Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

sábado, 4 de junho de 2011

141 - Espinosenses pelo mundo: Quinto Alves Tolentino, pai de Dona Risoleta Guimarães Tolentino Neves

Dia desses, recebi um e-mail de um espinosense radicado em Rio Bonito, no interior do Rio de Janeiro, o Deocleciano Nogueira Aguiar, solicitando uma publicação a respeito da esposa do ex-presidente Tancredo Neves, que dá nome ao hospital da cidade de Espinosa, Dona Risoleta Guimarães Tolentino Neves. Há dúvidas quanto ao local de seu nascimento, conforme pude apurar. Alguns defendem a ideia de que ela nasceu em Espinosa. Mas oficialmente o seu nascimento deu-se na cidade de Cláudio-MG, aos 20 de julho de 1917. O que não suscita dúvidas é que o seu pai, Quinto Alves Tolentino é filho de Espinosa.
O berço da família Guimarães Tolentino é a Fazenda da Mata. Quinca Barão (Joaquim da Silva Guimarães) e Mingote (Domingos da Silva Guimarães), dois irmãos, constituem o tronco de uma das mais importantes famílias de Cláudio. Ao Quinca Barão deve o município de Cláudio os seus primeiros grandes benefícios, como luz elétrica, ligação ferroviária, telefônica e início da educação escolar, e a seu irmão, iniciativas no setor da agropecuária.
A família Tolentino uniu-se à família Guimarães, por intermédio de Quinto Alves Tolentino, que lá se casou com dona Maria Guimarães Tolentino (dona Quita), em 8 de dezembro de 1914, tornando-se genro de Mingote.
A princípio, quando aconteceu o casamento, Quinto Alves foi morar com dona Quita na Fazenda da Mata. Ele era natural da Freguesia dos Lençóis do Rio Verde, atual Espinosa, na divisa de Minas e Bahia e representava diversas firmas comerciais do Rio de Janeiro pelo interior de Minas Gerais e outros Estados. Lá se estabeleceu e constituiu família numerosa, na qual se sobressaíram homens públicos como o Dr. Edson Guimarães Tolentino (ministro do Tribunal de Contas da União), Dr. Oswaldo Guimarães Tolentino (ex-deputado estadual), Sr. Múcio Guimarães Tolentino (ex-prefeito de Cláudio), Sr. Quinto Guimarães Tolentino e Domingos Guimarães Tolentino (proprietários rurais).
Com a filha única de Quinto Alves Tolentino —  Risoleta Guimarães Tolentino — casou-se, em 25 de abril de 1938, o Dr. Tancredo de Almeida Neves (04-03-1910 - 21-04-1985), ex-deputado federal, ex-ministro de Estado e ex-presidente da República, de tradicional família de São João del-Rei.
Solar dos Neves em São João del-Rei

Momento histórico: Tancredo Neves entre Dona Risoleta
e o deputado Ulysses Guimarães no Congresso Nacional,
após a vitória no Colégio Eleitoral

Momento de tristeza: o falecimento de Tancredo Neves em 1985

Dona Risoleta e o neto Aécio Neves na Fazenda da Mata
Sete anos depois da união das famílias, Quinto Alves Tolentino construiu um casarão, na antiga rua Rio de Janeiro, de nº 270, hoje Av. Presidente Tancredo Neves, em Cláudio, onde criou a família e morou até o seu falecimento. Ao lado construiu uma casa, onde instalou uma loja de armarinhos e tecidos, utilizando duas grandes portas (onde hoje estão duas janelas próximas), com nome de “A Primavera”, que funcionou durante alguns anos. O casarão, onde foi criada grande parte da família Tolentino, inaugurado em 1923, foi destruído por um incêndio em 1964, e hoje é ocupado como adega da Cachaça Mingote.
Dona Quita, que se enviuvou cedo, contou com seus pais para criar a grande família, na Fazenda da Mata, que ela considerava ‘um céu aqui na Terra’. A sede é de rara beleza arquitetônica, tendo a valorizá-la os interiores com móveis antigos e numerosas obras de arte — pintura e escultura — tudo obedecendo ao bom gosto e à sensibilidade de Dona Risoleta.
Dona Risoleta faleceu em um domingo, 21 de setembro de 2002, no Hospital Copa D´Or, no Rio de Janeiro, aos 86 anos de idade, vítima de complicações decorrentes de diverticulite, coincidentemente a mesma doença que havia vitimado seu marido Tancredo Neves. Teve três filhos: Inês Maria Tolentino Neves (1939), mãe do senador Aécio Neves, Maria do Carmo Tolentino Neves (1941) e Tancredo Augusto Tolentino Neves (1943). O seu corpo está enterrado no Cemitério da Igreja de São Francisco de Assis em São João del-Rei.
Fontes: mingote.com.br e Wikipedia.

