Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

36 - Considerações sobre o futebol

Como apreciador inveterado de futebol, tanto para assistir quanto para praticar, formulei algumas percepções, idéias e opiniões sobre o esporte mais popular do mundo na atualidade.
  1. É uma coisa inexplicável e inaceitável para mim a verdadeira repulsa dos jogadores atuais pelos dribles desconcertantes do adversário. É como se dar uma "caneta", um "chapéu" ou um "elástico" fosse pior do que uma bofetada. Os atletas se enfurecem e partem para a agressão. Umas das maravilhas do futebol é exatamente a demonstração de rara habilidade com a bola nos pés de alguns jogadores, como o Ronaldinho Gaúcho, por exemplo. Fico imaginando se o Garrincha , "O anjo das pernas tortas", jogasse hoje. Pelo visto, ele seria massacrado pelos atuais jogadores. Não dá para entender.
  2. Uma coisa modorrenta e desalentadora no futebol, que não é novidade alguma, é a falta de criatividade da imensa maioria dos jogadores de futebol nas entrevistas. É fato que as perguntas dos repórteres são sempre as mesmas, mas a pobreza de conteúdo e a completa decoreba das respostas causam tristeza. Em pleno século XXI, os jogadores de futebol ainda não podem, ou não devem, exprimir opiniões sobre temas de interesse geral, como política ou relações trabalhistas, sob pena de causar polêmicas, prejudiciais ao bom ambiente em seu clube ou na seleção. É como se o jogador de futebol não tivesse cérebro ou capacidade de discernir e opinar sobre qualquer assunto de seu interesse. Isso é escravidão.
  3. A transmissão dos jogos dos campeonatos e copas pela televisão é de extrema importância para os clubes, pela ótima remuneração que eles recebem, indispensável para a sua sobrevivência. Ótimo também para os torcedores que podem assistir a todos os jogos, em casa. Mas alguns horários de transmissões impostos pela toda-poderosa Rede Globo são inaceitáveis. Jogos em dias da semana que começam às 21:50h, só por causa do horário da novela, não dá para acreditar. Como diria o Neto, da Band, é brincadeira!
  4. Vocês já repararam na quantidade de cusparadas desferidas pelos jogadores, no gramado? Impressionante! Se os jogadores de vôlei pegassem a mania, o jogo seria interrompido lá pelo terceiro set, por perigo de inundação da quadra. 
  5. Outra atitude bem comum dos jogadores é o levantamento das mãos quando se faz uma falta no adversário. O cara dá uma porrada no oponente e, com a maior cara de pau, levanta os braços como se nada tivesse acontecido. É hilário.
  6. Outra coisa que deixou o futebol mais pobre é a proibição aos jogadores de fazer comentários motivadores para os jogos. Antigamente prometer vitórias e gols era normal. Dadá Maravilha e Túlio cansaram de dar entrevistas antes dos jogos, dizendo que iriam ganhar e que fariam muitos gols, aumentando consideravelmente a expectativa da torcida e acirrando a rivalidade entre os clubes. Que mal há nisso? O que se deve combater com rigor é a violência das torcidas organizadas que vão ao campo simplesmente para brigar e causar confusão.
  7. A atuação dos comentaristas esportivos é um prato cheio de contradições e opiniões não tão isentas e inteligentes. Quanto à questão do chamado bairrismo, até deu uma melhorada, com uma cobertura mais correta e isenta de algumas emissoras. Mas o pior de tudo é perceber a falta de capacidade de alguns comentaristas, principalmente de comentaristas de arbitragem, que mesmo depois de ver o lance várias vezes, de vários ângulos e em câmara lenta, ainda não sabem dizer se houve ou não a falta, o impedimento ou o pênalti. E normalmente são ex-árbitros que, quando em atividade, cometeram barbaridades e erros grosseiros, prejudicando várias equipes. É de doer.
  8. Por fim, o que me causa mais tristeza e incredulidade é a incapacidade e a intolerância dos torcedores em não conviver harmoniosamente com os adversários. A discussão futebolística, a gozação aos amigos e os xingamentos no campo já fazem parte do universo do futebol e são saudáveis. O que não se pode entender e aceitar é a imbecilidade de alguns em agredir os torcedores adversários, alguns simplesmente por vestir uma camisa do time rival. Futebol deveria ser apenas alegria e diversão. 
  9. Espero que a Copa do Mundo no Brasil em 2014 possa mudar esse triste quadro de violência no futebol e que possamos ver, em futuro bem próximo, as torcidas defendendo as suas equipes com toda a paixão, mas em completa harmonia com os torcedores adversários.   

35 - Tristeza...Meu grande amigo, Compadre Daílson, viajou pro céu

Local de trabalho diário do nosso Daílson, em luto

Daílson, Eustáquio e Lelo em passeio ao Rio Verde
Lelo, Daílson, Eustáquio com Ricardinho, Carlos Gaiola e Júlio em aventura de bicicletas no Rio Verde
Estive em Espinosa na última terça-feira, dia 03 de agosto, não para passear, rever a terra natal ou reencontrar os velhos amigos, infelizmente. Fui para me despedir de um grande amigo, eu diria um irmão, que além de tudo, era meu compadre. Um enfarte fulminante levou para o céu o meu amigo e companheiro de muitas aventuras, Jorge Adaílson Cordeiro dos Santos. Amigo de infância, convivemos por um longo tempo na "Turma da Resina", onde vivenciamos momentos inesquecíveis. A dor da perda só é compensada pela certeza de ter sido abençoado por Deus, pela possibilidade de ter usufruído da sua amizade. Vou me lembrar com bastante carinho e saudade da sua presença entre nós, recheada de bons momentos. Que Deus o receba bem lá em cima.
À esposa, aos filhos Ellen, Hebe e Orlandinho e aos irmãos, o meu profundo pesar.
Pra "Turma da Resina" então, está sendo uma tristeza imensa. Ele estará se reencontrando, no paraíso, com os nossos saudosos Jésus e Dalton. Qualquer dia desses a gente se reencontra por lá. 
Ele vai fazer falta...