Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

340 - Sílvio Ribeiro da Cruz, um exemplo de dignidade e honradez

Recebi com muita tristeza a notícia do falecimento do ex-prefeito de Espinosa Sílvio Ribeiro da Cruz, farmacêutico de enorme prestígio na nossa cidade. Ele faleceu no domingo passado, dia 5 de fevereiro. 
Sílvio Ribeiro da Cruz foi o sétimo prefeito da cidade de Espinosa, tendo administrado a cidade no período de 31 de janeiro a 30 de julho de 1951, por apenas seis meses. Dizem que ele se decepcionou rapidamente com a política, ao assumir o cargo de prefeito e perceber as engrenagens do poder. Ele afastou-se do cargo por licença aprovada pela Câmara Municipal, tendo assumido o seu vice, Ursulino Salles. A Câmara de Vereadores na época era formada por Azemar Sepúlveda, Ascendino Ribeiro, Aristides José Tolentino, Durvalino Silveira Tolentino, Joaquim Antunes de Freitas, Júlio Francisco de Figueiredo, Azemar José Tolentino, Sinval da Silva, Tiburtino da Silveira Tibo, Alberto Cruz, Raimundo Gomes e Osvaldo Silva.
Sêo Sílvio sempre trabalhou ali na sua farmácia na Rua Dom Lúcio, n° 14, onde fazia muito mais do que vender e indicar medicamentos. Para muitas pessoas ele era como um médico, sempre pronto e disposto a curar as suas dores e males. Era uma pessoa das mais dignas e honestas que eu já conheci em minha vida. Jamais, em nenhum momento da minha já longa existência, ouvi qualquer comentário depreciativo sobre a conduta de Sêo Sílvio e o tenho como um exemplo de comportamento e moral inatacáveis. Mesmo com uma situação econômico-financeira das melhores, Sêo Sílvio sempre se manteve discreto, sem jamais demonstrar soberba e vaidade e sem nunca dispensar a rotina diária de se dirigir ao seu local de trabalho para cumprir a sua edificante missão.
Alguns podem até ter conhecimento de defeitos seus, mas quem não os tem? Qual ser humano não tem as suas fragilidades e os seus pequenos desvios de conduta? Só tenho certeza de que carregarei para sempre na memória a figura esguia, discreta, honesta, digna, exemplar e admirável do Sr. Sílvio Ribeiro da Cruz, um exemplar raro, nesses nossos tempos nebulosos e turbulentos, de respeitabilidade e retidão. A cidade de Espinosa perde um dos seus grandes homens.
À Dona Geralda, Silvinho e ao meu grande amigo Célio, os meus sinceros sentimentos de tristeza e pesar.
Um grande abraço espinosense.
Uma fotografia da antiga casa de Sêo Sílvio Ribeiro ali
na Praça Antonino Neves

339 - Uma final histórica no Torneio de Futsal 20 Anos da AABB Espinosa

Nas décadas de 80 e 90, em Espinosa, o futebol de salão viveu uma das suas melhores fases, com grandes times participando de vários campeonatos promovidos pelos clubes da cidade. Nessa época os times contavam com jogadores de grande qualidade técnica como Marinho, Madurinho, Racine, Walter, Marquinhos, Rogerinho, Júlio, Doidinho, Célio, entre outros. A rivalidade era intensa, o que resultava em partidas disputadíssimas e sensacionais. Outra particularidade positiva era a participação entusiasmada do público que, embalado pelas charangas, lotavam as quadras dos clubes da cidade, principalmente da AABB e da Toca dos Craques, para torcer pelos seus times.
Nas comemorações dos 20 anos da fundação da Associação Atlética Banco do Brasil em Espinosa (19.04.1972), a diretoria do clube, que tinha como presidente Carlos Magno Tolentino Vieira e como diretor de esportes José Carlos Dias Teixeira (Carlão), promoveu um torneio de futebol de salão com a participação de 13 equipes, divididas em dois grupos. No grupo A ficaram AABB, Drogaria União, Cerâmica Caraíbas, Cerealista Antunes, Toca dos Craques e Prefeitura Municipal. No grupo B estavam A Construtiva, Polícia Militar, Gontijo, Foto Wagner, Drogaria Ribeiro, Transnorte e Supermercado Souza Martins.
Na fase final disputaram o 3° lugar as equipes da Toca dos Craques e d´A Construtiva em um jogo de muitos gols. O título de campeão da competição foi decidido em uma partida sensacional e emocionante entre as equipes da Prefeitura Municipal e do Supermercado Souza Martins. Depois de uma disputa espetacular no tempo normal de jogo, a decisão foi para a prorrogação. Como naquela época vigorava a regra do "gol de ouro", em que o time que marcasse um gol primeiro ganhava o jogo, ainda no primeiro tempo da prorrogação saiu o vencedor. 
Para manter o suspense e aumentar a curiosidade daqueles que não viveram aquele grande momento do futebol de salão da cidade, não vou revelar o resultado final dos jogos. Você saberão de todos os detalhes depois de assistir aos vídeos postados abaixo.
Uma das atrações desses vídeos é a transmissão bem engraçada que fizemos dos jogos, de maneira bem amadora, mas muito interessante. A equipe que transmitiu o jogo teve como narrador Flori Rocha. Os comentaristas foram Fonso Castro e Xará do Banco do Brasil. Eu "trabalhei" como repórter, fazendo entrevistas com os jogadores e os técnicos dos times. O árbitro foi Geu, que faleceu há pouco tempo, e o seu assistente foi Tone Muriçoca.
Outra coisa a se observar nesses vídeos é a presença de alguns amigos nossos que já se foram, como Dedé de Tone Fumim, Geu e Marinho. Vale a pena gastar um pouquinho do seu tempo e ver como era animado o futebol de salão daqueles bons tempos.
Um grande abraço espinosense.