140 - Espinosenses pelo mundo: Frei João Pereira dos Santos

Do sonho do Irmão Augusto Gonçalves, acompanhado em seguida pelo Irmão Júlio César, surgiu a Casa da Hospitalidade São João de Deus, na pequena cidade de Aparecida do Taboado, em Mato Grosso so Sul, quase na divisa com São Paulo, com pouco mais de 20 mil habitantes. O lema é: "Se alguém está doente, em solidão ou grave carência, ligue Irmãos de São João de Deus". A missão é levar apoio aos necessitados, em que lugar ou situação estejam. São visitas a enfermos nos hospitais, doação de alimentos, ajuda às pessoas deficientes e aos idosos, reparações em casas degradadas, combate ao alcoolismo, encontros bíblicos e disseminação da palavra de Deus. Entre os irmãos integrantes dessa associação de caridade, encontra-se um espinosense. Veja aqui.
Frei João Pereira dos Santos nasceu em Espinosa-MG, no dia 15 de junho de 1971, em uma família de 11 irmãos. Sentindo-se chamado à vocação hospitaleira, foi recebido em 1998 na Ordem Hospitaleira, em São Paulo, pelo Frei Julio Faria dos Reis. Esteve dois anos no Peru, em formação, no Noviciado Interprovincial da América Latina, e retornou ao Brasil em Dezembro de 2002. Fez os primeiros votos em março de 2003, e em seguida foi enviado para a Comunidade do Lar São João de Deus, em Itaipava-Petrópolis, onde viveu e trabalhou quatro anos e meio. Em julho de 2007 foi transferido para São Paulo, onde iniciou a faculdade de Serviço Social. Em 12 de julho de 2008 fez os votos perpétuos. Passado dois anos em São Paulo, foi transferido para Aparecida do Taboado-MS. Atualmente, segue sua caminhada religiosa, realizando, com o Frei Augusto, o apostolado Hospitaleiro, nesta Cidade, “e não está estudando". Seu lema de vida: ”Dou graças a Cristo Jesus Nosso Senhor, que me considerou digno de confiança pondo-me ao seu serviço” (1 Tim 1,12).

PARA SER UM IRMÃO DE SÃO JOÃO DE DEUS. . .

• Você não precisa ser perfeito, mas buscará a santidade;
• Você não precisa deixar de amar, mas amará mais os pobres e os doentes;
• Você não precisa esquecer a família, mas construirá uma família de irmãos;
• Você não renunciará à liberdade, mas decidirá escutando Deus e os irmãos;
• Você não renunciará a estudar, mas descobrirá que o doente é uma universidade;
• Você não viverá de portas fechadas, mas abrirá as portas à hospitalidade;
• Você poderá vestir o hábito, mas cultivará sobretudo o hábito de servir;
• Você fará um trabalho duro, mas Deus será o seu salário!



Imagine uma instituição hospitaleira joandeína onde as pessoas tivessem maior visibilidade do que os edifícios, onde o carismático suplantasse o institucional-empresarial, onde as estruturas não atrapalhassem o serviço, onde o hóspede fosse acolhido pelo decisor, onde a gratuidade fosse a regra e a cobrança a exceção, onde o usuário percebesse soluções sem preencher ficha, onde o pobre recebesse na hora o possível e depois a surpresa de uma visita em sua casa para dialogar soluções mais holísticas...
Imagine uma instituição mais generalista do que especialista, onde o usuário pudesse ser tanto a mulher depressiva que vem por escutadores, como a criança triste que vem por leite para a irmãzinha bebê porque “o pai foi embora”, como a viúva que vem por solução para as mil goteiras do telhado de sua casa sem porta, como o pai que vem por empréstimo de R$ 150,00 para viajar à capital com a filhinha, para um exame clínico complexo, como o ancião isolado no campo que não consegue visitar nem ser visitado pela saúde pública para o cuidado das feridas purulentas, como o PSF ou a paróquia, que vêm por parcerias ou colaboração nas pastorais, como o alcoólatra que não vem, mas precisa que alguém vá para ajudá-lo a sair do fundo do poço...
Pois essa instituição está acontecendo e é o nosso desafio, aqui na modesta cidade de Aparecida do Taboado-MS – Brasil.

