Espinosa, meu éden

Espinosa, meu éden

quarta-feira, 7 de julho de 2010

25 - A arte do futebol ou o futebol-arte

Sou um grande apaixonado por futebol. Mas futebol bem jogado, com criatividade, com talento, com ginga, com raça, com dribles, com passes precisos, com "canetas", com "chapéus", com "rabos de vaca", com "lençóis", com "elásticos", com "pedaladas", com dribles da vaca, com "trivelas", com golaços, com belas defesas dos goleiros, enfim, com toda a beleza que o futebol nos proporciona. E com tudo isso, conquistar vitórias e títulos. Por que não? Muitos entendem que é fundamental ganhar, mesmo que para isso tenhamos que apresentar, no caso da seleção brasileira, um futebol feio e defensivo. Ganhar é bom, necessário e recompensador. Mas ganhar com alegria, com um futebol maravilhoso, com um time de craques apresentando um futebol de alta qualidade é simplesmente encantador. Não tenho saudades do futebol da seleção de 94, onde o Dunga era o mestre-de-cerimônias. Saudades tenho do Romário, um cracaço que fez a diferença naquele time. Era um time defensivo, pragmático e que não empolgava, assim como esse time de 2010 do técnico Dunga. Confesso que estava meio dividido com essa seleção brasileira atual. Gostava dos jogadores, a maioria, mas não compactuava com as idéias do treinador. É certo que era um time forte, mas sem aquele brilho e empolgação que a equipe de 82, por exemplo, apresentou, nos deixando hipnotizados e entusiasmados pela excelente qualidade do futebol, mesmo sem vencer. Prefiro ganhar vendo o time jogar um futebol exuberante, que permanecerá em minha memória até o fim dos meus dias. Por tudo isso, fiquei feliz em ver, entre as quatro melhores seleções da Copa da África do Sul, três dos times que apresentaram um melhor futebol, de grande qualidade: Espanha, Alemanha e Holanda. Mesmo triste com a derrota da Alemanha, que vinha se apresentando muitíssimo bem, vou torcer para que a Espanha consquiste o título de campeã mundial e que o seu belo estilo de jogo seja copiado por todos as equipes de futebol do mundo, inclusive pela retranqueira seleção brasileira. Se der Holanda, ainda assim ficarei contente, pois se não é assim tão talentosa, a laranja mecânica mostrou um time coeso, determinado, de muito toque de bola, além de mostrar ao mundo o talento de dois craques: Robben e Sneijder.