. Quando passávamos em alguns desvios, a poeira era tamanha que encobria totalmente o carro, dificultando sobremaneira a possibilidade de enxergar alguma coisa à frente. E não havia como impedir que ela invadisse o interior do carro. Foram horas e horas na estrada enfrentando poeira, desvios e algumas paradas obrigatórias, até que finalmente chegamos vivos em casa. Vivos, mas completamente empoeirados, dos pés à cabeça. Coitado do pequenino Ricardo, todo embrulhado e totalmente coberto pela poeira do Sertão das Minas Gerais. Mas é assim que nasce o sertanejo, com muita fé e determinação para enfrentar as agruras dessa nossa dura vida.
Abaixo estão algumas velhas fotografias encontradas no Arquivo Público Mineiro, que mostram a construção de uma estrada de terra da cidade de Matias Cardoso para Espinosa por volta de 1925. Observem que tudo era feito por trabalhadores braçais, nada de máquinas. Uma verdadeira batalha contra a natureza! A todos esses anônimos operários o nosso eterno respeito e admiração.
Um grande abraço espinosense.





612 - Rodolpho Bernardelli, o mestre das esculturas

José Maria Oscar Rodolpho Bernadelli, grande escultor e professor mexicano, naturalizado brasileiro em 1874, nasceu na cidade de Guadalajara, México, em 18 de dezembro de 1852 e faleceu no Rio de Janeiro, aos 7 de abril de 1931, aos 78 anos.
Por volta de 1866, sua família saiu do México e, depois de passar pelo Chile e pela Argentina, fixou residência no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul. A convite do imperador Dom Pedro II, a família mudou-se para o Rio de Janeiro. Entre 1870 e 1876, estudou na Academia Imperial de Belas Artes, onde teve aulas de escultura estatuária com o professor Francisco Manoel Chaves Pinheiro. Ganhou como prêmio pelo seu trabalho, uma viagem para a Europa, onde estudou em Paris e Roma. Em Roma, teve como mestres os irmãos Giulio e Achilles Monteverde, com quem aprendeu a trabalhar o mármore. Depois de nove anos na Itália, Bernardelli voltou ao Brasil em 1885, sendo nomeado professor de escultura estatuária na Academia Imperial de Belas Artes e como diretor na recém-criada Escola Nacional de Belas Artes. Como já se tornara um artista reconhecido, contando com a simpatia da família imperial, ele passou a receber uma série de encomendas de trabalhos, incluindo alguns monumentos de grande porte. 
Rodolpho Bernardelli permaneceu à frente da Escola de Belas Artes até 1915, quando foi afastado do cargo depois de um movimento de professores e alunos. Se aposentou no ano seguinte. Já bem idoso, retornou à ENBA para receber uma homenagem feita por seu aluno Correia Lima, um busto seu. Morreu em abril de 1931.
Sua obra inclui belas esculturas tumulares, monumentos comemorativos e bustos de personalidades, entre elas as estátuas que ornamentam o prédio do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, o Lampadário da Lapa, os bustos de Gonçalves Dias, de Dom Pedro II, da Princesa Isabel, do Visconde do Rio Branco e de Alberto Nepomuceno, os monumentos a Carlos Gomes, ao General Osório, ao Barão do Rio Branco, ao Visconde de Mauá, a Dom João VI, a Cristiano Ottoni, uma estátua de Dom Pedro I para o Museu Paulista da Universidade de São Paulo e uma estátua de Pedro Álvares Cabral.
Um grande abraço espinosense.