Aqui tudo é diferente...

Aqui tentamos ser farejadores de oportunidades de hospitalidade e de humanização e restauradores de relações feridas;
Aqui nossa bicicleta segue atrás ou ao lado da bicicleta do menino ou da do operário com 2 crianças na garupa;
Aqui se o telhado da viúva solitária tem goteiras, a gente vai atrás de ajuda ou dá um jeito;
Aqui vamos na mesma igreja que o povo;
Aqui, se um Irmão chega sozinho, o povo já pergunta pelo outro;
Aqui a vizinha, se faz bolo, manda-nos um pedaço;
Aqui quando rezamos em casa do doente que nos chamou, damos uma olhada na panela, que pode o Jesus-doente, ser também Jesus-faminto;
Aqui a gente sabe quanto custa o que come;
Aqui as pessoas nos param na rua e as crianças dizem nosso nome para pedir uma bala ou a benção;
Aqui as crianças saltam-nos para o colo;
Aqui vamos à Missa e já voltamos com dois ou três endereços para visitarmos;
Aqui estamos começando a acreditar que a escuta empática do ferido também cura;
Aqui sentimos consolação porque o Evangelho e o Joandeinismo nos confirmam e nos ajudam a confirmá-los;
Aqui a oração da noite dura quanto necessário e leva nomes das pessoas do nosso dia e dos projetos do dia seguinte;
Aqui quando alguém morre ou adoece a gente fica sabendo;
Aqui nosso prestígio nasce nas casas ou nas ruas dos pobres;
Aqui os visitantes ou hóspedes não interrompem nossa hospitalidade, mas são mais uma oportunidade para ela;
Aqui, mais do que viver a reza, optamos por rezar a vida;
Aqui tentamos acolher cada pessoa com toda sua história;
Aqui suprimimos o álcool em nossa casa por solidariedade com quem bebe demais;
Aqui concluímos demasiadas vezes que a instituição familiar embaralha a cabeça das crianças;
Aqui tentamos não nos prender a nada, nem mesmo às boas obras do dia;
Aqui resgistramos os “milagrinhos” de cada dia para que nem hoje nem no futuro nos assalte a tentação da inutilidade;
Aqui a TV não nos desvia do essencial;
Aqui as circulares dos Superiores são lidas, comentadas e rezadas;
Aqui quando falta a luz ou a água na cidade, ou a net, faltam para nós também;
Aqui nos deslocamos sobre 4 rodas, duas para cada um, e acorremos a qualquer ponto da cidade em 10 minutos;
Aqui muitas conversas externas incluem a pergunta: “o que é Frei mesmo?”;
Aqui as famílias agradecidas às vezes nos mandam fruta ou mandioca do seu quintal;
Aqui o político testemunha que “os Irmãos são muito conhecidos na periferia”;
Aqui tem poucos ricos e não grudam em nós;
Aqui durante as tarefas domésticas evocamos muito nossa infância;
Aqui quando algum Irmão de longe faz aniversário, cantamos os parabéns a duas vozes pelo telefone;
Aqui escutamos sangue demais nas narrativas históricas da região;
Aqui quando os serviços públicos já não podem, a gente ainda pode fazer algo;
Aqui a gaveta do dinheiro é só uma e ao fazermos a contabilidade do mês comentamos os número$ pessoais e comunitários;
Aqui comentamos a Palavra em casa das famílias e ela ganha mais sabor;
Aqui importa o que fazemos, mas importa-nos mais o que somos e ainda mais o que significamos;
Aqui nossos superiores todos, até ao Papa, estão pendurados na nossa parede e em nossa oração;
Aqui nossa castidade é mais divina, nossa pobreza é mais humana, nossa obediência é mais aos pobres e nossa hospitalidade é nossa vida;
Aqui não escolhemos a Palavra, abrimo-nos para que ela nos surpreenda;
Aqui Deus é Pai e Mãe, é Filho e é Espírito Santo;
Aqui ainda há muito por fazer!...

Fonte: casadahospitalidade.org.br

Gratificante saber que ainda existe muita gente boa e caridosa no mundo. Que Deus os proteja! Um grande abraço espinosense.

139 - Começa mais um Brasileirão: veja a história de Galo e Cruzeiro na competição

O Campeonato Brasileiro de Futebol começou realmente no ano de 1971. Antes disso, havia um torneio de clubes nos moldes da Copa do Brasil com o nome de Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, que envolvia os melhores times do Rio de Janeiro e de São Paulo, apenas. Depois foram incluídos os dois melhores times de Minas e do Rio Grande do Sul, mais os campeões do Paraná, Bahia e Pernambuco. Foram campeões deste torneio, que teve apenas quatro edições: Palmeiras (1967), Santos (1968), Palmeiras (1969) e Fluminense (1970). Antes desta competição, havia a Taça Brasil, que começou a ser disputada em 1959, com os campeões estaduais se enfrentando em jogos de mata-mata, como a atual Copa do Brasil. Das nove edições, o maravilhoso Santos de Pelé faturou cinco. Os campeões foram: Bahia (1959), Palmeiras (1960 e 1967), Santos (1961 a 1965), Cruzeiro (1966) e Botafogo (1968).
O Clube Atlético Mineiro foi o primeiro campeão da nova competição intitulada Campeonato Brasileiro de Clubes, que se deu início no ano de 1971, ao bater o Botafogo, no Maracanã, por 1 x 0, gol do folclórico goleador Dario, o irreverente Dadá Maravilha ou o famoso Peito de Aço.
ATLÉTICO-MG no Brasileirão de 1971 a 2010:
Quem mais marcou gols: Reinaldo (89 gols - 28 em 1977)
Quem mais treinou o time: Telê Santana (160 jogos)
Quem mais jogou partidas: Marques (192 jogos)
Maior público: Galo 0 x 0 Santos (Em 15-05-1983 - 113.479 pagantes)
O GALO ainda chegaria à final do campeonato em três ocasiões: em 1977, invicto,  perdeu para o São Paulo, nos pênaltis; em 1980 perdeu para o Flamengo de Zico no Maracanã, por 3 x 2 e em 1999 perdeu para o Corínthians por 2 x 0, no Pacaembu.

O Cruzeiro só conquistou o seu primeiro título do campeonato brasileiro no ano de 2003, no primeiro campeonato disputado na fórmula de pontos corridos. Sob o comando do técnico Wanderley Luxemburgo e do craque Alex, o Cruzeiro liderou com folga toda a competição e sagrou-se campeão brasileiro pela primeira vez.
CRUZEIRO no Brasileirão de 1971 a 2010:
Quem mais marcou gols: Marcelo Ramos (45 gols)
Quem mais treinou o time: Hílton Chaves (133 jogos)
Quem mais jogou partidas: Fábio (212 jogos)
Maior público: Cruzeiro 0 x 0 Atlético-MG (Em 08-02-1987 - 94.301 pagantes)
O Cruzeiro foi ainda vice-campeão brasileiro em quatro oportunidades: em 1974, perdeu para o Vasco; em 1975, perdeu para o Internacional, do zagueiro Elias Figueroa; em 1998, perdeu para o Corinthians e no ano passado, já na era dos pontos corridos, ficou em segundo lugar, perdendo o título para o Fluminense.

Conforme dados da Revista Placar, no seu ranking do Campeonato Brasileiro, o Galo figura como o oitavo em números de pontos ganhos, atrás do rival Cruzeiro, em terceiro. Já no ranking de posições conquistadas, o Galo está em quinto lugar, à frente do Cruzeiro, em sexto.
No quesito artilheiros, o Galo teve o artilheiro da competição em seis edições do Brasileirão. O Cruzeiro, nenhuma.
Na premiação feita anualmente pela Revista Placar aos melhores jogadores do campeonato, o Galo teve 29 jogadores seus premiados com a Bola de Prata e por 2 vezes o melhor jogador foi o meio-campista Toninho Cerezzo, que ganhou a cobiçada Bola de Ouro em 1977 e 1980. Os jogadores do Cruzeiro ganharam 28 Bolas de Prata e apenas Alex, em 2003, faturou o prêmio de melhor jogador do campeonato e, consequentemente, a Bola de Ouro.
O interessante neste campeonato de 2011 é que o título de campeão pode vir, tanto para o Atlético ou o Cruzeiro, na partida entre os dois clubes que será realizada em 04 de dezembro de 2011. Já imaginou ser campeão brasileiro ganhando do rival?  Tomara que seja a apaixonada torcida atleticana a comemorar no final do ano. Quem sabe? Um grande abraço espinosense.